Dylan - Dia 7

A manhã estava fresca e promissora quando saí para correr. O sol ainda não estava forte, apenas lançando um brilho suave sobre as ruas tranquilas do bairro. Cada passo ressoava ritmicamente enquanto eu seguia o caminho habitual. O ar fresco matinal encheu meus pulmões, dando um impulso revigorante ao meu corpo e clareza à minha mente.

Correr de manhã sempre me ajudava a começar o dia com energia e foco. Enquanto eu me movia pelas ruas conhecidas, minha mente revisitava a noite anterior na reserva natural com Bella. O sorriso dela, a água fresca do rio e a conexão especial que compartilhamos ainda estavam vivas em minhas lembranças.

Enquanto corria pelas ruas tranquilas do bairro, um movimento chamou minha atenção à frente. Dois pequenos filhotes de gatinho brincavam na beira da calçada, parecendo um tanto perdidos e desamparados. Instintivamente, parei de correr e me aproximei com cuidado para não assustá-los.

— Ei, pequenos. O que vocês estão fazendo por aqui sozinhos? — Murmurei suavemente, tentando não assustá-los.

Os filhotes olharam para mim com olhos curiosos, mas mantiveram uma certa distância. Um deles miou suavemente, parecendo hesitante, enquanto o outro se aproximava lentamente, cauteloso.

— Vocês são adoráveis. Onde está a mamãe de vocês? — Continuei a falar calmamente, estendendo a mão para ver se algum deles se aproximaria o suficiente para um carinho.

Um dos filhotes se aproximou com um movimento rápido, esfregando-se contra minha perna e miando novamente. Eles pareciam famintos e um pouco sujos, mas eram tão adoráveis que era difícil resistir ao impulso de ajudar.

— Você quer vir comigo, hein? — Perguntei ao filhote mais confiante, que agora se esfregava mais perto. Ele parecia estar se acostumando com minha presença.

Olhei ao redor, procurando por sinais da mãe dos gatinhos ou por alguém que pudesse estar procurando por eles. Não havia ninguém por perto, e eu sabia que não podia simplesmente deixá-los ali sozinhos.

Eu olhei para os dois pequenos filhotes, seus olhinhos curiosos me encarando com uma mistura de medo e esperança. Minha decisão foi instantânea.

— Tudo bem, pequenos, vocês vêm comigo agora. — Murmurei, estendendo cuidadosamente as mãos para pegá-los.

Com movimentos suaves e tranquilizadores, ergui os gatinhos um de cada vez. Eles eram leves e fofinhos, se aconchegando confortavelmente em meus braços enquanto eu me levantava.

— Vamos para casa. — Disse para eles, enquanto começava a correr de volta, os pequenos felinos seguros e quentes contra meu peito.

O coração ainda acelerado pela corrida, agora também se enchia de alegria com a ideia de dar a esses filhotes um lar acolhedor. Cheguei em casa com os gatinhos nos braços, já pensando em tudo que comprarei para eles. Agora terei companhia além dos meus dois assistentes pés no saco.

Com um sorriso no rosto, levei os filhotes para o quarto e os coloquei com cuidado em cima da cama. Eles estavam exaustos e logo adormeceram, se aconchegando um contra o outro.

Peguei meu celular e comecei a pesquisar como dar um banho nos gatinhos. Encontrei vários vídeos e artigos com dicas úteis.

"Banho em filhotes de gato... Ok, vamos ver aqui. Água morna, shampoo específico para gatos, ser gentil e paciente..." Murmurei para mim mesmo enquanto lia.

Decidi que a banheira seria o lugar mais adequado para isso. Fui ao banheiro e preparei tudo: uma toalha macia, o shampoo que eu tinha comprado há algum tempo, mas nunca usei, e água morna. Voltei ao quarto e observei os gatinhos dormindo tranquilamente.

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