Após um relacionamento conturbado, Jennie luta para se reerguer diante dos traumas deixados por seu antigo parceiro. Um incidente inesperado em seu apartamento acaba unindo duas almas que parecem destinadas a estar juntas.
Entre conflitos e descobe...
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A luz solar suave do domingo entra pelas cortinas do meu apartamento, enchendo o espaço com um brilho acolhedor. Acordei mais cedo do que esperava, resultado de mais uma noite tranquila de sono. Sem gemidos, sem cabeceira batendo, sem a parede tremendo. Por isso, aproveitando o meu bom humor e disposição, decidi que esta seria a manhã perfeita para colocar a casa em ordem.
Ontem, depois de conversar com Panpriya por mais algumas horas, descobri que ela se formou em artes e que agora trabalha em um estúdio de tatuagem com sua amiga. Ela mencionou que isso é mais um entretenimento do que um trabalho sério. Panpriya também contou que frequenta bastante a academia, o que já fez meu cérebro imaginar o quanto seu corpo deve ser bonito e malhado. Gosto bastante do jeito divertido e leve com que ela conduz a conversa, sempre com uma pitada de ousadia que me faz rir e me deixa intrigada. A conversa só não se estendeu mais porque ambas estávamos com sono e decidimos ir dormir.
Quando acordei, recebi uma ligação de Jisoo avisando que Lizzie não viria hoje, e dei uma risada ao ouvir minha sobrinha resmungando no fundo. Hoje todas elas vão para a casa da minha mãe já que é aniversário dela. Jisoo até me chamou para eu ir também, mas claramente não aceitei.
No momento, estou no meio de uma verdadeira operação. Produtos de limpeza estão espalhados pelo chão: frascos de desinfetante, esponjas, panos e uma vassoura encostados na parede. O apartamento está em um estado de desordem organizada, com pilhas de coisas para decidir se ficam ou vão embora.
Estou vestida de maneira confortável, com um blusão grande e folgado, short de moletom, e chinelos desgastados. Meu cabelo, geralmente arrumado, está preso em um coque bagunçado, com mechas soltas caindo ao redor do meu rosto suado.
— Kuma, acho que estamos fazendo um bom trabalho. — Comento, sorrindo para ele, que me observa atentamente.
A cozinha é o primeiro cômodo a ser limpo. Esfrego vigorosamente o balcão, que agora brilha, e organizo os armários, jogando fora todos os produtos vencidos e itens que nunca usei. A sensação de renovação é quase terapêutica.
As sacolas de lixo vão se acumulando na entrada, cheias de coisas desnecessárias que eu decidi finalmente me livrar. É um alívio ver os espaços livres começarem a aparecer.
Na sala, dou uma boa arrumada, recolhendo os brinquedos de Kuma que estavam espalhados, dobrando cobertores, posicionando almofadas, e tirando o pó das superfícies. O cheiro forte dos produtos de limpeza enchem o ar, me fazendo espirrar. Solto uma risada quando começo a varrer o piso e Kuma corre loucamente atrás da vassoura, tentando agarrá-la.
No meu quarto, começo trocando a roupa de cama, substituindo os lençóis sujos por um par de limpos, brancos e frescos que fazem a cama parecer imediatamente mais acolhedora. Com a cama feita, sigo para os móveis, onde me dedico a tirar o pó de cada superfície com um pano limpo e úmido. Enquanto limpo, observo os pequenos detalhes, como a poeira acumulada embaixo dos quadros e o brilho dos objetos que estavam escondidos sob a sujeira.
