Capítulo 32

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Jimin

Depois de um encontro inesquecível e da emocionante troca de alianças, voltamos para o hotel. A noite estava tranquila, e adormecemos nos braços um do outro, satisfeitos e felizes.

Na manhã seguinte, acordei cedo, sentindo uma mistura de ansiedade e determinação. Tinha que me despedir do meu pai antes de voltar para casa, e sabia que a conversa não seria fácil. Docinho percebeu minha inquietação e me deu um beijo carinhoso antes de eu sair do quarto.

— Vai ficar tudo bem, Jimin. Eu estou aqui para você — ela disse, segurando minha mão.

— Obrigado, amor. Eu volto logo — respondi, tentando esconder a preocupação em minha voz.

Cheguei na casa dos meus pais, onde meu pai já me aguardava no escritório. Ele parecia impassível, mas eu sabia que por dentro, estava furioso.

— Jimin, precisamos conversar seriamente — ele começou, sem rodeios.

Docinho nos olha curiosa, e eu respiro fundo, ela não pode estar por perto. Não por causa do assunto, mas porque não quero que ela veja esse meu lado que meu pai desperta.

— Amor, pode buscar para mim um copo de água, por favor? — Peço, e ela vai. Fecho a porta, sem esperar uma resposta. Fico em pé, de frente para a mesa do meu pai.

— O que foi? — Pergunto, já sabendo do assunto.

— Você precisa criar responsabilidade. Já é adulto e precisa assumir a empresa. — Ele começa, e eu respiro fundo.

— Eu posso assumir, se você fizer um contrato onde jura que não vai se meter nas minhas decisões e nos assuntos da empresa. Não adianta me colocar no seu lugar só para fazer o seu trabalho enquanto você controla tudo de fora. Eu não quero ser mais um peão seu. — Respondo firme, sem recuar.

— Sabe que não posso fazer isso. Preciso saber se está fazendo tudo certo. — Ele diz, duvidando da minha capacidade, como sempre.

— E quem é você para falar o que é certo ou errado? Você quase nos faliu várias vezes por causa de suas decisões egoístas. — Jogo na cara dele, e ele se levanta da poltrona.

— Você sempre foi sustentado por mim. Não pode reclamar das minhas decisões. Elas colocaram comida na sua mesa e roupa no seu corpo. Nunca te faltou nada! — Ele aumenta o tom de voz.

— Não fez mais do que sua obrigação. Não pedi para nascer. Já que me colocou no mundo, sua obrigação é cuidar de mim. Eu não te devo nada por isso. Sabe o significado de obrigação? — Pergunto, debochado. — Hoje não uso seu dinheiro para nada. O que compro é com meu próprio dinheiro, e tenho a herança que minha mãe deixou para mim.

— Você é um ingrato! — Ele grita, aproximando-se mais.

Antes que eu possa responder, a porta se abre e docinho entra, segurando uma garrafa de água. Ela para, surpresa ao ver a tensão no ambiente.

— Está tudo bem? — Ela pergunta, olhando de mim para meu pai.

— Está, amor. Só estamos tendo uma conversa entre pai e filho. — Digo, tentando tranquilizá-la.

— Conversa? Isso é o que você chama de conversa? — Meu pai zomba. — Você é uma decepção, Jimin. E ela? — Ele aponta para docinho. — Ela está vendo quem você realmente é. Um fracassado que nunca será nada sem a ajuda do pai.

Sinto a raiva ferver dentro de mim, mas me forço a manter a calma.

— Eu sou mais do que você jamais será, pai. Eu sou livre para fazer minhas próprias escolhas, e não ser controlado por alguém que não sabe o que é amor ou respeito.
— Vamos embora daqui, amor.

O amigo proibido Donde viven las historias. Descúbrelo ahora