Gente, gostaria de pedir que comentem muito a história é importante para que eu saiba o que vocês estão achando. A partir do próximo capítulo teremos metas de comentários. Beijos e boa leitura ✨
Gabriel Barbosa
Desde o aniversário do Apolo alguns dias se passaram e tento constantemente manter contato com eles. Posso dizer que tenho me aproximado de Agatha.
Apesar de não conseguir vê-los pessoalmente, eu consigo fazer chamadas de vídeos. No momento turbulento que passo, eles tem sido meu alívio. Suspenso de todo e qualquer contato com o futebol, o mesmo que me tira o fôlego e me traz vida. Sinto que não existe um Gabriel sem futebol, é o que faço desde que me entendo por gente.
Tento não me afundar, mas parece ser impossível, o que me tira um pouco desse poço sem fundo é Apolo e essa conexão maluca que temos. Sinto que sempre faço tudo errado e a qualquer momento posso decepcionar todos aos meus redor.
Já estava no fundo do poço e quando acordei e vi que havia vazado uma foto minha com a camisa do Corinthians, afundei a ponto de encontrar a camada do pre-sal. Me senti idiota e um belo filho da puta, e talvez de fato eu fosse!
Quando usei a blusa, tinha acabado de ganhar de presente de um amigo, usei e me ferrei. Descobri que esse "amigo" vendeu a foto para aquele fofoqueiro do caralho! Sei que a culpa é minha por usar a blusa, eu não deveria ter usado, mas não imaginei que um "amigo" faria isso.
Acordar e ver que havia perdido a camisa 10 foi como se tirassem de mim o chão. Não sou idiota ao ponto de achar que sairia impune, não achava justo sair, errei, tenho que pagar. Mas perder a 10 me fez chorar por bons minutos no banho.
"Gabi, sei que não é um bom momento, mas Apolo me pediu para que te ligasse. Está há alguns dias pegando meu celular e falando seu nome. Sei que é pedir demais, mas posso ligar? "
Recebo a mensagem de Agatha ao sair do banho, no momento não queria ver ninguém. Apenas ignoro e me jogo na cama, encaro o teto e sinto lagrimas caírem. Estava só em casa, Fabinho estava tentando resolver tudo, meus pais viajando com minha irmã. Talvez ter Apolo e Agatha aqui seja bom e me tire desse fundo do poço, eu precisava sair dali.
"Oi Agatha, realmente não estou em um bom momento, mas gostaria que aceitassem meu convite para vir até minha casa. Gostaria de velo pessoalmente, mas infelizmente não é um bom momento para ser visto. Espero que me entenda, ficarei feliz com a visita!"
A vejo digitar e parar por alguns minutos e logo vem a resposta.
"Vamos sim! Pode me enviar o endereço? Vou arrumar tudo por aqui e vamos!"
Respondo rapidamente com o endereço e a informo que vou liberar sua entrada no condomínio. Assim que saio de sua conversa, ligo para a portaria dizendo seu nome e liberando sua entrada. Deito novamente e tento esvaziar a minha mente, mas não é algo que funciona bem. Cerca de uma hora se passa e desperto de meus pensamentos com uma chamada de Agatha que logo é desligada e assim vejo sua mensagem.
"Estamos aqui, na sua porta!"
Leio a mensagem e logo desço até o hall de entrada da casa para abrir a porta sem me importar com a cara de choro que são quase 100% de chances de esta.
- Oi, Gabi. Posso te dar um abraço? - Pergunta Agatha, que esta com Apolo em seu colo.
- Claro - Digo e a abraço.
- Vai ficar tudo bem, ta? - Diz e eu a abraço mais forte, como se dependesse daquilo ali. E de fato eu precisava. Sinto algumas lagrimas escorrerem por meus olhos. - Sei que tudo tá complicado, mas você é forte e vai conseguir passar por isso! Você é o predestinado, hum? É doloroso, mas você é forte, se precisar estamos aqui. - Quando dou por mim estou chorando no ombo de Agatha e com Apolo em nosso meio.
- Obrigado e desculpa - Digo ao soltá-la - Vamos entrar - Dou espaço para que ela entre e fecho a porta - Ei carinha, estava com saudade de você sabia? - Digo abrindo os braços para o pegar no colo.
Apolo vem para o meu colo e me abraça, deitando sua cabeça em meu ombro.
- Gabi - Levanta o rosto e me olha, logo leva sua mão ao meu rosto e parece me analisar. Ficamos assim por alguns segundos e logo beija meu rosto e me abraça. - Bem? - Pergunta e é impossível não me emocionar com a pergunta. O abraço fortemente.
- Bem melhor agora Apolo. - O aperto mais e beijo seu rostinho.
Agatha assisti tudo e sorrir quando nosso olhar se encontra.
- Podemos assistir algo se quiserem, não sei cozinhar, mas acho que tem algumas besteirinhas no armário e posso tentar. - Digo a olhando.
- Se você quiser posso fazer pipoca e assistimos algo - Diz e eu apenas concorda.
- O que você acha que devemos ver Apolinho? - Pergunto e ele coloca um dedinho no queixo pensando.
- Miranha. - Diz e faz um sinal de teia com as mãos. E eu consigo rir pela primeira vez em dias.
- Então vamos para cozinha, fazer pipoca e depois partiu homem aranha! - Digo e eles concordam.
Levo eles até a cozinha, mostro onde está tudo para Agatha e ela rapidamente prepara tudo. Subimos para sala de cinema que fica no segundo andar. Ao entrarmos nos deparamos com a camisa da final de 2022.
- Gabi - Apolo me chama - Nove, Gabi. - Diz sorrindo e eu encaro a blusa. - Dois nove, mamãe. - Apolo diz balando em meu colo para sair. O coloco no chão.
- Dois nove? - Pergunto ao ver Apolo levantar a blusa da mãe.
- Calma Apolo. - Diz o pegando no colo.
- Mostra mamãe - Pede e Agatha nega.
- Eu tenho um 99 em formato de infinito na costela, Fiz quando Apolo nasceu, o número significa crescimento pessoal e transformação espiritual, fiz porque para mim, Apolo me transformou e a forma de infinito porque ele é o meu para sempre Gabi. - Diz sorrindo beijando o rostinho do Apolo.
- Que coisa linda Agatha, Apolo tem sorte em ter vocês. - Digo sorrindo. - Acho que 99 é meu número favorito agora.
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PEÇA RARA - GABIGOL
FanficAgatha Marinssi é mãe de Apolo Marinssi de 4 anos diagnosticado com TEA, transtorno do espectro autista. Agatha compartilha sua rotina nas redes sociais como mãe atípica desde o diagnóstico de seu filho a dois anos atrás. Apolo desenvolveu hiperfoc...