46| Eles vão adorar você.

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| Los Angeles, Hollywood
Domingo - Noite.
Às 17h58.

Eu nunca havia sentindo aquela sensação de me olhar do espelho e dizer a mim mesma o quanto eu estava bela, no auge da minha autoestima.

ㅡ Já estou definitivamente pronta. ㅡ Afirmei, colocando a bolsa transversal por cima da minha cabeça. ㅡ Eu adorei a forma que me arrumou, aliás.

ㅡ Sabia que iria adorar. ㅡ Soltou uma risada convencida, porém, logo olhou no relógio em seu pulso. ㅡ Já são 17h58. O Noah já deve tá vindo.

No segundo seguinte, batidas na porta ecoou atraindo nossa atenção.

ㅡ Nossa, ele é pontual!

Eu iria questioná-la, porém, ela correu para sala antes que eu pudesse dizer mais algo.

Me olhei no espelho mais uma vez, sorrindo abertamente ao ter a certeza que estava deslumbrante.

ㅡ SOLANGE! ㅡ Liby berrou, me assustando. ㅡ O NOAH CHEGOU, ANDA LOGO!

Revirei meus olhos quando sai do quarto, podendo ver o Noah na porta.

ㅡ Meu nome não é Solange, Liby, por favor ㅡ Resmunguei, caminhando em direção a eles. ㅡ E pare de cena, está passando vergonha na frente do Noah.

ㅡ Bobagem.

Voltei a olhar para o Noah, percebendo que ele me observava sem expressão nenhuma. E eu não fiquei para atrás, engolindo em seco ao não aguentar com tanta beleza bem diante de mim.

Noah usava um terno azul escuro, com a calça da mesma cor. Seus cabelos castanhos estavam em um tipo de liso meio lambido, o deixava com um ar mais sério do que o habitual.

ㅡ Por quê estão se comendo com os olhos desse jeito? ㅡ Liby indagou, torcendo os lábios em indignação.

ㅡ Liby! ㅡ Murmurei, sentindo minhas bochechas quentes pelo questionamento explícito dela. ㅡ Noah?

ㅡ Ah, nossa, desculpa! ㅡ Noah balançou a cabeça, soltando uma risada envergonhada. ㅡ Eu fiquei sem palavras, vizinha.

ㅡ Nós percebemos.

ㅡ Liby! ㅡ Revirei meus olhos, passando por ela e me aproximando do Noah. ㅡ Estamos indo, ok? Vê se me espera.

ㅡ Prometo que tento.

É claro que ela dormiria na primeira oportunidade que surgisse.

ㅡ Cuida dela, Noah.

ㅡ Pode deixar. ㅡ Noah lançou uma piscadela na direção da Liby, entrelaçando nossos dedos.

Meu coração chegou na boca com seu ato, observando nossas mãos juntas. Se encaixavam perfeitamente, como se fossem destinadas a estarem daquele jeito.

Quando nos vimos dentro do elevador e sozinhos, voltei a olhá-lo com o coração na boca. Noah estava tão lindo que eu temia caso não aguentasse ficar tanto tempo sem beijá-lo, ou sem tocá-lo do jeito que eu queria.

ㅡ O que foi? ㅡ Noah perguntou quando me viu observando-o, esfregando a nuca de um jeito envergonhado.

ㅡ Você está lindo, Noah. ㅡ Declarei, dando um passo na direção com um sorriso. ㅡ É estranho vê-lo em roupas formais, mas você continua lindo de qualquer jeito.

Vizinha... ㅡ Noah sussurrou, tocando em minha cintura lentamente.

Seu ato enviou um arrepio único pelo meu corpo inteiro.

ㅡ Sim, Noah? ㅡ Enclinei meu rosto na sua direção, desejando intensamente que ele terminasse com aquela distância agonizante.

ㅡ Eu quero te beijar, Sol.

ㅡ Você pode fazer isso ㅡ Toquei em seu terno, apertando o tecido entre meus dedos. ㅡ Deve, aliás.

Noah não esperou um segundo sequer depois que eu terminei, juntando nossos lábios em um beijo necessitando quando não resistimos mais a distância.

O beijo era quente e, ao mesmo tempo, doce. Noah apertava seus dedos na minha cintura, enquanto eu tencionava meus dedos no terno que ele usava. A faísca que existia entre nós parecia explodir de acordo com nosso beijo, levando-me a tirar meus próprios desejos do fundo da minha mente, desejando-o de todos os jeitos possíveis.

Nos afastamos quando ouvimos o som do elevador se abrindo, notando que já havíamos chegado na garagem e era a hora de irmos.

Não dissemos mais nada, mas Noah pegou em minha mão de novo e me direcionou até seu carro. Por dentro, eu me sentia ansiosa por saber que eu conheceria a família dele, sem ter qualquer tipo de compromisso sério com ele.

De fato, uma parte insegura de mim tinha medo da espera. Tinha medo que aquela história se prolongasse e no final acabasse de um jeito ruim.

Noah... ㅡ Sussurrei pelo seu nome, assim que ele entrou no carro após eu ter entrado.

ㅡ Diga, vizinha.

ㅡ Acha que... Acha que eles podem não gostar de mim?

ㅡ Quem? ㅡ Indagou, confuso, dando a partida no carro.

ㅡ Sua família.

Noah soltou uma risada baixa, negando com a cabeça.

ㅡ Por quê eles não iriam gostar de você, Sol? ㅡ Questionou-me, parecendo confuso pelo meu questionamento. ㅡ É impossível não gostar de você.

ㅡ Noah...

ㅡ Você é incrível, Sol, por dentro e por fora. Nunca duvide disso. ㅡ Garantiu, lançando um sorriso fofo na minha direção antes de voltar sua atenção para o trânsito. ㅡ Eles vão adorar você.

ㅡ E eu vou adorar conhecê-los.

•••
Lembrei que esse livro está reescrito por completo, então nada mais justo que finalizá-lo de uma vez e tirar alguns dias de descanso até meu próximo livro. Então, pelo menos, hoje publico até o CAP50, amanhã posso terminá-lo de uma vez.

Sem contar o Especial do Noah, e o epílogo. Então, é muita caminhada até o descanso.

Enjoy!

Meu Vizinho | Reescrito.Onde histórias criam vida. Descubra agora