Alexandra POV
Abro meus olhos lentamente e percebo que ainda continuo deitada na cama de Barry, volto meu olhar para a sala e vejo o mesmo dormindo no sofá com um cobertor.

—Tá acordada?— Barry fala me dando um susto, achei que ele estava dormindo.

—Estou, e também estou com muita dor de cabeça.— me sentei na beira da cama e mecho no meu cabelo, tentando arrumá-lo.

—Vai aparecer na festa dos Cameron's hoje?— Barry fala ao se levantar.

—Não sei... vou ver se consigo ir, porque quando eu chegar em casa, com certeza minha mãe vai surtar comigo.— falo olhando para a tela do meu celular, vendo duas ligações perdidas de minha mãe.— Falando nela, ela já me ligou duas vezes.— digo revirando os olhos ao ver que ela está tentando me ligar de novo.

—Não vai atender?— Barry diz indo ao banheiro.

—Quero que ela se foda.— bufo.

—Barry.— JJ entra no trailer.— Alê... quanto tempo que não te vejo.— o mesmo esboça um sorriso e vem até mim na intenção de me abraçar.

—Oi, JJ.— falo simpática.

—Você sabe que não pode ficar desse lado da ilha por muito tempo, Maybank. O que vai querer?— Barry diz rindo.

JJ é um homem muito bonito, tem seus dezoito anos e é um cara muito interessante, além de ter um corpo incrível e bem cuidado. Ele costumava me tratar como uma irmã mais nova quando éramos menores e eu ia passear pela praia dos pogues. E quando eu tinha meus surtos de ciúmes por causa da minha irmã com meus pais, eu ia para a casa do John B, onde eu sabia que todos os pogues ficavam, e eles sempre me acalmavam. Ele não conhece meus pais, sorte dele, até porque não sei se eles aprovariam nossa amizade.

—Um pouco de maconha, como sempre. E eu preciso ir rápido, Barry.— falou e o traficante assentiu.

—E eu já vou indo, minha mãe não para de me ligar.— digo.

—Você sabe que pode vir quando quiser.— Barry diz e eu assinto, descendo do trailer.

•••

—Bom dia.— entro em casa depois de ter passado a noite fora, tendo que ir para a escola em alguns minutos e sem ter respondido as ligações da minha mãe.

—Alexandra!— minha mãe me pega bruscamente pelo braço esquerdo.— Onde você estava? Quero que você atenda as minhas ligações a partir de hoje!

—Não te interessa e, se eu não quiser, não vou te atender.— me afasto dela.

—Você está fedendo a maconha, andou fumando?— ela se aproxima novamente furiosa.

—Não venha se pagar de boa mãe ou de quem se importa comigo agora.— cruzo os braços para a mesma.

—Tem razão, eu não me importo com você! Mas não quero uma filha marginal.— ela grita, me dando um tapa ardido no rosto. Me viro chocada para ela, eu nunca tinha apanhado da minha mãe.

—Alexandra.— meu pai aprece nas escadas com seu olhar frio.

—Oi, veio me bater também?— ironizo com a mão no rosto.

—Essa garota está virando uma marginal. Acredita que ela estava fumando maconha?— ela bufa indignada.— Como isso foi acontecer, Alexandra? Onde você se perdeu? Se a Ellen estivesse aqui, você teria um exemplo melhor de como ser uma filha obediente?

DREAMS- Rafe CameronOnde histórias criam vida. Descubra agora