DIA I - Reconhecimento de Território (Parte 2)

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- Está pronto? - Gumball repete, pacientemente.

- Eu nasci pronto, baby.

- Okay, vou tentar ignorar as merdas que saem da sua boca e me concentrar nas, possivelmente, raras informações necessárias. - Gumball pega o gravador, liga e começa o questionário:

- Quantos anos você tem?

- 1004.

- Você é de antes da Grande Guerra dos Cogumelos? Se lembra de alguma coisa?

- Sim, mas eu tinha uns 4 anos.

- Poderia me contar? Como foi?

- Tinha o Simon e uns zumbis nada doces. Pensando bem, acho que preferia aquele apocalipse, esse quarto rosa está me dando diabetes! Seu cabelo é feito de chiclete?

- Marshall, por favor, foco - Gumball apoia a cabeça nas mãos, em descrença e impaciência.

- É sério! Olha só pra esse lugar! Parece que tudo é feito de doce!

- Marshall, é um REINO DOCE, logo, as coisas desse REINO são feitas de DOCE! - Estava tudo indo tão bem, o príncipe pensa, bem demais pra continuar assim.

- Até mesmo o príncipe? - Marshall pergunta com seu típico sorriso de canto, ele sabia deixar o mais novo envergonhado.

- Vamos fazer um combinado - o príncipe começa a falar, enquanto esfrega rosto em sinal de cansaço e possível vergonha, que JAMAIS admitiria - Você finge que não é um completo imbecil e eu finjo que te tolero.

- Claro! - Marshall ri largo - Vou aproveitar pra fingir que você não está louquinho pra me beijar!

- MARSHALL LEE! - Gumball se exalta. Aquela seria o que? A segunda vez no dia que ele perdia o controle? Inadmissível.

- Ui, menino estressado! - Marshall estende as mãos em sinal de rendição - Só estava tentando descontrair.

- Não está na hora de descontrair. Temos que trabalhar duro, eu tenho pouco tempo e muita coisa pra fazer.

- Gumball, tem quanto tempo que você não relaxa ou, sei lá, dorme? - Marshall pergunta, olhando a bagunça que o espaço de trabalho do mais novo está.

- Não durmo há alguns dias - o príncipe se levanta, desligando o gravador em sinal de desistência. Aquela conversa não levaria a lugar algum, ele teria que bolar uma nova abordagem.

- Entendo... - Marshall responde, incerto - Eu te dei 3 respostas e você não me deu nenhuma, acho injusto, então estou indo embora.

- Oi?

- Isso mesmo, quando tiver minhas respostas, me chama, fui!

E lá se foi Marshall pela janela. Aquilo era inacreditável, ele era inacreditável! Não deu resposta quase nenhuma e ainda deixou dois trabalhos para o príncipe: responder perguntas das quais nem se lembrava mais e pensar em uma forma de obter respostas de forma efetiva.

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