Capítulo 7

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Jimin

Acordei relativamente bem, com uma preguiça gostosa, podia me acostumar mal com isso.

Nem me lembrava da última vez que fiquei assim, tão relaxado.

Consegui ir para a cadeira, fui no banheiro, fiz minhas necessidades e escovel os dentes.

Sai do quarto para procurar duas pessoas encantadoras e que meu coração já tinha aprendido a gostar muito.

Achei os dois no sofá, rindo de algo.

JungKook sem camisa e de short.

Foi a pequena que me viu primeiro e veio fazendo festa pro meu lado.

Seu pai ficou lá, com aquele olhar em minha direção que sempre me desestabilizava.

— Dormiu muito, titio.

Fiquei cheio de vergonha.

— Filha, que isso.

Recebi Mad em meu colo e abracei aquela pequena, que começou a me contar como dormiu bem e que hoje iria cuidar das minhas unhas.

Olhei para JungKook segurando o riso e ele fazia o mesmo.

— Filha, tio Jimin precisa de um café primeiro, ok?

— Tá bom, vou ficar vendo desenho. Minha barriguinha já está cheia de mingau.

— Nem me esperou? — Me fiz de chateado e ela quase acreditou, pois arregalou os olhos.

Mas comecei a rir e ela, toda fofa, riu junto comigo.

Na cozinha, me sentei à mesa e fui surpreendido quando tive minha cabeça puxada para trás e ganhei um beijo na boca.

Porra, meu coração não ia aguentar.

— Bom dia — JungKook disse perto dos meus lábios e eu só soube sorrir. — Sua irmā ligou, disse que vai vir te ver.

— Ah, ela lembrou de mim? Não deixe ela pegar intimidade, JungKook. Ela não é fácil.

— Ah, eu gosto muito dela. — Revirei os olhos e ele riu.

Comemos panquecas com café e eu estava me sentindo estranhamente bem como há muito tempo não sentia.

Precisava entender, pôr os pés no chão, de que minha estadia aqui seria breve e que logo eu voltaria para a minha solidão, para o meu apartamento.

— Está pensativo. 

Encarei JungKook.

— Me observando?

— Gosto de olhar pra você.

— Titio, você vai querer qual cor? 

Mad colocou em cima da mesa três cores de esmaltes: preto, rosa e lilás.

— Nunca pintei as unhas.

— Não? O tio Tae pinta de preto às vezes. O tio Nam falou que pode ser a cor que a pessoa quiser.

— Ah, ele disse?

— Sim. Esmalte não é só para mulheres, os homens também podem. Uma vez pintei a do tio Nam de lilás, ele ficou muito feliz. — Sorri e escolhi a rosa.

Os olhos dela brilharam.

— Não precisa pintar se não quiser, mas é que realmente não imponho para ela essas besteiras de que homem só pode isso e mulher só pode aquilo, minha filha vai crescer com a mente livre.

— Você está certo. Ela pode pintar a minha, realmente não ligo. Deixa ela ser feliz.

Minha irmã chegou quase perto da hora do almoço e me encontrou no sofá pintando as unhas do pé, as mãos já estavam prontas.

Special Squad - Jikook (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora