Special Squad - Jikook (Livro 2)

Capítulo 14

JungKook

Eu mal tinha processado que o Jimin havia saído e batido a porta, quando ouvi Madelyn chorar.

Engoli meu próprio choro e quando entrei correndo no corredor dos quartos, tive que parar de supetão, pois quase pisei nela, que estava sentadinha, encolhida e abraçada aos joelhos.

— Filha, o que está fazendo aqui? O que foi? Vem cá com o papai.

Voltando da boate, eu acabei passando nos meus pais e peguei minha filha, estava sentindo uma necessidade muito grande de estar com ela.

Ela já estava até dormindo, mas mesmo assim a trouxe para casa.

A levei para o quarto e me sentei em sua cama com ela em meu colo, que chorava de soluçar.

Fiquei fazendo carinho, tentando acalmá-la, até que Madelyn me olhou e meu coração parecia que ia partir por ver sua tristeza.

— Por que você mandou o tio Jimin embora, papai? Eu amo ele, papai, não manda ele embora. 

Só ai tive a resposta de tudo, ela tinha visto minha briga com Jimin, merda!

Tudo que eu tentei evitar estava acontecendo.

— Filha, a vida de adultos é diferente.

— Mas ele gosta de você e de mim, papai. Vai lá buscar o tio Jimin de novo, por favor. Traz ele, papai. — O choro se tornou mais forte e foi minha vez de abraçar minha filha em lágrimas.

Deixei que saísse tudo que doía em mim e choramos juntos naquele quarto.

Só depois de mais calmo, que tentei explicar a ela e amenizar de algum forma.

— Filha, o titio Jimin não deixará de ser seu amigo, ok? Eu vou falar com ele, mas talvez a gente não fique mais junto.

— Ele não vai ser mais seu namorado?

— Não sei dizer, filha. A vida de adulto é mais complicada.

— Não quero ser adulta.

— Mas um dia vai ser e enfim vai entender o papai.

— Papai.

— Oi, amor. — Tentava enxugar seu rostinho cheio de lágrimas.

Meu rosto não estava diferente.

— Eu queria que ele fosse o meu papai também. — Fiquei paralisado olhando para Mad e como dizer a ela que eu também queria a mesma coisa, mas que era algo tão forte o que eu estava sentindo, que estava fazendo tudo errado e sendo um pai ruim para ela?

— Filha, vamos descansar?

— Você vai chamar ele de volta, papai?

— Eu prometo que assim que esfriar a cabeça, eu vou conversar com ele, ok? Nós dois precisamos desse tempo.

— Eu gosto muito do tio Jimin, papai — Mad disse quando a deitei na cama e fiquei fazendo carinhos em seu cabelo.

— Eu também. Mais do que eu imaginei que gostaria, por isso todos os problemas. Vamos dormir, amanhã vai ser um novo dia, ok? — Acabei dormindo com Mad, um sono instável e com dor de cabeça.

…

No dia seguinte, acordei um lixo e foi de repente, pois nem tinha programado meu despertador.

Sorte ser minha folga.

Olhei para Mad e ela dormia encolhida, mas de costas para mim.

Resolvi levantar e escovar os dentes para comer algo, parecia que havia um buraco no meu estômago.