- O delegado ainda não chegou? - Rafael perguntou ao chegar à delegacia.
- Não. - Respondeu o colega do lado sem tirar os olhos do computador.
Ele suspirou frustrado, ficara tão preocupado com Samara e o tal farmacêutico que só se lembrara de que ela queria falar com o delegado depois de deixa-lo.
Sentou-se passando as mãos na cabeça recordando-se que mesmo que perguntasse a ela não teria uma resposta satisfatória, afinal ela acreditava que ele não estava interessado na investigação sobre a família dela, assustou-se com o celular vibrando, era uma mensagem do delegado.
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Angustiado franziu a testa para a mensagem, sacudindo a cabeça dispersando qualquer mau pensamento pegou a chave do carro e saiu correndo.
Encontrou-o na mesa afastada onde sempre conversava sobre os casos que não tinham segurança para discutir na delegacia, Sabrina sua sobrinha o servia um copo d'agua, aproximou-se beijou o rosto da moça que o beijou de volta e sentou-se aguardando ele terminar a água sem interrupção, ação que o deixou ainda mais ressabiado.
- Quer alguma coisa tio? – Perguntou Sabrina tocando seu ombro, constrangido lhe sorriu.
- Um café puro minha querida, por favor! - Respondeu voltando o olhar sério para o delegado assim que ela virou as costas.
- Você não vai acreditar no que eu descobri. - Disse o delegado esbaforido colocando o copo sobre a mesa.
- Alguma novidade sobre o caso do pai da Samara? - Perguntou tenso.
O delegado remexeu-se inquieto e por um momento pareceu confuso, então lentamente seu olhar foi se iluminando, como se finalmente compreendesse do que o subordinado estivesse falando.
- Não meu filho, infelizmente não é nada sobre o caso dela, mas pode ter associação com o Olavo. - Respondeu secando o suor do rosto. - Agradeço a Deus todos os dias por ter me trazido você, não sei o que eu faria se não pudesse conversar contigo. - Disse emocionado.
- Obrigado delegado, o senhor tem sido um bom exemplo para mim, mas o que de tão grave o senhor descobriu? – Perguntou agoniado.
- O tal Héctor Demetriou aparentemente está vivo, e é o principal suspeito pelo assassinato da esposa.
- Como que é? - Perguntou confuso. - Se a esposa dele está morta, então por que o senhor me disse que ela também estava desaparecida?
- Por que ela não está enterrada no mausoléu da família Demetriou e, na delegacia não há nenhum registro sobre a morte dela ou que fim levou o marido.
- E como o senhor soube disso? Pode ser alguém querendo tirar nosso foco do Jerônimo, o senhor não acha?
- Não. Foi a filha dele quem me disse tudo isso, inclusive ela foi à delegacia ontem relatar que ouviu tiros naquela mesma casa abandonada onde estava estacionado o carro de placa no nome dele.
- Está ficando confuso delegado. - Disse Rafael encostando-se. - As filhas do casal não haviam morrido?
- As gêmeas sim. Mas me parece que houve outra filha que não está registrado em nenhum lugar de Granville.
Rafael franziu a testa Leonardo filho de Rosa chegou com o café de ambos, o que lhe deu um tempo para tentar organizar os pensamentos, nada naquela cidade era simples como parecia à primeira vista.
- Desculpe-me pela demora, mas como vocês podem vê o movimento hoje está grande. - Disse olhando para os lados. - Então eu os aconselho a continuar essa conversa no escritório da Bela, as reações corpóreas de vocês estão chamando a atenção e, se eu estiver certo do tempo em que observava a Bela e o Isaac investigando os crimes da fera, eu creio que vocês estejam investigando algo ou alguém e não querem curiosos de butuca na conversa, certo? - Perguntou encarando-os.
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Deus, o Policial e a Enfermeira.
RomanceDo Universo de Amiazzi Santos, Deus, o policial e a enfermeira, conta a história de dois personagens criados por ela em Cinderela, foi uma honra dar vida a esses personagens criado no coração da amada Ami, para os íntimos, (risos) para os leitores d...