Capítulo 13

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É de extrema importância para mim que vocês comentem no capítulo para que eu saiba o que estão achando do desenrolar da fanfic

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Agatha Marinssi

Durante minha vida inteira nunca fui considerada ou me considerei alguém de atitude. Principalmente quando o assunto é ficar com algum cara, beijar Gabriel foi o auge da atitude e confiança para mim.

Passar o dia com Gabriel e Apolo mexeu com meu coração, posso arriscar dizer que ele deu uma chacoalhada.

Desde o genitor de Apolo eu tenho evitado contato com homens e qualquer possível relacionamento. Desde a descoberta de Apolo me tornei alguém 100% medrosa, e isso continuou mesmo após o nascimento dele. Com o laudo o medo se intensificou, por ser mãe solo já tem o medo e a incerteza se o futuro companheiro vai entender, amar e respeitar aquela criança que não é dele, mas quando o assunto é criança atípica o medo se tornar maior. O meu companheiro teria paciência com meu filho? Saberia entender as necessidades de Apolo? Estaria disposto a ser um suporte para mim quando tudo resolvesse desmoronar com a chegada das adversidades? Era incógnitas que eu não gostaria que fosse respondidas por medo.

A solidão que me acompanhava desde a descoberta do Apolo é enorme, algumas vezes deixei de me sentir mulher e me senti apenas mãe. Como se eu não pudesse ser além disso. Ser mãe é algo incrível, é realmente um privilégio, mas eu estava em limbo de que não conseguia ser mais que isso. Eu não era mais a Agatha que sonhava em ser professora e fazer a diferença. Eu não era mais a menina que sonhava em construir uma vida estável e ter uma família.

Durante todo o dia que passamos juntos, eu me senti um pouco quem eu era antes de tudo. Me senti a Agatha de 22 anos, prestes a se formar. Eu não mudaria nada do que aconteceu porque ter Apolo me motiva a melhorar dia após dia, mas eu gostei de me sentir um pouco mais eu mesmo que em um curto momento. Fazia pouco mais de 4 anos que eu não beijava ninguém, sem contato íntimo, em total celibato.

- Vocês voltam amanhã? - Pergunta Gabi me tirando de meus devaneios. Estávamos na sala da casa dele, Apolo dormia em seu quarto e eu estava deitada largada em seu sofá enquanto Gabi jogava no videogame. - Eu queria que ficassem!

- Amanhã Apolo tem terapia cedo, vamos ficar pela barra mesmo. Vou pra casa da Lia, podemos nos ver depois. - Digo sorrindo. Gabriel sorri de volta.

- Eu gostei muito de passar o dia com vocês, pode parecer meu rápido mas eu senti que era o correto sabe. - Pergunta sorrindo e eu apenas sorrio por não saber o que dizer.

- Gabi, eu também gostei muito de está aqui. Eu só peço um pouco de calma, sabe? Isso tudo aqui é muito novo pra mim. Eu não sei fazer isso - Digo tímida, movimentando a mão sinalizando um nós dois.

- Fazer o que? - Pergunta sem entender.

- Flertar, ficar com alguém. São um pouco mais de 4 anos sem tudo que envolva um contato entre duas pessoas - Digo rindo e ele me olha meio surpreso.

- Desde que o Apolo nasceu? - Pergunta.

- Desde que descobri o Apolo e toda merda com o genitor dele rolou. - Digo sorrindo.

- Você quer me contar sobre? - Pergunta curioso.

- Não tem muito o que contar, namorei com Flávio por 1 ano até engravidar do Apolo. Quando contei ele me deu a opção de tirar e continuarmos juntos, segundo o que ele disse; não tava pronto pra ser pai. Ele cursava engenharia de produção na mesma faculdade que eu, nos conhecemos por amigos em comum. Quando eu disse que não iria tirar ele me chamou de interesseira e disse que não assumiria porra nenhuma. - Digo lembrando exatamente as palavras dele. -  "Você quer isso! Eu não quero, não vou assumir porra nenhuma. A partir de agora esquece a minha existência! Poderíamos ser um casal foda mas você prefere continuar a merda dessa gravidez." - Gabriel me olha chocado.

- Que cara babaca, como ele pode falar isso Agatha? - Consigo ver a raiva em seus olhos.

- Quando Apolo nasceu eu avisei e tentei contato porque não queria que meu bebê sofresse sem pai, mas não adiantou nada. 2 anos depois, quando tivemos acesso ao laudo de Apolo ele me enviou uma mensagem. Ele disse que isso era um castigo pra mim por eu não ter tirado o bebê e que graças a Deus ele tinha pulado fora, não respondi, ignorei. Sei que meu filho não é nada disso do que ele disse. Apolo não tem o nome do pai no registro e eu prefiro assim. - Digo calmamente.

- Cara, eu gostaria de quebrar a cara desse moleque. - Diz puto, seu rosto estava completamente vermelho.

- Não vale a pena Gabi, única pessoa que perdeu foi ele. Meu nenê é incrível, Deus me livre de ter ido pra justiça cobrar pensão e ser obrigada a dividir a convivência do meu filho com alguém que claramente não gosta dele. Imagina o mal que ele poderia fazer ao meu pequeno. Deus sabe o que faz.

- Você é uma mãezona do caralho, Apolo vai crescer tendo orgulho da mãe dele - Diz se aproximando de mim e me abraçando.

- Obrigada - Digo o abraçando se volta. - Sempre tive muito medo, Apolo é minha prioridade pra tudo nessa vida e não é fácil alguém de fora entender isso. Então me privei. - Digo o soltando.

- Mas você precisa se permitir viver, você não vai deixar de ser uma mãe incrível por pensar um pouco em você. Tenho certeza que Apolo concorda comigo. Sei que é cedo demais pra isso, mas tô do teu lado, seja como amigo, um talvez ficante ou algo a mais. Se precisar de mim estarei aqui, eu criei um carinho enorme por vocês e o que puder fazer pra ver vocês felizes, eu vou fazer. Talvez eu esteja sendo um pouco emocionado, mas é quem eu sou. - Diz sorrindo.

- Obrigada Gabi, por tudo. - O abracei mais uma vez. - Agora vou embora, nos vemos amanhã? - Pergunto.

- Sim, me manda mensagem quando sair da terapia do Apolo? - Pergunta e eu concordo. - Vou levar vocês até o carro. - Diz e vai pegar Apolo que estava dormindo em seu quarto. As bolsas que trouxe estavam no chão próximo ao sofá, junto tudo e vou colocando no carro.

Gabriel logo se aproxima com Apolo em seu colo.

- Vou colocá-lo na cadeirinha. - Diz enquanto guardo as bolsas no porta mala.

- Tudo bem, ele ainda tá dormindo? - Pergunto e ele concorda. Coloca Apolo na cadeirinha, colocando o sinto de segurança, fecha a porta do carro e vem até mim sorrindo.

- Obrigado por hoje - Diz me abraçando.

- Eu quem tenho que agradecer Gabriel. - Digo rindo.

- Estou feliz por você me permitir conhecer e conviver com vocês. Obrigado. - Diz me roubando um selinho e logo aprofundamos em um beijo.

- Você é um fofo e isso é um perigo Gabriel. - Digo rindo e me soltando dele. Dou mais alguns selinhos entro no carro pra ir embora. Vejo Gabriel rindo e mandando beijos.

Esse cara é um perigo completo para o meu coração.

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PEÇA RARA - GABIGOLOnde histórias criam vida. Descubra agora