Capítulo 6 - Tradição

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– Como assim, a Astrid vai destruir Berk? – Perna-de-peixe perguntou confuso.

– Eles não sabem sobre a profecia? – Runa arqueou a sobrancelha.

– De que profecia ela está falando, Astrid? – Cabeçaquente perguntou.

– Nenhuma. – Astrid falou séria.

– Como nenhuma? Estou falando da profecia que você recebeu no seu nasci..

Runa interrompeu a fala, quando Astrid segurou com força o seu braço e a puxou para longe.

– Me solta. Está me machucando. – Runa tentou se desvencilhar de Astrid, mas não conseguiu. – Me solta, Astrid.

Astrid a puxou até ter certeza de que ninguém poderia escutá-las. Ela empurrou Runa contra uma parede e pressionou seu braço abaixo do pescoço de Runa, a prendendo.

– Como você sabe sobre a profecia?

– Você parece bem irritada.

– Não pareço, estou, então acho bom você me falar. – Astrid pressionou com mais força o braço.

– E eu acho bom você me soltar e conversarmos civilizadamente.

– Não gosto dessa ideia.

– Olha ao seu redor, Astrid, as pessoas estão começando a ficar curiosas com o que está acontecendo aqui. Daqui a pouco vão se aproximar mais para saber o motivo da chefe da ilha estar ameaçando uma visitante. Quer explicar a eles o motivo ou prefere que eu mesmo explique?

Astrid olhou ao redor, percebendo que Runa tinha razão, as pessoas as encaravam curiosas, inclusive seus amigos.

A loira suspirou derrotada e soltou Runa, que começou a massagear a área dolorida.

– Muito melhor assim. – Runa sorriu.

– Como sabe da profecia?

– Ai Astrid, eu sei tanta coisa que você nem imagina.

– Reponda. – Astrid disse firme.

– A única coisa que você precisa saber é que estou envolvida nessa profecia e eu sei tudo sobre ela. Sei que você é a escolhida para trazer o caos para Berk, acho que os Berkianos não vão gostar muito dessa parte. – Runa sorriu cínica. – Claro que se o filho dos Strondus estivesse vivo, essa parte poderia ser alterada, mas depois da morte dele, a profecia começou a se concretizar, mas saiba que eu não vou deixar você destruir Berk nem os dragões, eu mesmo vou fazer isso, inclusive, vou fazer de tudo para destruir você no processo.

– Por quê? Por que você quer me destruir?

– Porque você tirou tudo o que seria meu. – Runa falou com raiva.

– Está falando do Magnus? Porque se for..

– Não tem nada a ver com o Magnus, ele é apenas uma peça no meu jogo. Uma peça que vai me ajudar no meu objetivo – Runa ergueu a mão, acariciando o rosto de Astrid. – Você deve se sentir muito segura com o fato dele te amar, mas saiba que eu farei de tudo para que o seu querido marido que te ama tanto seja a pessoa responsável pela sua destruição.

Astrid segurou a mão de Runa com força, a tirando do seu rosto.

– Runa, para o seu próprio bem, pegue sua comitiva e volte para o buraco de onde saiu. – Astrid virou o braço dela e começou a torcê-lo. – Você acha mesmo que pode vir até minha ilha e me ameaçar? – Ela ergueu a mão livre e levou até o pescoço de Runa, o apertando. – Você não tem ideia do que eu sou capaz de fazer, eu poderia te matar agora mesmo e sair totalmente ilesa. – Astrid apertou um pouco mais, vendo Runa começar a ficar roxa. – Então não teste minha paciência, a não ser, é claro, que você queira uma morte lenta e dolorosa.

Dragões: a paz e o caosOnde histórias criam vida. Descubra agora