Alexandra POV
Meus pensamentos estão apenas no garoto, agora estou definitivamente fodida. Antes ele já vivia em meus pensamentos, agora vai piorar muito. Talvez conhecê-lo não tenha sido tão bom assim.

—Cadê o Rafe?— Rose pergunta com uma champanhe em mãos.

—Ele está em seu quarto com Sarah.— falo enquanto me sento na poltrona na sala.

—Obrigada. Vou chama-lós. Afinal, você o conheceu?— a mesma pergunta com um sorriso.

—Sim, ele foi bem simpático comigo, fiquei encantada com sua simpatia.— ironizo rindo fraco.

—Espero que vocês se tornem amigos.— ela sorri e se vira.

Aposto que vamos ser bons amigos...

—Alê!— olho para Sarah na escada, descendo e vindo em minha direção.— O que achou do Rafe?

—Não tirei minhas conclusões, porque tudo que ele falou foi um "oi" seco.— solto uma risada e a mesma se senta ao meu lado, em outra poltrona.

—Vai conhecê-lo melhor conforme o tempo.— ela ri.— Vamos dançar?

—Claro.— me levanto e pego em sua mão. Dançamos juntas enquanto uma música lenta tocava, apenas nos divertindo.

—Achou ele bonito?— Sarah me pergunta, me deixando meio espantada com sua indignação direta.

—Normal.— minto.— Nada demais.— apenas sorri de canto enquanto dançávamos.

—Alexandra, venha comigo, por favor.— Rose encosta em meu braço nervosamente.— Sua mãe está furiosa na porta principal, vamos conversar com ela.

—Onde ela está?— minha mãe grita da porta.

—Se acalme, Irene.— Rose fala e fecha a porta atrás de nós, para que ninguém pudesse ouvir nossa conversa.

—Mãe! Que vergonha.— falo irritada.

—Não foi para a escola?— ela questiona.

—Sim, eu fui. Mas vim direto para cá!— falo.

—Vamos embora.— minha mãe gruda em meu braço direito.

—Irene, recomponha-se. Não precisa brigar com ela. Eu sei que você está brava, mas acho melhor ela dormir aqui, você não está em condições para levá-la para casa. Pode deixar que eu vou conversar com ela, e amanhã cedo ela estará em casa.— Rose propõem. Só agradeço ao universo por ter colocado ela no caminho da minha mãe louca.

—Me desculpe, Rose.— ela mexe em seu cabelo furiosa.— É melhor você aparecer amanhã de manhã em casa, Alexandra.— a mesma se vira, voltando para o seu carro, uma Bugatti Chiron.

—Desculpa pela confusão, Rose.— falo e a mesma me abraça.

—Tudo bem, eu também já fui adolescente. Eu sei que você não fez nada disso de propósito.— ela diz tentando me tranquilizar.

—Obrigada pelo apoio.— dou um sorriso para a mesma.

—Vamos voltar para a festa.— ela ri.

Ao entrar novamente na casa, encontro o pai de Sarah, vulgo Ward Cameron. Ele não gosta de mim por causa do meu pai, e ele odeia quando eu venho em sua casa. Mas eu não me importo, porque Sarah sempre fez questão de que eu viesse. Não tenho nada haver com os problemas do meu pai.

•••

Conversei com muita gente. Vi Rafe algumas vezes falando com sua família e esboçando seu sorriso para todos. No entanto, ele nem me olhou. E toda vez que eu olho para ele, sobe aquele friozinho na barriga. Odeio isso.

No final da festa, só restaram eu, Sarah, Rose, Ward e Rafe. É estranho ter esse garoto aqui, ja que conheço Sarah a anos e nunca o vi nessa casa.

—Vamos subir para tomar um banho e descansar.— Rose fala por ela e Ward, enquanto sorri.

Um silêncio se instala na sala após Rose e Ward subirem.

—Vou fumar.— Rafe olhou para Sarah, que assentiu rindo. Ambos vão em direção as escadas e eu fico parada na sala já que a Sarah não me chamou, e não tenho coragem de segui-lá sem ser chamada.— Você fuma?— o loiro parou no meio da escada e me olhou. Apenas assinto.—Sobe.

Agora sim, um bom começo. Ele me chamou e Sarah não. Vou brigar com ela depois.

Dou um sorriso de canto e sigo os mesmos, que pararam no meio do corredor. Rafe pega uma cadeira do seu quarto e coloca embaixo de uma portinha no teto, e vindo aqui a anos, eu nunca a reparei camuflada no teto branco.

—Eu vou primeiro.— Sarah sobe na cadeira e dá impulso, conseguindo subir.

—O que há lá em cima?— pergunto para Rafe, que estava atrás de mim.

—Você vai ver.— ele fala ríspido, me deixando novamente sem graça. Subo na cadeira e dou impulso, mas acabo ficando pendurada já que não dei um impulso forte o bastante. Solto uma risada fraca e tento fazer mais esforço para subir.— Eu te ajudo.— o loiro encosta suas mãos fortes em minhas coxas, me dando um grande embalo para subir. Sarah, lá de cima, puxa meus braços e por fim consigo subir.

Me levanto, olhando em volta. A cidade luminosa refletia em meus olhos, o céu com estrelas e um vento gelado soprava em nossas rostos.

—Por que nunca me trouxe aqui, Sarah?

—Rafe fala que esse é o espaço de privacidade dele, e ele não gosta de mostrar para ninguém.— ela ri fraco e se senta perto de beirada e eu me sento ao seu lado.— Mas, eu disse para ele que você é uma amiga minha de longa data, então ele deixou você vir.

Rafe vem e se senta entre mim e Sarah, logo acendendo seu cigarro.

Ele puxa duas tragadas rapidamente. Ficamos em silêncio por alguns segundos, enquanto observávamos a paisagem. Está vista trás uma paz interior absurda.

Olho para Rafe fumando, o que o deixa ainda mais sexy. Meus olhos passam pelos seus bíceps, focando na marcação de sua blusa. Mas acho que é melhor eu parar de olhar.

—Toma.— o mesmo me passa o cigarro.—Conhece a Sarah a quanto tempo?

—Desde do nono ano.— sorrio enquanto solto a fumaça.

—Senti falta dela no último ano, caímos em salas diferentes.

—Acho que te conheço de algum lugar.— Rafe me olha.— Esquece, é coisa da minha cabeça.

—Com certeza, você pega várias, uma hora iria acabar se confundindo.— Sarah ri.— Gente, é melhor eu ir, estou com sono e quero descansar.— ela se levanta.

Escutamos Sarah descer e o silêncio predomina sobre nós.

—Melhor eu ir também.— me levanto, enquanto o garoto está com os olhos em mim.

—Eu te ajudo à descer, é alto e você pode cair.— ele fala mas sem esboçar muitas emoções, ele é bem neutro.

—Tá bom.— vamos em direção ao buraco. O mesmo pula, conseguindo se estabilizar no chão rapidamente. Olho para baixo e Rafe está com suas mãos esticadas para me pegar quando eu pular. Ao saltar, meu vestido é empurrado para cima pela sua mão esticada, sem querer.— Meu Deus!— solto uma risada e abaixo o meu vestido de forma veloz.— Obrigada.

—Boa noite.— olho no fundo de suas órbitas claras e, então, nos afastamos.

Entro no quarto de Sarah, onde sempre durmo. Puxo o colchão de debaixo da cama para eu me deitar. Sarah não deixou nenhuma coberta para mim, que raiva.

Procuro nos armários e não acho. Vou ter que passar frio. Então me deito no colchão e fico mexendo no celular até cair no sono.

DREAMS- Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora