Capítulo 15 - Acusação

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– O quê? – Stoico e Valka perguntaram juntos.

– De que Zephyr estão falando? – Melequento coçou a cabeça.

– Qual é a única Zephyr que vocês conhecem? – Astrid perguntou.

– A única Zephyr que conhecemos é a sua filha. – Cabeçadura disse óbvio. – Mas não pode ser ela.

– Na verdade, é ela sim. – Soluço abriu um sorriso sem graça.

– O quê? – Valka e Stoico perguntaram novamente juntos, desta vez sendo acompanhados pelos outros.

– Bem.. é uma história um pouco complicada.

– Na verdade, nem é tão complicada assim. – Andre Barn disse simplista.

– Tem razão. – Soluço respirou fundo. – Eu tive uma filha há sete anos, mas a ilha em que eu vivia foi atacada.

– Atacada por quem? – Cabeçadura o interrompeu.

– Por um caçador, ele conseguiu controlar a rainha e eles atacaram a ilha.

– Um caçador junto com a rainha? – Perna-de-peixe arregalou os olhos.

– Isso não é importante no momento e sim que a minha filha foi levada para uma ilha e a Astrid a achou.

– Foi levada como? Por quê? Por quem? – Cabeçaquente perguntou.

– Ta bom, eu tentei falar a história resumida, mas acho que não vai dar.

– Claro que não, nós queremos detalhes. – Cabeçadura falou de forma dramática.

– Eu explico então, eu sou ótimo em explicar coisas complicadas com detalhes e em um tempo rápido. – Andre Barn disse convencido.

– Andre, olha lá o que você vai falar. – Heather o encarou.

– Não se preocupe. É o seguinte, como o Soluço disse, ele teve uma filha, há sete anos. Quando ela tinha apenas quatro dias de vida, a nossa ilha foi atacada por um caçador chamado Drago Sanguebravo. Ele conseguiu controlar a rainha e a levou juntamente com um monte de navios e dragões para a nossa ilha. A Rainbow, que era a dragão da minha irmã, levou a Zephyr que ainda não se chamava Zephyr, para uma ilha próxima. Só que a Rainbow havia sido atingida e estava morrendo, então ela sabia que não conseguiria cuidar da Zephyr, que ainda não se chamava Zephyr. Então para salvá-la, a Rainbow entregou a bebê para a única pessoa que ela encontrou nessa ilha que era logo a Astrid. A Astrid pegou a bebê, veio para Berk e criou a Zephyr, que então passou a se chamar Zephyr, por sete anos. Quando a Astrid e a Zephyr foram para a nossa ilha, acabamos descobrindo que ela era a filha do Soluço que pensamos que estava morta. – Andre Barn puxou o ar com força ao terminar de falar. – É, esse é o jeito mais resumido e detalhista ao mesmo tempo que eu consigo explicar.

– Espera, então a Zephyr é mesmo sua filha? – Valka encarou Soluço.

– Sim. – Ele sorriu.

– Então ela é nossa neta? – Stoico perguntou apontando para si e para Valka.

– Sim.

– Eu não acredito, como isso é possível? Nós vivemos com a nossa neta esses anos todos, tratando e amando ela como nossa neta e ela é realmente a nossa neta? – Stoico disse emocionado.

– Sim, ela é.

– Obrigado, meu filho! – Stoico se levantou e foi até Soluço. – Esse foi o segundo melhor presente que você me deu.

Stoico o abraçou com força.

– Pai, pai, pai, eu ainda estou machucado. – Soluço disse com dificuldade para respirar.

Dragões: a paz e o caosOnde histórias criam vida. Descubra agora