Capítulo 11

796 117 49
                                    

Jimin

Meu trabalho na delegacia durou até a hora do almoço.

Tinha relatório da ocorrência, direcionamento e fiscalização das vítimas hospitalizadas e o encaminhamento para a prisão do criminoso que sobreviveu.

No momento ele estava hospitalizado com escolta, mas assim que passasse pela cirurgia, iria ser preso para aguardar seu julgamento.

O policial baleado na operação também já havia passado por cirurgia e estava bem, assim como a adolescente que estava ferida na sala de aula, graças a Deus.

Encostei em minha cadeira e automaticamente levei a mão no centro do peito e esfreguei ali, estava dolorido, mas recusei atendimento médico no momento, havia muita coisa a ser feita.

Porém, o homem sentado no sofá da minha sala na delegacia me observava desde que estava ali, me esperando acabar tudo.

E era para ele que olhava neste momento. 

— Você deve estar com fome — falei inocente, já que ele estava ali há um tempão. 

— Muita — foi sua resposta e ela me fez engolir em seco.

Ele não me pareceu que falava especificamente de comida.

Minha irmã entrou de repente na sala e eu já até pensei que fossem mais problemas. 

— Ainda aqui? O Delegado substituto já chegou. Quando vai ao médico? 

— Médico? — foi JungKook que perguntou e minha irmã tinha até se esquecido dele ali.

Ela o olhou assustada. 

— Sim, JungKook. Esse bonito levou dois tiros no peito e, mesmo com colete, isso dói pra caralho. 

Pronto, agora eram dois com os olhos em mim. 

— Estou perfeitamente bem, deixe de ser histérica. Vou para casa, tudo já está encaminhado. 

JungKook e eu saímos juntos e todos olhavam para ele ainda uniformizado e armado.

Em seu carro, novamente me encostei no banco e tentei relaxar.

— E seu carro?

— Ele pode ficar aí, depois a Lia leva pra mim.

— Me deixe ver seu peito.

— Está tudo bem, JungKook.

— Não vou falar de novo, Jimin.

— Detesto ordens.

— Por favor. — Segurei um sorriso conforme sua voz suavizou e abri minha camisa toda para que ele visse o que quisesse ver. — Isso está bem vermelho.

— Sempre fica, está apenas dolorido. Em casa tenho uma pomada especifica pra isso, logo vai sumir. O importante é que as balas ficaram presas no colete.

JungKook nos tirou dali e me levou para casa.

Tinha algumas horas de folga e sua presença ao meu lado estava mexendo demais comigo, juro que nem pensava em descansar.

Estava com muita saudade dele.

Assim que destranquei minha porta, entrei e já fui largando no aparador minhas chaves, carteira e arma.

Tirei minha camisa, mas continuava de calça.

JungKook que fechou a porta e escutei quando a trancou.

Eu estava no centro da sala quando me virei para ele.

Se eu pensava em lhe dizer algo, o raciocínio foi perdido, pois ele já chegou perto de mim me beijando, um beijo urgente, se tinha saudade nele como tinha no meu, eu não sabia, mas estava bom demais.

Special Squad - Jikook (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora