Quarto da dor!

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Carlos

Olhei emocionado mais uma vez para a aliança em meu dedo. Finalmente a tornei minha e nada nesse mundo vai nos separar!

Ao colocar a aliança no dedo dela, reafirmei minha promessa feita, a mesma que eu fiz no carro, a um ano atrás, quando lhe falei que meu objetivo nessa vida seria fazê-la feliz, que eu iria ajudá-la a superar seus traumas e medos e amá-la mesmo se ela se cansar de mim! Amalia, nos primeiros meses ainda tinha pesadelos com seu passado, e sempre chorava agradecendo por eu estar ao seu lado, por não estar sozinha. Todas as vezes que ela acordava depois de um pesadelo meu coração se partia, me deixando angustiado por não poder sofrer no lugar dela. Se eu pudesse, arrancaria a dor dela e a colocaria em mim, só pra não vê-la sofrer!

A incentivei a buscar ajuda de uma especialista que trabalha comigo no hospital, que conheço de um dos clubes que frequentava em Londres. Débora me explicou que Amalia precisava de alguém para ajudá-la a enfrentar seu traumas, já que ela aprendeu a gostar da dor para ter prazer e  uma das formas de ajudá-la é dominá-la da forma correta, para substituir as lembranças ruins por novas e boas!

Para quem não entende da prática, pode até achar isso uma loucura, mas para quem pratica, a única forma de sentir prazer ou se sentir completo é pela dominação ou submissão. Cada um busca do jeito que sabe alívio para o corpo e a mente. Para um Sado que sente prazer em infligir dor, essa é a forma dele se libertar, assim como um masoquista que sente prazer ao recebê-la! Claro que deve-se procurar por alguém responsável, que vá tratá-lo pelas regras da prática, tudo são, seguro e consensual!

Então eu comecei a introduzi-la nesse mundo, claro que com o consentimento dela, nada na prática Bdsm é forçado, é tudo consensual e sério, das duas partes, sejam eles dominadores ou submissos!

Antes de trazê-la para o meu mundo, a ensinei sobre as regras, feitiches, objetos usados, entre outras coisas. E Amalia se entregou ao seu papel de submissa, testando seus limites, entendendo seu corpo e seus pesadelos foram parando, até ela não os ter mais.

Nós optamos em inaugurar nosso quarto de dominação antes de irmos para nossa lua de mel, já que iríamos para o havai e ficaríamos quinze dias sem poder brincar direito já que ficaríamos em um hotel, presente de Evan e mary.

Amália estava ansiosa para ver como ficou, eu deixei que ela mobíliasse toda a casa, mas esse quarto em especial, eu mesmo o montei. Fazia questão de estar presente na obra, nos meus dias de folga, só para vê-la me olhar tensa e vermelha inúmeras vezes, desejosa o dia inteiro, querendo acabar logo o dia para a noite eu poder saciar seu corpo! 

Ela me olhou com brilho nos olhos quando falei que batizei nosso quarto, como quarto da dor. Ouvindo assim até parece algo ruim, mas não é. Dei esse nome porque é o que realmente vou dar a ela aqui, mas a dor que vou causar em seu corpo, será de prazer.

Entrei no quarto, depois de tomar um banho para tirar o cansaço do dia de hoje, vesti uma calça de moletom e separei alguns objetos que iria usar com ela. Me servi de uma bebida e sentei no sofá esperando minha mulher entrar.

Cinco minutos depois a porta abriu e Amalia entrou devagar, vestindo seu vestido de noiva, sem nada por baixo como eu havia ordenado. Andou devagar até mim de cabeça baixa e parou ao meu lado, sem me olhar nos olhos, como eu a tinha ensinado. Meu pau pulsava na calça em vê-la tão submissa a mim, só queria me enterrar nela e fazê-la gozar, mas sabia que ela precisa disso, tanto quanto eu.

- Ajoelhe! - falei firme e ela obedeceu,  ajoelhando-se do jeito que ensinei, com as pernas levemente abertas, palmas das mãos para frente e a cabeça baixa.

Levantei seu queixo e a fiz me olhar, seus olhos brilhavam de desejo ao me fitarem intensamente, passo minha mão por sua nuca e a puxo para perto do meu rosto.

Redenção de um cretino irresistível - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora