Capítulo 13 - Tensão

393 23 117
                                    

O clima rapidamente ficou tenso na sala da casa, todos encaravam Magnus que continuava com seu olhar cravado em Soluço.

– O Soluço ainda está se recuperando, ele não pode receber visitas. – Stoico comentou.

– Não é o que parece. – Magnus olhou para os demais no local. – E eu serei rápido, quero apenas ver se o que estão dizendo é verdade.

– Se é sobre o Soluço estar vivo, é verdade. – Cabeçadura disse simplista.

– É o que parece. – Magnus deu mais um passo, se aproximando mais de Soluço e instantaneamente, Stoico se colocou na frente dele. – Algum problema, tio? Não posso falar com meu primo?

– Pai, está tudo bem. – Soluço comentou.

Stoico assentiu e saiu da frente de Soluço.

– Então é você mesmo. – Magnus o encarou.

– Oi, Magnus. Quanto tempo.

– Uns doze anos.

– Na verdade são treze, mas quem está contando? – Soluço deu de ombros.

– Tem razão. – Magnus sorriu. – Você não parece muito bem. – Ele o olhou de cima a baixo.

– Nem você. – Soluço fez o mesmo.

– Aconteceram algumas coisas. – Magnus disse entredentes. – O que estavam fazendo? Espero que eu não tenha atrapalhado nada.

– Na verdade atrapalhou, estávamos jantando. – Cabeçaquente respondeu.

– Isso não é tão importante. – Magnus disse com desdém e como resposta, recebeu um olhar de reprovação de Andre Barn. – Estou curioso para saber o que aconteceu com você, Soluço. Todos pensamos que estava morto.

– É uma história longa.

– Tenho certeza que sim. Estou ansioso pela explicação. – Magnus o olhou sugestivamente.

– E a terá, mas não hoje.

– Como eu falei, o Soluço ainda está se recuperando. – Stoico falou sério.

– Claro, espero que fique bem logo, primo. – Magnus forçou um sorriso.

– Não se preocupe, eu ficarei. – Soluço retribuiu o sorriso.

– Magnus. – Astrid o chamou, o fazendo se virar para ela. – Hora de ir.

– Claro. O Soluço precisa descansar. Eu só vim mesmo para dar as boas vindas a ele. – Magnus voltou a olhar para Soluço. – Como chefe de Berk eu devo fazer isso.

– Agradeço a hospitalidade, mas não precisa, afinal, Berk é minha ilha. – Soluço falou firme.

Magnus o olhou irritado, mas rapidamente suavizou o olhar.

– Você tem razão, mas de qualquer forma, não vim apenas lhe dar as boas-vindas, eu vim também buscar a minha esposa. – Magnus sorriu e se virou para Astrid. – Vamos?

Todos olharam para Astrid, esperando a reação dela.

– Eu vou ficar mais um pouco.

– A Astrid está me ajudando com algumas coisas. – Vallka comentou.

– Pelo que eu vejo tem pessoas demais aqui para ajudar, tenho certeza de que ela não fará falta.

– Magnus, estamos resolvendo algumas coisas, em família. – Stoico enfatizou.

– Mas eu sou da família, tio. Podem continuar, eu vou apenas esperar a Astrid. – Magnus disse com tom de deboche.

Soluço o olhava cada vez com mais raiva e Banguela que estava atrás das pessoas, rodeou Soluço, ficando na frente dele e começou a rosnar para Magnus.

Dragões: a paz e o caosOnde histórias criam vida. Descubra agora