Após um relacionamento conturbado, Jennie luta para se reerguer diante dos traumas deixados por seu antigo parceiro. Um incidente inesperado em seu apartamento acaba unindo duas almas que parecem destinadas a estar juntas.
Entre conflitos e descobe...
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Lisa saiu do banheiro poucos minutos depois, e nós aproveitamos o café da manhã juntas. Cada mordida e gole eram acompanhados de risadas e olhares cúmplices, tornando o momento ainda mais especial. Compartilhamos histórias sobre nossas infâncias, nossas comidas favoritas e até mesmo os sonhos que tínhamos para o futuro. Sentia-me envolta em uma bolha de felicidade, onde apenas nós duas existíamos. A sensação de estar com Lisa, sem pressa ou preocupações, fazia meu coração bater mais rápido.
Agora estamos na sala do apartamento de Lisa. Eu estou deitada no sofá, assistindo-a brincar com Kuma no chão. Lisa me proibiu de ir embora, insistindo que eu ficasse mais um pouco, mas imaginei que Kuma devia estar se sentindo muito sozinho, já que eu passei a noite fora, então fui buscá-lo para que ele também pudesse aproveitar o dia com a gente.
Observar Lisa com Kuma é um espetáculo à parte. Ela se diverte jogando um brinquedo de um lado para o outro, enquanto a bola de pelos marrom corre animado atrás dele, seu rabo abanando freneticamente. A cena é tão natural e tranquila que me faz sorrir.
— Ele parece gostar de você. — Digo, interrompendo meus próprios pensamentos.
Lisa olha para mim e sorri.
— Fico feliz por isso. — Responde, acariciando a cabeça de Kuma. — Normalmente, os cachorros não gostam de mim. Tipo o cachorro da Jisoo. Dalgom sempre late sem parar quando me vê.
Eu fico surpresa e arqueio uma sobrancelha.
— Você conhece minha irmã?
— Sim, conheço. Apesar de já ter terminado a faculdade, continuo próxima de Rosé. De vez em quando, ela me chama para ir à casa dela.
Eu estou prestes a perguntar mais quando Lisa continua.
— Conheço até mesmo Lizzie. — Ela diz, com um sorriso travesso. — Aliás, ela já me implorou para eu dar em cima de você. Alegou que sua tia iria morrer solteira.
Não consigo evitar de rir, sentindo minhas bochechas esquentarem levemente.
— Lizzie sempre foi um pouco dramática. — Respondo, ainda rindo.
Lisa se levanta do chão e se senta ao meu lado no sofá.
— Ou talvez ela achasse que nós duas fomos feitas uma para outra. — Ela diz, piscando para mim.
A campainha toca, interrompendo nossa conversa. Lisa se levanta para atender, com Kuma trotando atrás dela, curioso como sempre. Eu fico no sofá, tentando escutar alguma coisa, já que a porta não está totalmente aberta, bloqueando minha visão de quem está do outro lado.
Lisa se vira para mim, uma expressão neutra no rosto, mas seus olhos transmitem uma leve preocupação.
— Jennie, tem alguém aqui querendo falar com você.
