O dia de quinta-feira chegou e eu estava meio insegura. Bakugo foi o primeiro homem que eu tive coragem de ter relações sexuais e eu amei. E considerando o tamanho daquele chefão do crime, digo, dono da máfia, Yagui Toshinori, um metro e noventa e provavelmente meio metro de pica e mais meio de espessura. Ele vai me rasgar e ele parece ser do tipo que não tem piedade. Ele tem cara de quem arranca cabelo, da tapa na cara, puxão de cabelo, quebrada de perna, e esfolação de bunda.Ligo pro número particular do cafetão estressado. E ele atende na hora. Pensei que iria me recusar.
- Alô?
- Pensei que você fosse desligar minha ligação por ser seu número particular.
- Eu vou desligar se não tem nada pra falar - ele tá com a voz bem calma, estou ouvindo sons de água. Deve estar tomando banho.
- Não, não, não, não. Por favor não desliga. Eu tenho uma coisa pra falar e... Eu tô com medo.
- Se pensa que eu vou te dar algum tipo de proteção só porque transamos você está enganada, S/n.
- Não é isso seu babaca! É aquele cara que eu dancei aquela noite. Ele se encontrou comigo.
- O Toshinori você diz?
- Uhum.
- Hm... - deu um longo suspiro.
- Você parece calmo.
- É que eu tô tomando banho de sal grosso na água quente. É relaxante. Quer dizer era pra ser mas você tá me fazendo ter estresse de novo. E o que ele quer contigo?
- Sal grosso? Por que?
- Coisa da minha mãe. Mas enfim, fala logo
- Ah.. ok. Tá. É.. ele disse que é do tipo que não desiste e que não gosta de ouvir "não". Então ele disse que queria ter uma noite comigo. Ele quer transar comigo.
- Quando?
- Hoje a noite. As nove.. não, às sete. As sete horas no hotel Makadra. Hotel 5 estrelas de luxo...
- S/n.... - respirou bem fundo.
- Eu disse que aceitava e ele me ofereceu dinheiro mas como não sou puta eu recusei. Mas agora eu tô com medo. Quer dizer, ele é um big boy e tem cara de quem vai me deixar careca, fora que ele tem cara de quem não se satisfaz com um round só então... Eu pensei que você poderia me ajudar. Você foi a primeira pessoa que eu transei então...
Através do telefone eu ouço sons de água mais intensos. Talvez ele estivesse se levantando e pegando a toalha. Ouço sons de armários e portas batendo. Mas logo um silêncio. E ele volta a falar.
- Você acha que, só porque a gente transou, eu deveria fazer alguma coisa com isso?
- Não, eu só.. sei que você é uma pessoa importante né. Digo, você é um cafetão e tem poder também não é?
- Você entendeu mal. Por isso eu odeio virgens, se apaixonam no primeiro que goza nelas. - ele resmunga - Escuta aqui, porra, era pra ser um dia calmo. Eu tenho que ir na apresentação escolar do meu filho. E quer que eu te ajude?!
- Você tem filho?
- Não é da sua conta a minha vida pessoal, porra. Fala sério, você arranja o problema por conta própria e quer ajuda porque agora vai arregar? Você quer tanto assim dar sua buceta pro Toshinori?
- Desculpa. Eu fiquei com medo...
- Medo. Pra uma lutadora de karatê né? Olha só, eu não tenho tempo pra brincadeirinha. Se você quer, vai lá com ele então.