DIA VI - Work Hard

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Os capítulos estão ficando maiores, sorry >.<

♂ ♥ ♂

- Mas que... que porcaria é essa? - Para um príncipe que costumava acordar recebendo um animado bom dia do Mordomo Menta e retribuindo com a mesma entonação, pronunciar aquelas palavras parecia muito diferente e errado. - Marshall, para de me cutucarMAS O QUE É ISSO?

- Bom dia flor do dia! - Marshall disse, distanciando-se de Gumball, que contava com um rosto todo amassado e um cabelo muito rebelde para toda aquela realeza. 

O príncipe, meio assustado com a forma de Marshall e sabendo que o Mordomo de Menta não viria para arrumar o quarto nem trazer o café da manhã devido à visita, resolveu levantar-se logo e abrir a cortina para despertar e continuar a executar as tarefas matinais.

- NÃO! - Marshall gritou ao que Gumball encostou na cortina. - Vampiro, lembra?

- Oh! Você é uma espécie de... rato feio com asas? - Gumball perguntou, distanciando-se da janela.

- Poxa! Eu sou um morcego demônio! Mais respeito, por favor! - Marshall pediu, voltando à sua forma de "vampiro sexy".

- Mais respeito sou eu quem lhe pede, BatLee, você não sabe acordar pessoas. - Gumball disse dirigindo-se ao banheiro.

- "BatLee" seria um apelido? - Marshall falou mais alto, visto que ainda estava sentado na cama.

- Xim! Não goxtou? - Gumball disse com a boca cheia de pasta de dente e a escova pendendo na boca.

- Claro que não! Que coisa mais ridícula! 

- Sorte a minha não ligar pra sua opinião. - Gumball disse assim que enxaguou a boca.

- Não liga? - Marshall apareceu atrás de Gumball. - E se eu disser que você fica muito sexy com a blusa que te dei?

Gumball travou e sentiu suas pernas bambearem. Por um segundo jurou ter sentido o calor de Marshall em suas costas, mas eles estavam relativamente longe um do outro. Lee sabia o que causava no menor, sabia porque sentia coisas até mais constrangedoras pela simples existência do príncipe, e por saber como é sentir isso, deixou que Gumball recobrasse a consciência (e a força das pernas) para continuar a falar:

- Será que fica tão bonito assim com as minhas camisas?

- MARSHALL! - Gumball saiu do transe que se encontrava desde que ouviu a palavra "sexy" e gritou com o mais velho, rindo abobado.

- Ih! Calma! Eu estava pensando em te emprestar algumas blusas. - Marshall saiu do banheiro para deixar que Gumball terminasse de se arrumar, mas continuou falando alto. - Não é como se fôssemos transar loucamente agora e eu jogasse suas roupas tão longe a ponto de você ter que vestir as minhas.

Gumball olhou-se no espelho e percebeu seu rosto avermelhado, então a tese de que ele não cora por ser rosa é falha e isso é um problema. O príncipe preferiu não pensar em detalhes sobre "transar loucamente" com Marshall e esperou voltar à cor normal para sair do banheiro e arrumar a cama. Marshall sentou-se na mesa de testes e continuou falando, mas bem mais baixo:

- Eu as emprestaria e você, de preferência, ia trocar de roupa na minha frente. - Marshall começou a brincar com um tubo de ensaio verde e soltou as palavras distraidamente. - Da última vez que te vi trocar de roupa gostei muito, mas devo admitir que gostei mais de quando tirou do que quando colocou a blusa.

Marshall percebeu o que fez e sorriu de canto. Quem visse pensaria que aquele era um de seus sorrisos provocantes, mas era a mais pura vergonha. "Talvez seja esse quarto rosa exalando progesterona que me fez ficar tão afeminado". Marshall divagava a respeito da causa para tanto sentimentalismo na presença de Gumball (ele gostava de Gumball? Talvez, só que não precisava ficar parecendo uma menina de filme romântico adolescente), mas não conseguiu chegar a uma resposta a tempo:

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