Capítulo 14 - Conselho

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Eu ainda não entendi, por que eu tenho que ficar aqui e não posso ir com vocês? – Banguela perguntou irritado. Ele, Soluço e Astrid estavam no quarto.

Já falamos, Banguela, você não pode ir. É uma reunião do Conselho, não vão permitir um dragão. Eu preciso ganhar a confiança do Conselho, não vou conseguir fazer isso com você lá. – Soluço respondeu.

O Soluço tem razão, Banguela. Sem ofensa, mas a sua presença vai assustar as pessoas. – Astrid comentou.

Mas e se acontecer algo? – Banguela perguntou preocupado.

Não vai acontecer nada. Eu vou estar lá, não vou deixar acontecer nada de ruim. Prometo. – A loira disse confiante.

Eu ainda acho que eu deveria ir. – Banguela falou emburrado e se deitou no chão, virando a cabeça para a parede.

– Ele me lembra você. – Astrid sorriu.

– Por quê? Eu não fico emburrado por qualquer coisa.

– É o que você acha. – Astrid se sentou na cama, ao lado de Soluço.

– O que foi? Parece triste. – Soluço comentou, a observando.

– Estou com saudades, da Zephyr e da Tempestade. – Astrid suspirou.

– Logo você poderá vê-las de novo. – Soluço segurou as mãos dela.

– Será que elas estão bem?

– Claro que estão. Elas estão seguras lá.

– Eu sei. – Astrid abriu um sorriso fraco.

– Eu prometo, Astrid, logo as duas vão poder estar aqui.

– A Tempestade? Aqui? – Astrid franziu o cenho.

– O que foi? Não acha isso possível?

– Eu só não consigo visualizar ainda Berk convivendo com dragões. Talvez demore um pouco para isso acontecer.

– Eu discordo, acho que nem vai demorar tanto assim. – Soluço disse simplista.

– Eu tenho minhas dúvidas.

– Pois não tenha, confie em mim. Lembre-se que...

– Você é o garoto da profecia, aquele que vai unificar os mundos e blá, blá, blá. – Astrid revirou os olhos.

– Na verdade eu ia dizer para você se lembrar que eu faço qualquer coisa por você, não vou te decepcionar nisso.

– Só não quero que faça nada que te coloque em risco. – Astrid passou seus braços pelos ombros dele.

– Não se preocupe, eu vou tomar cuidado, afinal, eu pretendo ainda viver muitos anos com você.

– Acho bom. – Astrid sorriu e o beijou. Quando Soluço ia aprofundar o beijo, Astrid se afastou. – É melhor termos cuidado, não queremos ser flagrados de novo e olhando para o nosso histórico, há grandes chances disso acontecer.

– Ela ia saber mais cedo ou mais tarde.

– Eu preferia que fosse mais tarde e não daquele jeito.

– Isso me lembra quando ela nos flagrou nos beijando no seu quarto. – Soluço sorriu.

– Nem me lembre disso. Eu queria enfiar minha cabeça em um buraco. Hoje eu também quis fazer isso.

– Pelo menos foi ela, seria pior se tivesse sido outra pessoa.

Dragões: a paz e o caosOnde histórias criam vida. Descubra agora