Capítulo 11

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 Minha pele está queimando sob o sol, mesmo assim não saio da areia

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Minha pele está queimando sob o sol, mesmo assim não saio da areia. Eu poderia dormir bem aqui, já que é tudo o que eu queria estar fazendo, mas meu digníssimo irmão acordou todo mundo para aproveitarmos as férias.

— Eu nunca mais bebo, juro — resmungo para Maju ao meu lado na canga.

Ela ri de mim como se não acreditasse.

— Eu falei o mesmo depois da minha primeira ressaca e aqui estamos! — Ela levanta sua garrafinha de cerveja e eu nego com a cabeça.

Não sei como ela consegue fazer isso dois dias seguidos. Maju realmente já deve estar imune ao álcool, pois bebeu muito ontem e não acordou com ressaca, pelo contrário, está super animada e já está bebendo novamente.

Se Matteo não tivesse me obrigado a levantar, esmurrando minha porta repetidas vezes, eu dormiria o dia inteiro fácil, fácil.

— Não é melhor sair do sol? — pergunta Samuel, sentando ao meu lado, chacoalhando os cabelos molhados em cima de mim.

Um sorriso bobo toma conta dos meus lábios e ele retribui, encarando minha boca.

Se Matteo não fosse aparecer a qualquer minuto, eu grudaria minha boca na dele em questão de segundos. Nos beijamos muuito ontem à noite, mas decidimos não contar ao meu irmão logo de cara por não saber como ele reagiria, mas contei a Maju, claro. O beijo foi tão bom e se encaixou tanto que foi difícil nos separar. Lembro-me de nos agarrarmos no meio da rua, depois contra uma parede e depois contra um carro alheio no estacionamento até o alarme disparar e voltarmos correndo para a boate. Ainda sinto meus lábios meio dormentes e ainda bem que aquela tal perda de memória pós-álcool não aconteceu comigo, porque esquecer o beijo de Samuel seria um fiasco. Quero lembrar por um bom tempo.

Quando me levantei hoje, ele estava me esperando na cozinha com aspirinas, água e um café da manhã delicioso. A linguagem de amor dele me ganha demais e mais uma vez me peguei concordando com Laura. Ser tratada assim é muito bom, agora entendo um pouco mais sobre o relacionamento dela e de Matteo.

— Já vou — respondo ainda com o sorriso de orelha a orelha. Vai ser difícil Matteo não perceber. — Tô esperando Matteo, que foi buscar os guarda-sóis e não voltou.

— Será que ele demora o suficiente pra eu te dar um beijo?

Sorrio mais, se é que é possível.

— Ai meu Deus, não imaginei que vocês seriam tão melosos — resmunga Maju, se levantando. — Pra vocês verem o quanto sou maravilhosa, vou dar cobertura.

Ela limpa a areia das pernas e caminha até o cercadinho que dá para o nosso quintal.

— Oi, você — diz Samuel para mim, com os olhos castanhos brilhando.

— Oi — retribuo, sorridente. Ele pendura meus óculos de sol no topo da minha cabeça e me dá um selinho demorado.

O selinho vira um beijo de verdade quando sua língua entreabre meus lábios e eu puxo ele mais para mim. Ele tem gosto de creme dental refrescante e eu me acabo nele. Samuel está quase em cima de mim quando nos afastamos ao ouvir Maju pigarrear, sabendo que é um aviso.

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