Dylan

Desço da minha caminhonete e aspiro o ar gelado dessa manhã. Olho para a fachada do Toussaint e caminho até lá para meu café da manhã, como tenho feito todos os dias nas últimas semanas.

O céu está pintado com tons suaves de rosa e laranja conforme o sol começa a surgir no horizonte, iluminando o cenário com uma luz suave e reconfortante. Ao chegar na porta do Toussaint, sinto um leve arrepio percorrer minha espinha, uma mistura de ansiedade e excitação pelo que o dia reserva.

Empurro a porta do café, sendo recebido pelo calor acolhedor do ambiente e pelo aroma reconfortante do café recém-passado. O lugar está relativamente calmo neste horário matinal, com apenas alguns clientes espalhados pelas mesas, desfrutando de suas xícaras de café e conversas animadas.

Cumprimento a equipe familiar com um aceno de cabeça enquanto me encaminho para o balcão, onde o barista está ocupado preparando os pedidos dos clientes. Ele me lança um sorriso caloroso quando me vê se aproximando.

— Bom dia. O de sempre? — ele pergunta, já se preparando para fazer meu café da manhã habitual.

— Sim, por favor. E um croissant, se tiver fresco — respondo, sentindo o estômago roncar de fome.

Enquanto aguardo meu pedido, aproveito para observar os detalhes familiares do café. Os quadros nas paredes, os móveis de madeira desgastada e o som reconfortante da música ambiente criam uma atmosfera acolhedora e familiar que me faz sentir em casa.

O barista acena com a cabeça em confirmação e logo se põe a trabalhar em meu pedido. Enquanto aguardo, observo a movimentação tranquila ao redor, perdido em meus próprios pensamentos.

Poucos minutos depois, o barista retorna com uma bandeja contendo meu café da manhã. O aroma fresco do café recém-passado enche minhas narinas, despertando meus sentidos e aumentando ainda mais minha ansiedade por esse momento matinal tão esperado.

O croissant é a peça central da bandeja, com sua massa dourada e folhosa, recheada com suculentos pedaços de frango e queijo derretido. Uma fina camada de manteiga derrete sobre a superfície crocante, adicionando um toque de indulgência ao prato.

Ao lado do croissant, uma xícara de café fumegante aguarda, sua superfície coberta por uma leve espuma de leite. O líquido escuro parece convidativo, prometendo me energizar para o dia que se inicia.

Além disso, o barista adiciona um pequeno pote de compota de frutas vermelhas caseira, complementando o croissant com uma doçura natural e refrescante.

Agradeço ao barista com um sorriso de gratidão e pego a bandeja, encontrando um lugar confortável para me sentar e saborear cada mordida desse delicioso café da manhã. Este é o ritual que me prepara para enfrentar o dia, alimentando meu corpo e minha mente para os desafios que estão por vir.

Enquanto converso com o barista, noto uma senhora saindo da cozinha. Ela parece ter uma presença calma e serena, e sua semelhança com Bella é inegável. Seus traços faciais, especialmente os olhos penetrantes e a postura altiva, me fazem pensar que ela deve ser uma parente próxima, talvez a mãe ou uma tia.

Ela se move com uma graça natural, observando o café com um olhar experiente e cuidadoso. A curiosidade me faz perguntar ao barista sobre ela.

— Aquela senhora, quem é? — pergunto, inclinando a cabeça na direção dela.

O barista olha para onde estou indicando e sorri.

— Ah, aquela é a Sra. Eleonora, a mãe de Bella. Ela costuma ajudar na cozinha e no gerenciamento do Toussaint, especialmente nas manhãs. Uma mulher incrível, sempre cheia de energia e sabedoria — ele explica, com um tom de respeito evidente em sua voz.

Minha BellaOnde histórias criam vida. Descubra agora