DREAMS- Rafe Cameron

02

Alexandra POV
Coloquei uma jeans branca, rasteirinha e um cropped verde musgo. E finalizei fazendo babyliss em meus cabelos.

Saio às pressas, arrancando meu carro da garagem, indo rumo a casa do Barry, que fica a uns vinte minutos daqui.

—Barry!— grito batendo na porta do mesmo.

—Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo, Srt. Martins?— ele fala.

—Vim pegar umas drogas.— falo e entro em sua casa, que está mais para um trailer.

—Toma. Não precisa me pagar, eu tô com carregamento extra.— Barry diz enquanto me dá cinco baseados de maconha. Essa é a melhor maconha de Outer Banks, todos os adolescentes compram com o Barry.

—Tá bom, obrigada. Não vai entrar de penetra na festa do Smith?— pergunto.

—Não estou afim. E não gosto do Sr. Smith, vulgo seu arco inimigo, Kelce.— ele ri e se senta no sofá fumando.

Barry abandonou a escola no nono ano. Ele nunca gostou de estudar e descobriu que podia ganhar dinheiro vendendo drogas, ele literalmente tacou o foda-se para a vida.

—Então eu já vou indo.— digo dando um soco leve em seu ombro.

—Ficou sabendo?— ele fala antes de se virar em minha direção.

—Sobre?

—Rafe Cameron vai voltar para Outer Banks.— ele ri fraco e solta a fumaça.

—Não sei quem é esse cara.

—Ele é só o meu melhor cliente. Eu tenho que vender cocaína para aquele viciado duas vezes ao dia, porque aquele merda acaba com ela de manhã e vem pegar mais para a madrugada. Ele sim é um viciado. Achei que ele nunca mais ia voltar, pelo menos era o que ele dizia.— ele diz rindo.

—Entendi... Quando ele chega?— digo cruzando os braços.

—Amanhã. Vai ter uma festa surpresa de boas vindas para ele. Provavelmente sua mãe foi convidada, ela é amiga da Rose Cameron, não é? E seu pai não vai te impedir de frequentar essa festa por causa dos negócios mau-resolvidos.— ele ri.

—Eu vou.— solto uma risada e me viro, saindo de sua casa.

Após trinta minutos, chego em frente a casa de Kelce. Assim que desço do carro, já escuto o som estrondoso que sai de sua casa. Uma falação alta pode ser ouvida e consigo ver luzes coloridas saindo de sua casa.

Vou entrando e o som se torna mais claro para meus ouvidos. Maconha e álcool são os cheiros que predominam na enorme casa. Pessoas estão se beijando em todos os cantos, chega a ser nojento.

—Finalmente você chegou!— Sofia diz, e logo me puxa para subir as escadas.

Entramos no quarto de Kelce, e vejo o mesmo limpando o nariz com as costas da mão, conversando com outros garotos.

—Você cheira?— Sofia diz se referindo a cocaína.

—Vai se foder, você sabe que não.— falo brava.— Você vai cheirar?

—Só quero me animar.— ela fala empolgada e se agacha, indo em direção a mesa no centro da roda de meninos.

—Sofia, para!— grito e sem querer, empurro a mesa com todo o pó. Olhares raivosos se direcionam à mim.

—Vadia!— Kelce grita.— Sabe quanto eu paguei nisso? Pelo visto não, sua puta! Se você não queria cheirar, era só sair!— ele grita se aproximando de mim.

—Kelce...— Sofia diz entrando em sua frente.

—Eu não fiz isso de propósito, Kelce! Eu fiz isso para que a Sofia não cheirasse essa merda!— grito.