Minha Bella

15

Dylan

Estou na sala de jantar, verificando uma última vez a disposição dos pratos, quando a campainha toca. Meu coração dá um salto e sinto uma onda de ansiedade me tomar. Esse é o momento pelo qual esperei e trabalhei tanto. Respirei fundo, tentando me acalmar. Tudo está perfeito, digo a mim mesmo.

Caminho até a porta, cada passo pesado com antecipação. Passo a mão pelo cabelo, ajusto a camisa de linho e, finalmente, abro a porta. Lá está ela, Bella, tão radiante quanto sempre. Seu olhar é um misto de curiosidade e surpresa, e isso me dá uma pontada de esperança.

Ela está usando um vestido vermelho, justo, que realça suas curvas de maneira impressionante. O tecido abraça seu corpo de forma perfeita, destacando sua figura esbelta. Seu rosto, sério e com uma expressão quase enigmática, é emoldurado por seus cabelos soltos que caem em ondas suaves sobre os ombros. Ela está absolutamente deslumbrante, e por um momento, sinto minha respiração falhar.

Ela entra em silêncio e caminha até a entrada da sala de jantar, como se conhecesse toda a minha casa. Eu apenas fecho a porta e a sigo.

Puxo a cadeira para Bella, tentando ignorar o nó que se forma em meu estômago. Ela entra sem dizer uma palavra, seu olhar fixo em mim com uma intensidade que me faz questionar se fiz algo errado. Ainda assim, mantenho o sorriso no rosto, tentando transmitir confiança.

— Bella, fico feliz que você tenha vindo. — Digo, tentando quebrar o silêncio constrangedor que se instalou entre nós.

Ela finalmente me olha nos olhos, sua expressão neutra. — Espero que a comida esteja boa. — Responde de maneira curta, fazendo-me sentir como se tivesse falhado de alguma forma.

— Eu preparei um churrasco texano clássico, com alguns acompanhamentos que acho que você vai gostar. — Tento explicar, ainda mantendo a compostura.

Bella acena com a cabeça, como se estivesse apenas cumprindo uma formalidade. Seu silêncio é desconcertante, e eu me sinto cada vez mais tenso. — Por favor, sente-se. Eu estava esperando por você.

Ela se senta sem dizer mais nada, seus olhos passando brevemente pela mesa antes de voltarem para mim. Meu coração afunda um pouco, percebendo que talvez tenha superestimado nossa conexão, ou pior, que ela simplesmente não está interessada.

— Tudo parece ótimo. — Diz finalmente, sua voz fria e distante. — Vamos ver se está à altura da expectativa.

Aquelas palavras cortam como uma faca. A tentativa de impressioná-la parece tão vã agora. No entanto, mantenho a compostura. — Espero que goste. — Respondo simplesmente, servindo um pouco de vinho em sua taça.

Ela observa enquanto sirvo o vinho, seu olhar crítico não escapando da minha percepção. Cada movimento é calculado, tentando mostrar confiança apesar da crescente tensão no ar. Ao me sentar, tento não deixar transparecer a ansiedade que ameaça tomar conta de mim.

— Você escolheu um bom vinho. — Ela comenta, seu tom ainda reservado.

— Obrigado. Eu queria algo que complementasse a carne. — Respondo, buscando algum ponto de conexão.

Ela concorda com um aceno breve, levando a taça aos lábios e provando o vinho antes de me olhar novamente. Seus olhos parecem querer dizer algo além das palavras, mas não consigo decifrar o que é.

— Então, Dylan... — Ela começa, sua voz suavizando um pouco. — Você parece ter se esforçado muito com isso tudo.

— Sim, quis fazer algo especial. — Respondo, sentindo um leve alívio ao perceber uma possível mudança no tom da conversa.