Há algo de mágico e caótico ao mesmo tempo em reencontrar um antigo flerte. Imagine a cena: você, anos atrás, desmarca um date em cima da hora (erro grotesco, eu sei), e depois disso, nunca mais se falam. Mas eis que a vida dá uma dessas voltas surpreendentes e, de repente, você o vê mais gato do que nunca. O que fazer? Chamar para sair, obviamente!
Ontem à noite foi assim. Eu e esse garoto decidimos arriscar um reencontro, e a noite foi incrível. Drinks no bar, beijos apaixonados, cantorias no karaokê (sim, soltamos a voz sem vergonha), e até uma partida de jogo de disco de mesa. Ah, o déjà vu... joguei esse mesmo jogo com o meu ex-crush, mas dessa vez, eu estava completamente à vontade, sendo eu mesmo, sem medo de julgamentos. E, claro, o garoto adorou, porque já está louco para me ver de novo.
Depois do bar, fomos ao condomínio dele e, bem, deixo os detalhes mais picantes para a imaginação de vocês. Digamos apenas que temos muita química no sexo e interesses em comum. Diferente do flerte anterior, com quem nunca cheguei a descobrir essas preferências. E sabe de uma coisa? Eu amo realizar fetiches. Sou mente aberta e adoro saber o que agrada meu parceiro. Mas com o flerte anterior, nunca tivemos essa conversa, e quem sabe, ele e o ex se combinavam perfeitamente na cama. Talvez fosse isso que sempre o faz voltar para o ex.
Antes do encontro, me peguei pensando nesse antigo flerte e em como seria difícil encontrar alguém que mexesse comigo do mesmo jeito. Mas saí para o date mesmo assim e percebi que, sim, é possível. Nenhum cara será igual a ele, e está tudo bem. Eu não posso me prender a isso. O medo de ser abandonado novamente ainda está lá, mas estou aprendendo a lidar com ele.
Quando você sai com alguém pela primeira vez, é quase como um jogo de pôquer. Cada um tentando descobrir as cartas do outro, sem revelar muito. E na nossa primeira noite, não foi diferente. Entre risadas e flertes, percebi que estava mais à vontade do que nunca. Talvez porque, depois de tantos desencontros, eu finalmente aprendi a valorizar quem sou. E foi exatamente isso que ele gostou. Como não amar alguém que te aceita pelo que você é?
Eu sou do tipo que, quando se entrega, se entrega de verdade. Durante os meses em que estava apaixonado por esse antigo flerte, fui fiel como um cãozinho bem treinado. Não beijava ninguém, mesmo com ele mandando mensagens ciumentas, pedindo para eu não traí-lo. Eu amava ver esse lado possessivo dele, me fazia sentir desejado. Mas, ironicamente, ele foi quem acabou me trocando pelo ex. Vai entender, né?
Fiquei um tempo sumido do Instagram para criar um pouco de distância do ex-crush, deixando que ele sentisse minha falta. Estratégia de mestre, né? Mas será que funcionou? Hoje, depois de semanas sem postar, voltei à ativa nos Stories com shows da Hannah Montana e algumas bobagens. Claro, desativei as notificações para não ficar ansioso esperando uma reação dele. Sim, eu não posto para ele (pelo menos, é o que eu digo a mim mesmo), mas a ansiedade bate mesmo assim. Por que ele entrou na minha vida e bagunçou tudo? É como se ele tivesse um radar para detectar quando estou finalmente me recuperando e, bam, reaparece na minha mente.
Mas uma coisa boa saiu dessa bagunça: descobri um lado meu que não conhecia. Esse lado apaixonado que nunca havia surgido antes. É engraçado como alguém pode entrar na sua vida, sacudir tudo e sair, deixando você mais forte e mais consciente de si mesmo. Agora, sinto que posso dar mais amor aos outros caras que virão. Com o garoto de ontem, consegui ser eu mesmo, safado e tudo mais. É um alívio poder ser autêntico, sem filtros. Ainda estou conhecendo ele, mas já quero chamá-lo para um cinema. Será que estou me precipitando? Ou finalmente estou aprendendo a me entregar sem medo?
Com o ex-crush, eu nunca conseguia ser eu mesmo, sempre tentando ser perfeito e acabando por perder minha confiança por causa do ex dele. Sempre aquela sombra, aquele fantasma do passado. Como a gente lida com isso? Tentando superar ou simplesmente aceitando que algumas coisas nunca mudam?
E me diga, por que quando meu coração foi partido pela primeira vez, por aquele garoto que deu em cima da minha melhor amiga na minha frente, eu encontrei ânimo e força para me dedicar ao YouTube e crescer? Foi como se a dor me desse combustível. Já com esse último, fiquei sem vontade de fazer nada. Só queria me esconder debaixo das cobertas e fingir que o mundo lá fora não existia. Mas tudo bem, estou voltando aos poucos. Será que esse novo garoto será meu próximo combustível ou apenas mais um capítulo nessa novela da vida? Vamos descobrir, uma postagem e um encontro de cada vez.
Esse novo garoto tem tudo o que eu adoro: faz academia, é alto, fortinho, estiloso, e parece ser legal. Quero muito sair com ele mais vezes e criar um vínculo. Quero namorar logo, só para saber como é a sensação. Mas uma coisa eu sei: não consigo namorar ou ficar com alguém que não gosto. Sou verdadeiro até o último fio de cabelo, e acho que essa é a minha maior qualidade (ou defeito?).
E no final das contas, o que tudo isso significa? Será que realmente aprendemos com nossos erros? Ou estamos destinados a repetir os mesmos ciclos, esperando que, eventualmente, algo mude? Talvez a verdadeira resposta esteja em continuar arriscando, saindo com novos caras, descobrindo novas paixões e, acima de tudo, sendo fiéis a nós mesmos. Porque, no fim do dia, o importante é saber que, não importa o quão bagunçada a vida possa ficar, sempre podemos contar com nossos amigos, uma boa taça de espumante e a certeza de que amanhã é um novo dia para recomeçar.
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Entre Amores e Desilusões: Confissões de um Coração Inexperiente
Non-FictionEste é o meu desabafo sobre a montanha-russa de emoções que vivi aos 24 anos, quando me apaixonei pela primeira vez. Narrado no estilo descontraído e perspicaz de uma coluna de revista, conto minhas experiências, desilusões e o que aprendi sobre o a...