Pov Mon
Sento no sofá com as pernas cruzadas embaixo de mim e olho para Sam, esperando que fale alguma coisa e tentando não transparecer o quão ansiosa estou.
- Quer um chá? – ela pergunta se sentando ao meu lado, estalando os dedos sem parar.
- Pelo amor de Deus, Sam, apenas fale!
Ela começa a rir do meu desespero e então estica a mão, pegando a minha e a cobrindo com a sua. Seu simples toque me incendeia e eu respiro fundo, sentindo como se meu peito fosse um balão se inflando de ar.
- Eu fiquei bem surpresa com o que me disse ontem – Sam fala e começa a girar o polegar pelas da minha mão. – Tão surpresa que agi como a babaca que me acusou de ser. Fico quieta, não porque a ache uma babaca, mas por não saber o que dizer mais uma vez.
- Há três anos, quando meu relacionamento com a Nita acabou, eu jurei que não abriria mais espaço na minha vida para outra pessoa. Virei educadora financeira, consegui a promoção para gerente de banco e no meu tempo livre saia para acampar com os amigos, ou então cuidava do jardim e a minha vida estava boa, ótima até, mas aí você veio com aquela proposta e tudo virou uma bagunça.
- Eu sinto muito, Sam.
Ela descarta minhas palavras com um gesto, ignorando o fato de eu estar com um enorme nó na garganta.
- Eu não estou reclamando – prossegue e me olha, aquele meio sorriso fazendo os batimentos do meu coração triplicar. – A cada nova aventura ao seu lado, me sentia viva e eu nunca fui capaz de rir tanto com uma garota e me expor exatamente como sou e de repente me vi ansiando estar ao seu lado e isso me assustou pra caramba, principalmente quando eu quase fiz sexo com você nesse sofá. Não queria ultrapassar seus limites, ou me aproveitar por ainda estar ferida do antigo relacionamento.
- Eu não estou ferida, Sam, eu apenas me assustei por ver aquele babaca na rua e ele agir como se não tivesse me feito nada.
- Eu entendo, Mon, mas fiquei com receio de você estar confundindo as coisas, principalmente quando me contou tudo ontem. Acha que eu não quis simplesmente te tomar nos braços e pedir para que ficasse na minha vida e continuasse deixando tudo mais colorido?
- Você quis?
- Pra cacete e eu sou a droga de uma mulher que pensa muito sobre tudo e quando eu percebi que te magoei, era um pouco tarde porque foi para a casa da Yuki com uma mochila que pesava mais do que você.
- Como sabe que eu fui para casa dela?
- Eu liguei perguntando. Deixou o número dela como referência no contrato. - Ficamos em silêncio e eu acabo rindo do jeito fofo dela e no momento em que nos encaramos, posso estar sendo precipitada, mas consigo ver sentimento em seu olhar.
- Eu estava procurando um novo lugar para morar – admito baixinho.
- Fique. – Uma palavra tão pequena e que tem o poder de me deixar arrepiada.
- Fique na minha vida, Mon- ela prossegue e sua voz está rouca.
- E a Nita? – Ela bufa ao ouvir o nome da ex-namorada.
- Continua sendo um passado que eu já esqueci. Ontem me encontrei com ela para dizer que não tem mais volta como insistiu em pedir no sábado e sabe qual foi o motivo que eu dei?
- Não.
- Que eu estou completamente apaixonada pela irmã do meu melhor amigo.
- Eu... Eu pensei um monte de coisas porque você demorou e...

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𝑨 𝒗𝒊𝒓𝒈𝒊𝒏 𝒆𝒏 𝒕𝒓𝒐𝒖𝒃𝒍𝒆
FanfictionKornkarmon jamais imaginou que ser virgem a impediria de agarrar com as duas mãos a oportunidade da sua vida, mas é isso o que acontece e ela vê sua grande chance indo embora. Alguém sem experiência pode escrever sobre amor e sexo, certo? Determinad...