Capítulo 11 - Interrogatório

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Soluço foi jogado com força no chão da academia, chamando a atenção das pessoas presentes. Ele estava amarrado e estava machucado.

– Brenna, o que faz aqui? – Cabeçaquente perguntou confusa.

– E com o prisioneiro? – Cabeçadura olhou para Soluço no chão.

– Decidi eu mesma interrogá-lo. – Brenna deu de ombros.

– A Astrid ordenou que ninguém se aproximasse dele. – Melequento comentou.

– Eu sei, mas eu tenho ordens superiores a da Hofferson. O próprio Magnus me autorizou a interrogar o prisioneiro. – Ela sorriu.

– Ta, mas por que trouxe ele para cá? – Perna-de-peixe franziu o cenho. – Os interrogatórios são feitos nas celas.

– Quis fazer algo diferente. Esse homem estava escondido na nossa floresta, é um perigo para todos, sendo assim, acho que todos tem o direito de participar do interrogatório.

– Eu já falei, eu vim em paz. – Soluço falou.

– Claro. – Brenna se ajoelhou em frente a ele. – Vamos ver até onde você consegue sustentar essas mentiras.

– Não é mentira. – Ele falou sério. – E eu já fui interrogado.

– Pela Hofferson, foi o que me falaram, mas eu já vi pessoas que a Hofferson torturou e acredite, você não se parece nenhum pouco com elas. – Brenna passou a mão no peitoral de Soluço. – Não tem machucados causados por ela, o que me deixa ainda mais curiosa para saber qual a relação de vocês.

– Como assim a relação dele com a Astrid? – Melequento perguntou confuso.

Brenna se levantou e se virou para eles.

– A Astrid proibiu qualquer pessoa de se aproximar dele, confiscou a chave, garantindo que ela seria a única a entrar na cela, ficou horas com ele, "o torturando", mas não deixou um ferimento sequer. Essa história está muito estranha. Tem alguma coisa errada e eu vou descobrir o que é.

– Não há nada de errado no que a Astrid faz. – Cabeçaquente falou séria.

– Que fofo, vocês sempre defendendo ela. – Brenna disse em deboche. – Vocês podem não querer admitir, mas sabem que tem algo errado. A Astrid já agiu assim com outra pessoa?

– Bem.. não. – Cabeçadura respondeu.

– Tem alguma coisa de especial nesse prisioneiro, eu vou descobrir o que é e acho justo que vocês também saibam. – Ela se virou para um dos seus homens. – Tibérius, traga a berlinda.

Tibérius assentiu e se afastou.

– O que está acontecendo aqui? – Igor perguntou se aproximando.

– A sua querida esposa, decidiu interrogar o prisioneiro aqui, na vista de todos. – Cabeçaquente falou irritada.

– Brenna..

– Não me olhe assim. – Ela o interrompeu. – O chefe me autorizou a interrogá-lo.

– Não fazemos interrogatórios públicos a não ser que esteja em julgamento.

– Eu não estou fazendo nada contra as leis. Pelas leis de Berk, qualquer ato de traição deve ser punido com morte..

– Traição? – Melequento a olhou confuso. – Não temos provas de traição.

– Esse homem foi encontrado na floresta alguns dias depois do chefe ter sofrido um atentado.

– Não sabemos se foi ele. – Perna-de-peixe argumentou.

Dragões: a paz e o caosOnde histórias criam vida. Descubra agora