Vamos deixar claro as diferenças:
Stripper: Dançarina Nua. APENAS dançarina.
Prostituta: Prostitui seu corpo para ganhar dinheiro. Geralmente trabalha em bordéis.
Puta: O mesmo do item acima mas trabalha sozinha.
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- S/n Kozako, 23 anos. Trabalha como prostituta
- Eu não sou prostituta. Eu sou stripper. Já falei.
- E não é a mesma coisa? - o policial tira sarro da minha cara e eu reviro os olhos. - Ok, stripper então né. Tão novinha e já faz essas merdas pra ganhar a vida. Vem cá, cê não tem o que fazer da vida não?
- Você parece que também não tem o que fazer. Fica cuidando da vida dos outros. Seu trabalho atual não é só pegar a porra do meu depoimento?
Ele faz careta e abre a boca pra me xingar horrores. E ele xinga horrores. Homens como esse aí são os amargurados da vida. Não são bonitos mas também não são feios, são filhos únicos de mães super protetoras e muito mimados, quando eles arranjam uma mulher, quer que ela seja empregada e o sirvo como um Rei. Ele quer ser amado, mamado e endeusado. Esses babacas. Eu odeio homens assim. E quando são rejeitados por UMA, de repente, TODAS, são iguais. Mas eu não julgo, todas as mulheres realmente devem evitar homens lixo como o policial aqui na minha frente.
Não pode ver uma gostosa recusando eles que já ficam furiosos. Não sabem ouvir um não na vida.
- S/n Kozako? - uma voz adulta mais grossa, é um homem. Olho na direção da voz, ele usa óculos e o cabelo é muito bem arrumadinho pro lado, as sobrancelhas são retas e levemente finas. Azuis, assim como o cabelo. Um gatinho virgem. Mas sua postura reta e ombros largos deixaria qualquer uma de perna bamba. - Eu já paguei sua fiança. Por favor vamos comigo.
- Mas o capitão não me disse nada. Quem você pensa que é levando essa prostituta sem antes eu fazer as papeladas dessa puta?! - o policial a minha frente fica em pé, furioso. E o homem alto e bonitão de óculos puxa seu casaco preto para o lado mostrando uma calibre 38. Uau. Eu não sei quem é esse gostosão mas ele tá me salvando - Ah... C-claro. Você que é o patrocinador dela então? Tsk...
- Não cause problemas. - falou para o policial babaca. E depois olhou para mim soltando o casaco e estende a mão para mim. Pego e ele me levanta da cadeira. - Vou te levar até o escritório do meu Patrão. Ele está ansioso para te conhecer.
- Eu não faço prostituição assim, rapaz. Eu sou stripper. - fecho meu casaco vermelho escuro com todos os botões e amarro o laço na frente. Afinal por baixo estou completamente pelada.
- Ele te dará os detalhes maiores mas o Patrão não está interessado na sua prostituição.
Ele começa a andar e olha para mim. Bom, esse cara pagou minha fiança. Então eu sigo ele. O que aconteceu para que eu estivesse na polícia? Foi simples, um cara que não tinha controle da própria mão quis me tocar, então eu dei um mata leão nele. Não lutei karatê por quinze anos da minha vida para não fazer nada com esse babaca. Ele me denunciou e eu vim pra delegacia.
Eu danço pelada e faço danças sensuais. Mas eu não tô "pedindo" pra ser tocada. É um assunto polêmico mas a casa de dança das bonecas, lugar onde eu trabalho, é proibido tocar nas dançarinas. E aquele cara foi banido pra sempre.
Entro no carro e esse homem se apresenta por Iida Tenya, ele é braço direito do Patrão Bakugo, dono de um dos maiores bordéis de Nova York. Onde estamos atualmente. Ele tem até franquias, é bizarro por um lado. Franquias de bordel. Diferente. A sede maior, que é a primeira e a principal, fica num local quase que secreto de NY, só quem é convidado pode entrar no bordel para se divertir. Não é um bordelzinho qualquer. O carro entra na garagem iluminada por luzes leds amarelas. Estou sem sapatos. Então caminho descalço até o oitavo andar de elevador. Chegamos na área principal do escritório do chefão. Quer dizer, o cafetão.
