Meu Vizinho | Reescrito.

57| Leucemia?

| Los Angeles, Hollywood
Sábado - Noite.
Às 20h01.

ㅗ

ㅡ Co-como assim mãe?? ㅡ Perguntei, incrédula, dando um passo à frente quando sua revelação me atingiu em cheio.

Observando seu rosto bem, ele não era tão desconhecido. Notei rapidamente quando as lembranças me atingiram, me fazendo perceber que ela era a seguidora aleatória que começou a me seguir no Instagram. Uma seguidora que era rica o suficiente para visitar diversos países, o que teria de interessante no meu perfil para ela começar a seguir?

Às peças começaram a se encaixar.

ㅡ Eu conheço você.

ㅡ Conhece? ㅡ Ergueu os olhos, com sua voz doce atravessando meus tímpanos.

ㅡ Você começou a me seguir no Instagram há alguns dias ㅡ Esclareci, percebendo seus ombros se encolherem ao ser pega. ㅡ Bem que eu achei estranho uma mulher rica ter começado a me seguir aleatoriamente.

ㅡ Eu queria saber como você tava pelas redes sociais, mas você não posta nada. ㅡ Confessou, suspirando profundamente. ㅡ Eu estou morrendo de saudades, queria vê-la.

ㅡ Agora está vendo. ㅡ Atirei, voltando aos braços do Noah quando precisei de conforto. ㅡ O que veio fazer aqui, afinal?

ㅡ Esclarecer algumas coisas.

ㅡ Esclarecer? ㅡ Repeti, torcendo os lábios. ㅡ Será mesmo que é esclarecer? Ou, irá justificar seu sumiço por anos com desculpa esfarrapada e choro falso?

ㅡ Sol, por favor!

ㅡ Por favor? ㅡ Encarei meu pai. ㅡ Você não tem direito nenhum de falar, cometeu a mesma coisa que ela, ou pior!

ㅡ Eu não queria te deixar, filha, eu juro. ㅡ Implorou, com os olhos cheios de lágrimas. ㅡ Por favor, me deixa explicar.

Noah tocou em minha cintura, atraindo minha atenção para ele.

ㅡ Linda, essa é uma conversa que deva ter sozinha com eles.

ㅡ Mas... ㅡ Ele me interrompeu, deixando um beijo na minha testa.

ㅡ Eu estarei no meu apartamento, caso precise. ㅡ Ele fez um carinho em minha cintura, antes de me dar um último beijo e entrar no seu apartamento.

Eu, por outro lado, suspirei caminhando até o meu. Aquela era uma conversa que não deve ser feita do lado de fora da casa, podendo atrair os alertas de vizinhos e curiosos.

ㅡ Fiquem à vontade. ㅡ Deixei a bolsa na ilha da cozinha, esfregando minhas mãos uma nas horas ao vê-los sentar no estofado.

Meu pai observava tudo, parecendo querer julgar meu cantinho de paz, ponderando suas próprias palavras.

ㅡ Seu apartamento é lindo, filha. ㅡ "Minha" mãe sentou-se no sofá, brincando com seus próprios dedos. ㅡ Cadê... Cadê a Liby?

ㅡ Na casa dela, eu presumo. ㅡ Soltei com força, me encostando na ilha quando senti que precisava de apoio sólido para me segurar. ㅡ Seu nome é...

ㅡ Sandra. ㅡ Respondeu rapidamente, parecendo ter imaginado que eu perguntaria. ㅡ Eu pensei que você saberia.

ㅡ Ninguém me disse nem sua aparência. ㅡ Soltei com força, observando firmemente os olhos dela. Eram da mesma cor que os meus. ㅡ Só me diz uma coisa, Sandra... ㅡ Dei ênfase em seu nome, juntando minhas mãos em frente ao meu corpo. ㅡ Por quê você foi embora?