É de extrema importância para mim que vocês comentem no capítulo para que eu saiba o que estão achando do desenrolar da fanfic.
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Gabriel Barbosa
A conversa que tive com Agatha sobre o genitor de Apolo me fez queimar em raiva. Juro que se pudesse apertaria o pescoço desse cara com todo meu ódio.
Viver esse momento com ela me fez ter algumas, muitas, borboletas no estômago, coisa que a muito tempo não sentia.
Nesses últimos 2 dias tive que tomar a decisão de qual número usaria já que perdi o 10. E me veio na cabeça o 99, eu achei que seria uma boa e optei por ser o número 99.
Nós mantemos contato por whatsapp, não nos vimos depois do dia em que passaram na minha casa.
Em uma de nossas trocas de mensagem, Agatha falou que hoje iria levar Apolo para a terapia ocupacional. E eu tive a ideia de encontrar eles na clínica em que Apolo faz terapia e após isso poderíamos passear. Agatha concordou e me explicou mais ou menos o horário que acabaria a consulta, 30 minutos antes do horário que ela me disse eu já estava lá, acompanhado de um dos meus seguranças.Entro na recepção e procuro saber sobre, dando as informações que Agatha passou e logo me direcionam pra sala de espera. Consigo ver claramente a cara de espanto de algumas pessoas ao me ver ali. Vejo ela sentada no cantinho da sala, digitando algo no telefone, me aproximo dela.
- Gabi, você já chegou? - Pergunta surpresa ao me ver, levanta e me abraça. - Apolo não saiu da terapia ainda. Senta aí! - Diz voltando a sentar e sento ao seu lado.
- Sim, achei melhor vir agora! Tem algum problema? - Pergunto e a vejo negar com a cabeça.
- Só tô surpresa, Apolo vai amar te ver. - Ela diz e da um sorriso, mas não o de sempre.
- Tá tudo bem? - Pergunto e ela nega. - Quer me contar o que houve? - Pergunto
- Apolo teve um crise de choro hoje pela manha e acabou desregulando. Foi uma luta fazer ele entrar pra terapia, não queria de jeito nenhum. - Diz e consigo ver em seu rosto o cansaço - Eu não sei o que aconteceu, ele apenas desregulou.
- Se acalma, vai ficar tudo bem. - Digo segurando sua mão. - Eu não sei o que falar sabe, mas eu tô aqui. - Solto sua mão e passo meu braço ao redor de seu ombro a abraçando.
Ficamos alguns minutos ali e logo chamam Agatha e ela entra, segundos depois consigo ouvir um choro vindo da porta. Levanto e vou em direção, batendo na porta e logo sendo aberta. No canto da sala vejo Apolo sentado se balançando em movimentos repetidos, chorando e Agatha ajoelhada tentando contato com ele. Peço licença e entro na sala sem nem pergunta se podia, vou em direção aos dois. Abaixando ao lado de Agatha.
- Vem cá filho, mamãe tá aqui. - Estica a mão para que o mesmo pegue e ele chora mais. Aperto seu ombro e levanto sentando ao lado de Apolo mas um pouco mais afastado.
- Carinha, vem aqui no tio Gabi? - Pergunto e ele me olha. - Vem cá me dá uma abraço? Eu tô com saudade de você. - Digo abrindo os braços e esperando. Ele fica um tempo olhando meu rosto fixamente.
-Bigol - Diz baixinho
- Isso amor é o tio Gabi, vim te ver porque tava morrendo de saudade. A mamãe me ligou e falou que você também tava com bastante, é verdade? - Digo e ele concorda lentamente. - Então cade meu abraço?.
Vejo Apolo levantar devagar e andar devagar até mim, ficando de frente para mim um pouco acanhado. Estico uma mão até ele, ele segura e o trago pra perto de mim, seu braços envolvem meu pescoço apertando um pouco, como se procurasse conforto ali. Aperto seu corpinho contra o meu, Apolo chora baixinho, levanto com ele no colo e balanço de um lado pro outro o ninando.
Do outro lado da sala posso ver Agatha chorando enquanto é amparada pela TO de Apolo.
- Tá tudo bem carinha, nós já vamos pra casa. - Digo beijando sua cabeça. Me aproximo de Agatha e da TO.
- Tá tudo bem? - Pergunto pra Agatha.
- Sim, ele dormiu? - Pergunta limpando os olhos cheio de lágrimas.
- Está quase - Digo ao sentir a respiração dele ficar mais tranquila. - Ele já tá liberado? - Pergunto a TO. - Desculpa entrar assim, não aguentei ouvir ele chorando. Sou o Gabriel. - Me apresento calmamente.
- Prazer Gabriel, me chamo Alice, sou a terapeuta ocupacional do Apolo. Não se preocupe, entendemos! Ele está liberado sim, gostaria só de conversar com a Agatha um pouco. - Diz calmamente.
- Posso esperar lá fora com ele? - Pergunto e ela concorda.
- Você tem certeza? - Pergunta Agatha
- Claro linda, fica tranquila. Tô cuidando dele. - Digo calmamente e saiu da sala. Voltando pra sala de espera.
Novamente sinto o olhar de algumas pessoas em cima de nos, ignoro e sento novamente em uma das cadeiras. Apolo parece dormir, faço um carinho em suas costas, enquanto sussurro que está tudo bem, talvez, mais pra mim do que pra ele.
- Mamãe - Diz baixinho.
- A mamãe tá vindo amor. - Digo e dou um beijinho em seu rosto. - Pode descansar por enquanto, foi um dia difícil? - Pergunto e Apolo concorda de olhos fechados. Sorrio, esse garotinho tomou meu coração pra ele.
Logo vejo Agatha saindo da sala, levando indo até seu encontro.
- Tudo bem? - Pergunto preocupado.
- Na medida do possível sim, essas crises são normais e nem sempre tem um motivo. Conversamos um pouco sobre a terapia de hoje, apesar de tudo ele tá indo bem. Eu só tô cansada. - Diz calma.
- Tô com vocês, vamos lá pra casa? Você descansa um pouco e eu fico com ele. - Digo e vejo seus olhos enxerem de lágrimas.
- Não precisa Gabi, eu tô acostumada - Da um sorrisinho.
- Você está acostumada não quer dizer que não precise descansar! Vamos, treino hoje foi na parte da manhã, tô com a tarde livre eu dou conta do pequeno. - Digo sorrindo e ela concorda. Ela se aproxima e nos abraça. - Eu tô aqui. - Vejo ela apenas concordar.
- Eu vou marcar a próxima terapia dele e informar uma coisas e já vamos embora, tá? - Eu apenas concordo. - Obrigada - Diz e vamos em direção a recepção.
Eu não sei o que o futuro tem reservado para nós 3, mas lutaria para que no futuro eu esteja junto deles.
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• TO pode ser a sigla para Terapia Ocupacional, uma profissão da área da saúde que visa promover o bem-estar e a saúde das pessoas através de atividades lúdicas e cotidianas.
O principal objetivo da Terapia Ocupacional (TO) é de ajudar, a pessoa com o transtorno de espectro autista (TEA), a ter uma qualidade de vida. Com as sessões é possível introduzir, manter e melhorar as habilidades para que assim seja possível ter mais independência em tarefas diárias.
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PEÇA RARA - GABIGOL
FanfictionAgatha Marinssi é mãe de Apolo Marinssi de 4 anos diagnosticado com TEA, transtorno do espectro autista. Agatha compartilha sua rotina nas redes sociais como mãe atípica desde o diagnóstico de seu filho a dois anos atrás. Apolo desenvolveu hiperfoc...