Soluço estava sentado na proa do barco analisando um mapa, quando Banguela se aproximou dele.
– Falta muito?
– Não, apenas algumas horas – Soluço respondeu, ainda com sua atenção no mapa.
– Seria muito mais rápido se fôssemos voando – Banguela reclamou.
– Eu sei, mas Flammer e a Tesoura de Vento não puderam vir, e estamos nos aproximando de Berk, nunca se sabe quando terá caçadores de olho no céu.
– Ta bom. Filhote, você já pensou no que vamos fazer quando chegarmos em Berk?
– Você tinha parado de me chamar de filhote – Soluço o encarou – por que voltou?
– Porque nos últimos dias você voltou a parecer um filhote.
– Em que sentido? – Soluço perguntou curioso.
– Seu coração voltou a ficar machucado – Banguela encostou a cabeça no ombro de Soluço.
– Não se preocupe, assim que eu ver a Astrid de novo, meu coração vai melhorar – Soluço sorriu.
– Ela está bem, não está?
– Sim, e mesmo que ela não esteja, eu não vou descansar até fazê-la ficar bem, vou fazer de tudo para protegê-la.
– Eu também, vou fazer o que for preciso.
– Você passou a gostar mesmo dela – Soluço passou a acariciar a cabeça de Banguela.
– Ela agora faz parte da família, ela agora é minha amiga, claro que gosto dela.
– Ela também gosta muito de você.
– Você não me respondeu, Filhote. O que faremos quando chegar em Berk?
– Isso eu também quero saber – Heather comentou se aproximando com Andre Barn.
– A primeira coisa será encontrar um lugar seguro para mim e para o Banguela, ninguém pode saber da nossa presença lá, não antes de eu conversar com a Astrid.
– Isso nós sabemos – Andre Barn revirou os olhos – Eu e a Heather vamos chegar fingindo que somos viajantes perdidos, vamos localizar a Astrid e levá-la até você. O que não entendemos é o que vai acontecer depois. Você disse que vai assumir o seu lugar de direito. Como fará isso?
– Essa parte é algo que ainda estou planejando – Soluço sorriu sem graça.
– Ou seja, você não sabe – Heather arqueou a sobrancelha.
– Vamos por partes, a primeira parte é eu conversar com a Astrid, depois vamos para as outras partes.
– Vamos ter que ficar escondidos? – Banguela perguntou.
– Sim, principalmente você – Soluço se virou para o dragão – Berk é uma ilha de caçadores, ninguém lá pode saber da sua existência, entendeu amigão?
– Ainda acho que o Banguela não deveria ter vindo. Ele deveria ter ficado com os nossos dragões – Andre Barn suspirou – é muito arriscado.
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Dragões: a paz e o caos
Fiksi PenggemarDuas pessoas destinadas a ficarem juntas e ao mesmo tempo a se destruírem. Uma profecia criada há milhares de anos começa a se cumprir, a guerra inevitável chegou e só um lado vencerá. * Mais do que nunca, Soluço precisará agir como o príncipe que...