Prólogo

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JungKook

Há alguns anos...

— Se acalma, ok? Vai dar tudo certo. — Taehyung fazia carinho nos meus cabelos.

Estávamos na sala de espera do hospital.

Abigail estava sendo preparada para o parto.

— Tenho medo, a saúde dela não é boa.

— Mas ela vem fazendo acompanhamento, manito. Sempre fazendo os exames de forma correta. Logo sua mulher e sua filha saem dai de dentro. Decidiram o nome? Estavam tão indecisos.

— Vai ser Madelyn.

— Lindo!! Vou chamar de Mad. 

Sorri para o meu irmão e reparei bem o seu rosto.

— Está tudo bem?

— Comigo? Claro! Por que não estaria? Logo serei titio.

— Você está com olheiras, Tae. Antes que me visse aqui, eu te vi entrar e parecia que se arrastava. Está tudo bem entre você e o Bryan?

— Tudo na mais perfeita paz. Foque nas suas mulheres, ok? Vou pegar um café fresco pra gente, vai ajudar a passar o nervoso.

Observei Taehyung se levantar, sabia que não estava nada bem e me culpava. 

Estava tão eufórico e nervoso desde que descobri que seria pai, que sentia que deixei de cuidar direito do meu irmão. 

Algo estava acontecendo e só precisava ver minha filha e minha esposa bem, para encurralar esse mentiroso que eu amava muito, para saber o que estava acontecendo em sua vida.

Meus pais ainda estavam vindo, já tinham me mandado mensagem, estavam perto. 

Eu olhava para a sala de preparação e já tinha bebido três copos de café quando Abigail saiu de lá já com a roupa cirúrgica e com alguns acessos em seus braços. 

Ela estava em uma cadeira de rodas, mal se aguentava em pé devido ao barrigão.

— Amor... — Fui até ela e me abaixei na sua frente.

Mesmo com carinha de dor, era a mulher mais linda desse mundo.

Que me daria outra mulher para amar tanto quanto eu a amava.

— Eu estou bem, meu amor. Vou ali rapidinho trazer nossa bebê ao mundo. Promete que vai amar e cuidar muito da nossa pequena?

— Mas é lógico que sim, meu amor. Vou fazer tudo isso com você ao meu lado. — Toquei seu rosto e vi algo passando por seus olhos, mas naquele momento interpretei como dor, apenas dor. Ela já sentia muitas contrações. — Vou amar e proteger as duas pro resto da minha vida.

— Eu te amo, mas preciso ir.

— Também te amo muito. Estou esperando vocês aqui.

Abigail deixou um beijo nos meus lábios, molhados por suas lágrimas, e a enfermeira a levou.

Pena que eu não pude amá-la e protegê-la como tanto queria.

Eu estava prestes a sofrer o maior baque da minha vida...

— Não!!! Eu não aceito isso!! Eu quero vê-la, eu preciso da minha mulher!!!! — gritava no corredor do hospital, descontrolado, chorando desolado quando recebi a notícia da morte de Abigail.

Meu irmão e meu pai me seguravam como podiam, até que se abaixaram comigo no chão, pois havia perdido a força nas minhas pernas.

Enfermeiros e médicos não sabiam o que fazer comigo, eu só chorava, tudo tinha virado um caos.

Special Squad - Jikook (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora