🌼O Meu Chefe Frio 2 - Yagui Toshinori🌼

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Pela manhã seguinte, no primeiro horário e o mais cedo, oito horas, venho para um check-up no hospital mais próximo. Eu poderia ir num consultório mas eu queria que fosse algo rápido e breve. E também aproveito que minha amiga Nemuri Kayama é doutora aqui. Doutora, médica, cirurgiã, algum desses, eu acho.  Adentro sua sala, fechando a porta por último e me sento na cadeira frente sua mesa de vidro transparente. Com muitas coisas de papelaria em cima dela, canetas, cadernetas, prancheta, e um quadrinho pequeno, uma foto dela mesma.

— E então, S/n. Será que você finalmente conquistou o coração congelado daquele seu chefe babaca?

— Hm... — cocei a cabeça — Não necessariamente. Na verdade, eu, eu pedi demissão. — fico em pé, caminhando até perto da janela — Porém eu menti pro RH sobre estar com câncer e — tento continuar porém a mesma me interrompe já dizendo diversos nãos.

— Eu não vou fazer um atestado nem um registro falso sobre você estar com câncer, S/n!

— Não, não é isso Nemu. Olha só — me aproximo dela e seguro suas duas mãos juntas de maneira doce — eu só quero fazer um check-up. Eu menti sobre estar doente porque eu não queria dizer outro motivo, elas vivem me enchendo o saco e mesmo que eu diga a verdade "desculpe mas eu não quero mais trabalhar aqui"; simplesmente continuam me ignorando e tudo continua como se nada tivesse acontecido. Mentir sobre estar com uma doença grave é sim imperdoável e uma falta de respeito. Me desculpe.

— Hm.

— Eu só quero fazer um check-up, como eu disse. Mas só pra ter certeza mesmo. Você sabe tudo o que passei lá e esses dias as coisas pioraram. Eu acho que devo ser grata a noiva dele por ter... De alguma maneira, ter aberto minha cabeça no meio e colocado um dinamite. Porque foi a gota d'água.

— Você deveria denunciar.

— Eu jamais ganharia. Ele é um Toshinori, filho do fundador Toshinori Yabatsu. Eu não passo de um átomo perto de grandes dinossauros enormes, fortes, e gostosos.

— Um átomo é exagero.

— Pobre seria melhor?

— Na verdade acho que átomo combinou muito bem com você.

Sinceramente, não sei se dou risada ou se choro. Mas dou um sorrisinho meio amarelado e ela me leva para um check-up completo. E descobrimos que:
Eu não tenho nada, graças a Deus. Estou completamente bem, e minha saúde está ótima. Eu até aproveitei pra doar sangue, queria fazer o dia de alguém feliz, e fiz isso doando meu sangue. Perdendo alguns litrinhos, fui para casa sozinha mas no caminho me lembrei que precisava comprar algumas frutas no mercado.  Quase desmaiei no caminho mas não cheguei a cair. Porém estava mais tonta que barata envenenada, coitadinhas.

— Aí. Sinto muito senhor — eu nem vi por onde andava que acidentalmente trombei nas costas de um homem grande, alto, costas largas e cabelos loiros. Ao virar-se para frente, meus olhos se arregalam automaticamente. — Senhor Toshinori... Ah digo, Toshinori? Yagui? Hm.

— S/n. — ele me olha da cabeça aos pés. E é nesse momento que tenho vontade de me enfiar num buraco. Por que quando saímos desarrumadas que encontramos pessoas bonitas na rua? Eu estou usando chinelos de algodão, na cor amarela, bem neon. Uma calça cortada, era uma calça comum até os tornozelos porém eu cortei até os joelhos. Por cima, uma saia jeans curto. E em cima, um croped de crochê. Eu estou definitivamente agredindo a moda, misturando estampas exageradas, uma saia jeans por cima de uma calça e meia' e chinelos neons. Fora que meus cabelos estão parecendo ninhos embolados e maçarocados no lacinho que os prende, é um coque bem preso porém desajeitado. Finalmente seus olhos chegam no meu rosto, sem a menor maquiagem, nem mesmo batom ou gloss. Minha pele se encontra muito pálida, acabei de tirar sangue né. E meus lábios rachados pelo frio, esqueci de passar hidrante labial esses dias. — Me disseram que... Você foi diagnosticada com câncer.

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