♦️♦️3/Bakugo - Uma Segunda Chance

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Ok. Aparentemente me explicaram o que estava acontecendo, basicamente, eu me machuquei "gravemente" durante o meu treinamento prático com Aizawa sensei, o erro foi meu, não controlei o suficiente minha individualidade e cai no chão, quebrando a perna. Mas a sensei curandeira o qual eu não lembro o nome, me curou totalmente então meio que estou bem de novo.

No momento eu decidi que não me sentia bem e voltei pro dormitório. Me tranquei no meu quarto e vim olhar o meu calendário e o meu celular também.

Eu voltei no tempo. Voltei dezessete anos atrás. Porra... E-essa é a minha segunda chance? A minha vez de ser feliz?

Me encaro no espelho, jovem e adolescente. Com 16 anos de idade agora. E meu cabelo longo, no futuro eu havia cortado para ser mais fácil de cuidar, eu não sei se Katsuki gostou. De qualquer forma eu não acho que ele precise gostar de mim. Eu ainda tô muito confusa. É tanta coisa acontecendo.

Até "hoje" de manhã eu era uma mulher com 33 anos, formada em jornalismo e hoje tenho 16 anos, uma garota jovem com o sonho de ser heroína.

E se no futuro eu sou jornalista isso significa que desisti de ser heroína. Mas não fiz isso por ninguém, fiz por mim. Eu nunca consegui exatamente controlar meus poderes de voo e ultra velocidade voando, eu não era tipo o flash correndo. Eu tenho a individualidade de "corrida" apenas no céu. Eu meio que sou uma águia digamos assim. Que confuso.

Essa é a minha segunda chance ou é a segunda chance do meu marido? Eu não mudei do dia pra noite. Eu não posso fazer isso, eu realmente amo MUITO o Bakugo Katsuki mas somos almas gêmeas que não podem ficar juntas. Eu não quero sofrer tudo aquilo de novo. Passar noites sozinha em casa naquela escuridão esperando meu marido para um jantar especial mesmo que não fosse uma data comemorativa. Eu não quero passar por aquilo de novo, esperar ansiosamente que ele se lembrasse do meu aniversário, da nossa data de casamento, nossa data de namoro, o próprio aniversário dele. Dói tanto.

Entrei no banheiro e olho meu cabelo. Talvez se... Se Katsuki supostamente, no futuro, não teria gostado do meu cabelo curto então agora que não seja diferente. Eu preciso me amar. ME. A MIM. Preciso ser egoísta nesse momento. Eu sinto muito mesmo, mas eu não quero passar por dor emocional. Não de novo. E se a minha segunda chance, talvez seja pior. E eu me recuso a sofrer de novo.

Alcanço a tesoura cega do meu estojo e corto meu cabelo no estilo chanel. Mas ainda falta algo, eu tô me sentindo a Uraraka com o cabelo assim. Acho melhor eu fazer um Pixie cut, isso aí. É esse corte. Mas eu não quero ser vista por hora então cobri a cabeça com uma touca e sai do colégio indo para o centro. Conheço uma amiga que faz cortes nesse estilo.

Retornei pro colégio e caminho na direção da diretoria. Até ser parada pelo Todoroki que me reconheceu.

- Kirishin-san? - ele me olha um tanto surpreso.

Eu meio que fui "adotada" pela família do Kirishima. A gente era vizinho na época e meus pais só queriam saber se trabalhar (irônico né). Então alguns me chamam de Kirishima Segunda ou Kirishin que apesar de ser parecido com sobrenome do Kiri, é meu mesmo. Enfim.

- Sim? Precisa de alguma coisa?

- É que.. você tá diferente. Cortou seu cabelo?

- Parece que sim. - passo reto e abro a porta do diretor Nezu sem bater - Preciso conversar com o senhor. É um assunto sério.

Um aluno com quem ele conversava saiu e eu entrei logo fechando a porta.

- Pode dizer Kirishin.

- Eu quero cancelar minha inscrição de estágio e também quero sair do colégio. Não estou me sentindo bem usando meus... Poderes e mesmo que seja para um bem maior, não tenho mais interesse.

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