capitulo 45: Califórnia

11 2 0
                                    

Corri para cima ignorando os berros da minha mãe e entrei em meu quarto batendo a porta de uma forma que aposto que até os vizinhos haviam escutado. Em seguida, me joguei em minha cama e comecei a chorar.

Sinceramente, eu não estava chorando porquê estava triste, eu estava chorando porquê estava com raiva, muita raiva!
Aquela foi a primeira vez que a minha mãe me bateu desde a morte do meu pai e isso havia mexido muito comigo.

Eu não fazia idéia de como seria dali para frente. se eu e minha mãe nos reconciliar-íamos ou não e muito menos  como ela, Noah, eu e o scoot ficaríamos após isso.

- QUAL O SEU PROBLEMA NOAH? EU ACHEI QUE ESTAVAMOS NESSA JUNTOS. - ouvi a voz da minha mãe gritando.

- E ESTAMOS! - ouvi o Noah gritar.

Ao ouvi-los brigar Eu coloquei o meu travesseiro em minha cabeça, na intenção de silenciar aqueles gritos deles mas não funcionou.

E lá vamos nós, reviver o passado tudo de novo.

- NÃO, NÃO ESTAMOS! SE ESTIVÉSSEMOS VOCÊ ME AJUDARIA E NÃO FERRARIA COM TUDO CARALHO. - gritou a minha mãe.

- QUAL É TALITA, VOCÊ TEM QUE APRENDER A TER UMA CERTA MATURIDADE E ASSIM, ACEITAR AS COISAS COMO SÃO. - gritou o Noah.

- EU NÃO VOU ACEITAR ISSO NUNCA, ENTENDEU? NUNCA. - gritou a minha mãe e eu ouvi a porta sendo batida em seguida.

Aquela foi a primeira briga deles dês de que eles se casaram, e, de certa forma isso me deixa mal por saber que parte da culpa é minha.

   * Høräs dëpøïs*

Eu ainda estava deitada na minha cama dês de o ocorrido mais cedo. Eu até tentei dormir mas nem para isso eu servi então fiquei deitada olhando para o nada. Ao pegar o meu telefone para ver o horário eram 21:30. Pois é, eu passei sim o dia inteiro trancada no quarto.

Em seguida a porta do meu quarto foi aberta revelando o rosto de uma empregada.

- senhorita grincter! Eu trouxe a sua janta. - disse ela, com um prato em suas mãos.

- não estou com fome. - disse, ainda deitada na cama com um travesseiro entre as pernas e outro em minha cabeça.

- o senhor Macool disse que você precisa comer. - disse ela.

-  eu já disse que não quero. - exclamei e em seguida ela saiu do meu quarto fechando a porta.

Minutos depois a porta abriu novamente.

- porra! Eu já disse que não quero a comida sua..

Parei de falar ao olhar para a porta e ver o Noah.

- desculpa, achei que fosse a empregada denovo. - disse, me deitando novamente.

- não acredito que você ia xingar a coitada. - zombou ele.

- coitada é de mim. - disse.

- você precisa comer melissa! - disse o Noah.

- cadê a minha mãe? Por quê ela não veio trazer a comida para mim? - perguntei.

- é, a sua mãe ainda esta um pouco nervosa com o que aconteceu. - disse ele, se sentando ao meu lado na cama.

- você e ela estão bem? - perguntei.

- vamos ficar! - disse ele.

- por quê não disse nada a ela ? - perguntei.

- como?

- sobre eu e o scoot, você não disse nada para ela! Por quê? - perguntei.

- o scoot é um problema meu, afinal, ele é meu filho. Mas quando se refere a vocês dois, nem eu e nem a sua mãe devemos nos meter nisso. Embora, ela seja sua mãe e vocês sejam meios-irmãos segundo a lei. Mas para mim você nunca será a minha filha, com todo respeito, é claro! E também nunca terão o mesmo tipo sanguíneo pois vocês vem de famílias diferente. - disse ele.

E Derrepende, Tudo Muda!Onde histórias criam vida. Descubra agora