Ah, o amor... às vezes é como aquele filme de comédia romântica que a gente ama assistir repetidamente, mesmo sabendo o final de cor. Eu me vi nessa situação mágica, onde tudo parecia bom demais para ser verdade. Minha melhor amiga namorava o amigo dele, então sempre estávamos juntos: festas, jantares, cinema... Era como viver em uma sitcom da vida real, mas com um toque extra de drama.
Morar tão perto e ter esse círculo íntimo acabou sendo um combustível para o meu encantamento. Ver os casais ao nosso redor, todos amigos, compartilhando suas vidas, era como assistir a um filme sobre amizades e relacionamentos.
Eu estava completamente envolvido por esse cara. Estava me esforçando para conhecê-lo melhor, apreciar cada detalhe, até mesmo as manias dele. Eu realmente acreditava que poderia ser aquele que faria a diferença na vida dele. Afinal, quem não gostaria de um pouco do meu brilho pessoal? Mas, como dizem, tudo que é bom dura pouco.
E a ironia disso tudo foi quando me peguei pensando que era uma estrela em ascensão, prestes a fazer grandes planos para mudar o mundo. No fundo, eu sabia que ele não estava buscando algo sério. Talvez eu tenha sido apenas mais um curativo para um problema maior que ele tinha. Lembro de ter dito a ele que não queria ser o curativo de ninguém. Ele jurou de pés juntos que não era isso, que eu era especial, mas que o problema era ele. Claro, claro, sempre ele...
E eu, sendo eu mesmo, comecei a desistir aos poucos de me abrir completamente. Não que eu não tivesse um arsenal de coisas para dizer, porque, acredite, eu tinha. O problema é que, quando finalmente tomei coragem para falar, o trem já tinha partido da estação. Todas as palavras maravilhosas que planejei ficaram dançando na minha cabeça, esperando pela próxima reunião de brainstorming que, honestamente, poderia nunca acontecer. Quem sabe, talvez em uma reunião de dez anos?
Mas vou te contar, ele tinha esse talento incrível para vender sonhos. Era como se fosse um campeão olímpico da ilusão. Então, daqui para frente, prometo a mim mesmo: não vou mais cair nesse papo. Aprendam uma coisa comigo, moças e rapazes: não caiam no conto de fadas de ninguém, não importa o quão irresistível seja o sorriso ou quão charmosa seja a conversa. O verdadeiro príncipe encantado sou eu, e não preciso de uma carroça ou torre alta para ser feliz.
E quem sabe, daqui a alguns anos, quando a poeira dos nossos dramas amorosos assentar, talvez nos reencontremos. Talvez naquela mesma festa, em um futuro brilhante onde finalmente aprendemos a lição sobre o amor e a vida. Até lá, continuarei dançando nas festas da vida, deslumbrando com meu estilo e espalhando meu brilho onde quer que eu vá.
Nesse jogo do amor, sempre me pego pensando: será que ele realmente sentiu algo ou era apenas parte de uma dança emocional temporária? Como saber se o que ele dizia era genuíno ou apenas uma estratégia para manter as coisas leves e sem compromisso? Às vezes, o brilho nos olhos pode ser tão enganador quanto uma vitrine de loja na Black Friday.
E quanto a mim, será que fiz o suficiente para mostrar quem eu realmente sou? Ou deixei que a sombra das minhas inseguranças eclipsasse a verdadeira estrela que sou? O amor, às vezes, nos coloca à prova dessa maneira, nos fazendo questionar se estamos dando demais ou não o suficiente.
Talvez, no final das contas, a verdadeira lição seja esta: não importa o quanto brilhemos individualmente, o amor só funciona quando ambos estão na mesma sintonia. Enquanto isso, vou seguir dançando nas festas da vida, esperando que um dia, em algum lugar entre o hoje e o amanhã, o destino nos surpreenda com um reencontro que faça sentido.
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Entre Amores e Desilusões: Confissões de um Coração Inexperiente
Non-FictionEste é o meu desabafo sobre a montanha-russa de emoções que vivi aos 24 anos, quando me apaixonei pela primeira vez. Narrado no estilo descontraído e perspicaz de uma coluna de revista, conto minhas experiências, desilusões e o que aprendi sobre o a...