Pov Mon
É o auge do mico entrar em uma UPA sendo carregada no colo e com uma amiga histérica ao lado que pede urgência por achar que eu estou morrendo. Não é que eu me sinta muito bem, mas é que até para quem sente que está fazendo a passagem tem de a ver algum limite.
A sorte é que uma enfermeira simpática vê a situação e logo traz uma cadeira de rodas.
- Vocês podem esperá-la aqui – ela diz quando Sam me acomoda na cadeira.
- Eu vou com ela. – Ela fala isso de uma forma tão imperativa que eu arregalo os olhos, um feito e tanto com a dor de cabeça dos infernos que estou.
- Que seja.
O resmungo da enfermeira é feito um segundo antes dela começar a me empurrar para a parte interna da UPA e o movimento é o suficiente para que eu tenha uma nova crise de náuseas, mas não tenho nada para vomitar, então fico apenas fazendo barulhos horríveis e assustando outros pacientes.
Sam fica perto de mim enquanto entro na sala de triagem e começam a me examinar, constatando que estou com febre e a pressão um pouco alterada. Sou mandada para o corredor logo em seguida e ela me empurra até ao lado de uma poltrona, me deixando próxima e sentando.
É reconfortante estar perto de Sam e quero agradecer, mas estou muito fraca para isso.
- Você está péssima. – Ela fala isso e começa a secar meu rosto molhado de suor com um lenço azul perfumado.
- Não sei o que está acontecendo. Será que vou morrer? – Sam parece estar segurando o riso quando pega em minha mão.
- Acho que não, Mon.
O médico não demora a me chamar Sam me empurra para dentro do consultório, ficando ao meu lado enquanto explico tudo o que estou sentindo e sou examinada.
- Você está com intoxicação alimentar e início de desidratação. Deve ter comido algo estragado. – O doutor informa isso depois de me examinar minuciosamente e eu fico um pouco aliviada. Pensei que poderia ser algo muito pior.
- Foi depois de tomar um sorvete que comecei a me sentir mal. Estava meio esverdeado o fundo.
- E você continuou tomando?! – A pergunta indignada é feita por Sam.
- Achei que fosse do sabor – justifico.
- Provavelmente estava vencido – diz o médico e me entrega uma folha. – Só ir até a enfermaria.
Sam me conduz para fora do consultório e ainda está resmungando quando chegamos a enfermaria.
- Precisa ser mais responsável, Mon – repreende como se eu tivesse cinco anos. Penso em mandá-la voltar para a ex-namorada e bancar a escrota ingrata, mas isso demanda gastar uma energia que não tenho, portanto permaneço quieta enquanto a enfermeira nos conduz para uma sala vazia e me pede para sentar na poltrona cinza e confortável e apoiar o braço no suporte de metal ao lado. Fecho os olhos com força quando ela começa a aplicar o soro, meu braço ardendo demais.
- Você é bem difícil de pegar veia.
Ela diz isso e passa para o outro braço, me cutucando até conseguir o que quer e me dizendo para descansar porque vai demorar um pouco até eu poder ser liberada. Encolho-me na cadeira e olho para o teto branco, o cheiro de álcool me deixando enjoada.
- Desculpe por ter brigado com você – Sam fala de repente, se aproximando de mim e me cobrindo com a manta que o hospital oferece, parecendo ter adivinhado que estou com frio. – Fiquei muito preocupada. Você come muita besteira, Mon e teve toda aquela bebedeira de ontem.
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𝑨 𝒗𝒊𝒓𝒈𝒊𝒏 𝒆𝒏 𝒕𝒓𝒐𝒖𝒃𝒍𝒆
Fiksi PenggemarKornkarmon jamais imaginou que ser virgem a impediria de agarrar com as duas mãos a oportunidade da sua vida, mas é isso o que acontece e ela vê sua grande chance indo embora. Alguém sem experiência pode escrever sobre amor e sexo, certo? Determinad...