25| O dia da apresentação.

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| Los Angeles, Hollywood
Sexta-feira - Manhã.
Às 08h01.

Na noite anterior, eu e Noah passamos praticamente o dia inteiro e à noite inteira estudando. Noah não desistiu em nenhum momento, mesmo que eu errasse em quase todas as tentativas, o que me deixou feliz pra caramba.

Claro que teve uma pausa ou outra para ele me irritar, mas acabava que voltamos rindo um do outro.

Acabou que ele pediu uma pizza para a gente. Pois é, deixei que o americano tomasse conta do jantar, trazendo uma pizza tamanho família para apenas duas pessoas.

Ao final da noite, Noah despediu-se com um beijo na testa ㅡ um gesto que estava se tornando comum e, consequentemente, fofo ㅡ , alegando que pela manhã estaria me esperando como meu motorista particular.

Dito e certo. Quando deu 07h30, ele bateu na porta, sorrindo abertamente e me dando um bom dia.

Agora eu já estava na sala de aula, esperando que meu nome fosse chamado para a apresentação. Meu coração parecia que iria explodir a cada nome que era dito, chegando próximo do meu nome.

Claro que eu já me sentia mais segura, pelas horas gastas estudando e treinando, mas ainda sim um nervosismo plantado dentro de mim não me permitia relaxar.

Ao me deixar na sala, Noah tocou no meu queixo e disse; Fique tranquila, Sol, você vai arrasar lá dentro. E mesmo que erre, não se martirize, nós somos humanos propícios a errar. O importante é que você não desistiu de tentar.

Suas palavras preencheram meu coração, me transmitindo confiança.

ㅡ Sol Fernandes. ㅡ Despertei-me quando uma voz do professor chamou pelo meu nome. ㅡ Sua vez.

Levantei-me de queixo erguido, sentindo a confiança me atingir em cheio, me aproximando do professor. Coloquei um sorriso simpático no rosto.

ㅡ Olá a todos, bom dia. Meu nome é Sol Fernandes, irei falar um pouco da economia comportamental... ㅡ Comecei, ignorando as batidas frenéticas do meu coração, continuando a manter aquele meu sorriso fraco e tímido.

ㅡ Eu acho que eu mereço um pedaço, não acha? ㅡ Sentei-me ao lado do Noah quando cheguei no refeitório e avistei ele, completamente sozinho na mesa.

Noah abriu um sorriso imenso assim que me viu.

ㅡ Como foi a apresentação?

ㅡ Maravilhosamente bem. ㅡ Apoiei meu rosto na mão, com o cotovelo em cima da mesa de metal. Assim eu tive a visão melhor de seu rosto, percebendo seus cabelos castanhos desengrenhados. ㅡ Obrigada, Noah. Acho que se não fosse pela sua insistência, pelas suas palavras de conforto, teria surtado completamente e estragado com a apresentação.

ㅡ Não fala assim, Sol. Você só é uma pessoa ansiosa, que tem medo de estragar as coisas pela seu nervosismo. ㅡ Ele tocou em minha mão em cima da minha coxa, brincando com meus dedos.

ㅡ Mesmo assim, obrigada, Noah. ㅡ Agradeci de novo, entrelaçando nossos dedos. ㅡ Por isso... Tenho uma sugestão para a nossa noite.

ㅡ Só à noite?

ㅡ O letreiro fica melhor à noite, não concorda?

ㅡ Concordo plenamente.

ㅡ Então... O que acha de um piquenique noturno no letreiro?

O sorriso que surgiu nos lábios do Noah no segundo seguinte me provou que ele tinha adorado a ideia.

ㅡ Com direito a brigadeiro e pão de queijo?

Soltei uma risada quando seus olhos brilharam, feito criança, feliz com a ideia.

ㅡ Com direito a brigadeiro e pão de queijo, garanto.

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Meu Vizinho | Reescrito.Onde histórias criam vida. Descubra agora