Capítulo 13

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CAMILA

Depois que voltamos, tomo um banho rápido, coloco uma legging e uma camiseta enorme, e vou para a cozinha preparar pipoca. Lauren aparentemente adora suco de laranja, ela bebe litros dele, então eu espremo algumas laranjas para ela e levo para a sala. 

Ela já está lá, sentada com os braços sob o encosto do sofá, a perna direita esticada à sua frente com o calcanhar apoiado na mesa. 

— Você fica estranha em roupas casuais. — Eu coloco a tigela e o suco na mesa e aceno para seu moletom e camiseta. 

— Oh? Como assim?

— Não sei. Menos pakhan-ish, eu acho. — Eu dou de ombros e caio no sofá ao lado dela. — O que estamos assistindo?

— Eu não me importo. Afaste-se.

Vou até o canto e Lauren se deita no sofá, coloca a cabeça no meu colo e fecha os olhos. 

— Sua perna está doendo?

— Sim. — diz ela, mas há um pequeno atraso em sua resposta. 

— Você está mentindo?

— Não. — Ela balança a cabeça. Seus olhos ainda estão fechados, mas os cantos de sua boca levantam um pouco. 

— Ah, sim, você está mentindo. — Eu me inclino um pouco. — Você só quer que eu te acaricie.

Ela abre os olhos e estende a mão para colocar um dos fios que escaparam do meu rabo de cavalo atrás da minha orelha.

— Sim. — ela diz e fecha os olhos novamente. 

Respiro fundo, tentando controlar meu batimento cardíaco acelerado, e então enterro meus dedos em seu cabelo. Ficamos assim, ela deitada no meu colo e eu acariciando-a, na frente de uma TV desligada até que um telefone tocando em algum lugar do quarto de Lauren interrompe o silêncio. 

— Merda. — Lauren geme e se senta. 

— Eu vou pegar. — Eu me levanto e corro para o quarto dela. 

Quando volto, Lauren está olhando para mim com uma intensidade estranha, mas dou de ombros como um dos muitos olhares estranhos que ela tem me dado ultimamente, e ofereço o telefone a ela.

Lauren estende a mão para pegá-lo, mas em vez de pegá-lo, ela fecha a mão sob meu antebraço e me puxa para ela. O telefone ainda está tocando, mas ela não solta meu antebraço, me puxando entre suas pernas. Sua outra mão se estende e descansa ao lado do meu rosto, seu polegar acariciando minha bochecha. 

— Lauren? — Eu pergunto em voz baixa: — O que você está fazendo?

— Atendendo o telefone.

— Parou de tocar.

— Eu sei. — Sua mão desliza pelo meu antebraço e tira o telefone dos meus dedos. 

— Lauren?

— Sim, malysh? — Ela joga o telefone para o lado, e ele desliza pelo chão polido até a estante. 

Minha respiração acelera quando levanto meus braços e os envolvo ao redor de seu pescoço, então me inclino para ela de modo que nossos lábios estejam a apenas milímetros de distância. Ela não tira os olhos dos meus, e o jeito que Lauren está olhando para mim faz coisas estranhas em meu interior. 

— Você está tentando me beijar, Lauren? — Eu sussurro em seus lábios. 

— Eu posso estar. — diz ela.

— Não há ninguém por perto para nos ver.

— Exatamente. — ela sussurra e toca seus lábios nos meus. 

A Deal with the Máfia - Lauren Intersexual Onde histórias criam vida. Descubra agora