Thank U, Next!

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     Ok, chegou a hora de encerrar essa história. Já deu, já estou nisso há muitos meses. Eu sei, parece que estou escrevendo meu próprio reality show dramático, mas é a vida real. E na vida real, a gente precisa saber a hora de parar de dar audiência para a desgraça.

Esta pessoa foi o maior erro de todos. Fui idiota em entregar meu coração para alguém que claramente não estava nem aí. Por mais que as mentiras tenham colaborado para que eu me afundasse nisso, nunca fui de fazer isso por ninguém. Dessa vez, acabei fazendo. Tenho certeza de que é só uma fase e isso vai passar. Espero que o mais rápido possível. Estou fazendo o meu melhor para esquecer e nunca mais me lembrar dessa pessoa.

Esses dias, eu estava dirigindo e ouvindo o "Xuxa Só Para Baixinhos 6 (Xuxa Festa)" – não me julguem, a Xuxa tem um lugar especial no meu coração. A música "Tô de Bem com a Vida" começou a tocar, e toda essa história me deixou emotivo. Chorei porque, ao invés de aproveitar a vida do jeito que gosto, vivendo ao máximo e sempre arrasando, eu estava triste por alguém que nem lembra mais da minha existência. A letra diz:

"Pra tá bem da cuca tem que ir à luta
Botar pra quebrar, não deixar parar
Tô te esperando, coração aberto
Chega mais pra perto pra gente cantar

Tô de bem com a vida (tô de bem com a vida)
Tô de vento em popa (tô de vento em popa)
Tô feliz pra burro (tô feliz pra burro)
Tô assim com o mundo (tô assim com o mundo)

Se ficar de bode, você se explode
Se ficar à toa, a vida voa
Se faz corpo mole, alguém te engole
Ficar de preguiça, a vida toda enguiça"

E é isso que preciso fazer. Preciso botar a cara a frente e começar a batalhar pelo meu futuro. Como diz a Billie Eilish, eu tenho que me apaixonar pelo meu futuro e não por alguém! E convenhamos, é bem mais fácil lidar com os altos e baixos de uma carreira do que os altos e baixos de um amor que não vale a pena.

     No final de semana passado, fui a uma festa cheia de amigos nossos. Achei que ele ia aparecer com o namorado a tiracolo, mas, graças a todos os santos do universo, ele não foi. Cheguei com o sorriso de quem está pronto para conquistar o mundo e comecei a dançar como se não houvesse amanhã. E sabe o que mais me deixou radiante? Ver que todos os nossos amigos me amam exatamente do jeito que eu sou. Eles disseram que eu estava fazendo falta na festa, o que fez meu coração dar um pulo de alegria. Dancei com todos, abracei todos, e foi um verdadeiro boost de autoestima. Quem precisa do amor dele quando se tem amigos que te adoram?

Claro, enquanto escrevo isso, meu coração ainda dá umas pontadas porque, sim, ainda penso nele. Mas isso vai passar. Tenho a obrigação de encerrar essa história com chave de ouro. E quem sabe, depois disso, eu escreva outro livro sobre um novo romance, quando meu coração já tiver ganhado um pouco mais de experiência e cicatrizes glamourosas.

A minha amiga, que me influenciou a bloqueá-lo, foi meu anjo da guarda digital. Fui lá e bloqueei ele de todas as redes sociais. Agora, não tem mais volta. Não posso desbloquear e, sinceramente, nem faria sentido. Não vamos mais estar nos seguindo, e isso é a melhor coisa que poderia ter acontecido.

Bloqueei e enterrei, com direito a lápide e tudo. Agora, não tenho mais a angústia de ficar postando algo especificamente para ele ver. Isso estava me matando. Era aquela tortura diária, tipo uma novela mexicana, esperando para ver se ele ia curtir ou não algum story. Agora, não tem mais isso. Bloqueei, deletei, e até fiz um ritual de queima simbólica (ok, talvez não tenha ido tão longe assim, mas você entendeu a ideia).

Deixando as piadas de lado por um momento, percebo que essa foi a decisão mais sensata que já tomei. Eu estava literalmente deixando a minha vida em segundo plano por alguém que, vamos ser sinceros, provavelmente não estava nem aí para mim. E isso é um grande, enorme, colossal, gigantesco erro.

No meio de toda essa confusão, eu deixei de aproveitar momentos incríveis. Parei de viver a minha vida por conta da ansiedade de pensar nele. Não vou mentir, ainda dói, mas a dor diminui um pouquinho a cada dia. E com cada sorriso, cada risada, cada momento feliz, eu sinto que estou recuperando um pedacinho de mim.

Naquela festa, fui tomado por uma vontade irresistível de bloquear ele de todas as redes sociais, só para nunca mais ter que lidar com a angústia de vê-lo visualizar ou curtir meus stories. Precisava de um detox digital. Dizem que quanto mais você vê uma pessoa, mais seu cérebro insiste que você gosta dela. Então, nada de tortura visual. Adeus, visualizações indesejadas!

Minha outra amiga me contou que ele ia para o after party depois daquela festa, e, claro, levaria o namorado. Minha primeira reação? Pânico. Mas rapidamente me recompus. Estava rodeado pelos meus amigos maravilhosos, então, por que me importar? No final, decidi encarar o after party também. E adivinhe? Eles nem apareceram. Aleluia! Sinceramente, espero que nunca mais cruzem meu caminho em qualquer festa, porque a última coisa que preciso é ver aqueles dois juntos.

E quer saber? Arrasei na pista de dança. Fiquei com vários, deixei garotos loucos por mim, e voltei ao meu modo normal: safado e enlouquecido. Agora, é hora de realmente retomar meu brilho, produzir aquele conteúdo incrível para a internet e voltar a ser a estrela que sempre fui. Ele não pode e não vai me derrubar, mesmo que nem esteja tentando. Esse é um problema que eu definitivamente preciso resolver na terapia.

Vou terminar essa história em grande estilo. Talvez eu escreva outro livro sobre algum novo romance. Ou talvez eu escreva sobre como me apaixonei por mim mesmo. Porque, afinal de contas, se eu não me amar, quem vai?

E sabe de uma coisa? Eu mereço alguém que me valorize de verdade. Alguém que não me deixe em segundo plano. Alguém que dance comigo, que ria comigo, que viva comigo. E enquanto essa pessoa não chega, vou continuar dançando ao som da Xuxa, me divertindo com meus amigos e amando a pessoa mais importante de todas: eu mesmo.

     Então, aqui estou eu, escrevendo o último capítulo dessa história. Não é o fim, mas um novo começo. E quem sabe o que o futuro reserva? Mas uma coisa é certa: eu nunca mais vou me colocar em segundo plano por causa de alguém que não merece. Porque eu sou uma estrela, e estrelas não deixam de brilhar por causa de ninguém.

Então, aqui está para nós, para nossas lições, nossos erros e, principalmente, nossos futuros. Que sejamos sempre as estrelas de nossas próprias vidas. E que nunca, jamais, deixemos alguém nos fazer pensar o contrário.

Cheers to us!

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Entre Amores e Desilusões: Confissões de um Coração InexperienteOnde histórias criam vida. Descubra agora