Capítulo 17 - Festa

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Astrid estava deitada na cama com sua cabeça apoiada no braço de Soluço e com uma de suas mãos no peitoral dele. Ela fitava sua mão que subia e descia acompanhando a respiração dele.

– No que está pensando? – Soluço perguntou, levando uma das mãos ao cabelo dela e o acariciando.

– Nada.

– Astrid. – Ele disse sério.

Astrid ergueu a cabeça e abriu um leve sorriso.

– Eu só estava pensando no quanto eu tenho sorte por ter você. – Ela deu um rápido beijo nele e voltou a se deitar.

– Boa tentativa, mas é sério, o que houve? Parece preocupada.

– E eu não tenho motivos para estar? O Viggo e o Eret apareceram em Berk e estão nos chantageando, temos que lidar com o Magnus e tomarmos a liderança de Berk. Preciso aturar o Dagur e os berserkers aqui, ah, os exilados também, sem falar no povo irritante de Norge. – Ela bufou.

– É muita coisa, mas vai dar tudo certo.

– Claro, senhor otimista.

– Vamos por partes, primeiro vamos focar na liderança, quando pretende entregar as provas contra o Magnus para o Conselho?

– Não sei, eu queria entregar o quanto antes, mas se eu fizer isso, o Magnus perderá a liderança e talvez seja até preso, mas ele permanecerá na ilha. Eu queria uma forma de garantir que ele fosse embora, de preferência para Helheim.

– Eu posso providenciar isso. – Soluço disse simplista.

– Não. – Astrid falou rápido e se sentou. – Eu já disse, Soluço, não quero que você se torne alguém que não é, por minha causa.

– Ta bom, mas você não pode me culpar, caso eu tropece em alguma pedra e acidentalmente a minha espada corte o pescoço dele.

– Soluço.. – Astrid o repreendeu.

– Não se preocupe, eu não vou matá-lo. – Soluço puxou Astrid para se deitar novamente. – Ainda.

– Por que você é tão teimoso, Strondus?

– Acho que é a convivência com você, Hofferson. – Ele sorriu e beijou a cabeça dela. – Agora volte a dormir.

– Acho que está tarde para isso. – Astrid comentou ao ouvir um barulho alto. – Os outros já devem ter acordado.

– Os outros, nós podemos continuar dormindo. – Soluço a abraçou com força.

– Eu gostaria, se pudesse, eu passava o dia todo aqui.

– Então passe.

– Não podemos. – Ela se sentou novamente. – Temos algumas coisas para fazer e não se esqueça da sua festa hoje à noite.

– Por que eles precisam fazer uma festa?

– Para te dar as boas vindas oficialmente.

– Eles não podiam simplesmente me falar ou mandar um bilhete? Precisa mesmo de uma festa? – Soluço bufou.

– Sim, precisa. – Astrid sorriu. – E vamos ver o lado bom, você vai ter mais contato com o povo durante a festa, lembre-se que você precisa conquistá-los.

– Eu sei, e é por isso que eu vou me aproximar do povo hoje, durante o dia, não preciso de festa para fazer isso.

– Em Gjemme você não era tão resistente à festas.

– As normais, não, agora as que me colocam como o centro das atenções, eu sempre fui resistente.

– Ta, agora para de reclamar. – Astrid segurou as mãos dele e o puxou, o fazendo se sentar. – Já que temos que nos levantar, vamos fazer isso logo.

Dragões: a paz e o caosOnde histórias criam vida. Descubra agora