Não é à toa que dizem que a madrugada é a conselheira dos insanos. Então, lá estava eu, na madrugada, deitado na minha cama, com um baseado na mão e, claro, meus pensamentos voando direto para ele. Sim, o ex-crush que parece ter um passe VIP para invadir minha mente nas horas mais impróprias. Será o baseado que fumei? De qualquer forma, meu ex-crush reaparece na minha mente, com pensamentos que até fazem sentido, mas que preciso me forçar a esquecer.
Será que ele gostava de mim de verdade? Porque, vamos ser sinceros, quando estamos sozinhos no escuro, tudo parece fazer sentido e ao mesmo tempo, nada faz. Entre uma tragada e outra, comecei a pensar se o timing estava completamente errado para nós dois. Às vezes, a vida parece um daqueles romances baratos onde os protagonistas estão sempre fora de sincronia.
Então, aqui estou eu, questionando se talvez ele tenha que voltar para o ex para resolver suas pendências emocionais, como um retorno para um capítulo inacabado. E eu? Eu preciso me forçar a esquecer, a superar. Ficar com ele me fazia mais mal do que bem, e, honestamente, isso não é o que eu quero para mim.
Mas por que, de repente, ele não sai da minha cabeça? Ah, o bom e velho overthinking. É como se meu cérebro fosse uma máquina de lavar, girando e girando, sem nunca parar. Quem nunca sofreu com o overthinking que atire a primeira pedra!
O que é overthinking? É aquele processo exaustivo de pensar demais, de analisar cada detalhe de uma situação até que se torne um monstro de sete cabeças. No meu caso, é questionar se ele gostava de mim, se poderíamos ter dado certo, se ele realmente precisava do ex para melhorar. É uma espiral de pensamentos que, muitas vezes, leva a lugar nenhum.
Overthinking é quando você manda uma mensagem e, se não recebe resposta imediata, começa a imaginar todos os cenários possíveis – desde o crush sendo abduzido por alienígenas até ele simplesmente não gostar mais de você. O cérebro entra em modo Sherlock Holmes, mas sem a graça britânica.
O overthinking não é só uma questão de não conseguir desligar o cérebro. É um reflexo de nossas inseguranças e medos mais profundos. Naquela madrugada, eu percebi que a minha necessidade de respostas rápidas não era só sobre ele, mas sobre mim. Sobre a minha insegurança, sobre o meu medo de não ser suficiente.
Conversar de madrugada com o ex-crush era reconfortante. Era como se a noite nos desse licença para sermos vulneráveis, para baixar as defesas. Com o novo boy, essa intimidade ainda não chegou. Talvez ele esteja dormindo, talvez não. Mas eu percebo que, de certa forma, eu espero que ele me responda na mesma hora. É uma expectativa irreal, eu sei, mas é difícil não cair nessa armadilha.
E aí vem a dúvida: Estou sendo injusto com o novo boy? Talvez. Eu preciso lembrar que todos temos nossos ritmos, nossos tempos. E eu também não sou exatamente um exemplo de pontualidade nas respostas. Mas depende, né? Quando eu gosto muito de alguém, minha mão mal consegue esperar para digitar a resposta.
Falando em responder mensagens na hora, lembro de uma amiga que era um caso clássico de obsessão romântica. Ela namorava um amigo nosso e, se ele mandasse mensagem, ela respondia antes mesmo de o celular parar de vibrar. Era tipo um jogo de reflexos que ela sempre ganhava. Não sei se era amor ou se ela estava apenas obcecada, mas a garota tinha uma habilidade incrível para estar sempre disponível. Ele podia mandar mensagem às 3 da manhã perguntando se ela preferia pipoca doce ou salgada e, voilá, resposta instantânea. Fico me perguntando se ela tinha aqueles pensamentos overthinking sobre o que ele estava fazendo a cada minuto do dia, ou se era só a ansiedade de não perder uma chance de interação. Essa obsessão me fez refletir sobre minha própria situação e como a gente se perde nesse mar de expectativas e inseguranças.
Não aguentei e entrei no fake para olhar o perfil do ex dele. Quase vomitei. Sério, me deu muita ansiedade. Fiquei rolando pelas fotos, tentando entender o que ele tinha que eu não tinha. E sabe de uma coisa? Eu realmente não aguento mais pensar nisso. Quero que ele suma da minha vida! Cada foto, cada post, era um lembrete doloroso de que eu não era o suficiente. E isso, meu caro diário, é tortura psicológica no seu melhor estilo.
Talvez a grande lição aqui seja que precisamos ser mais gentis com nós mesmos. Entender que nem tudo precisa ser resolvido na hora, que algumas coisas precisam de tempo. E que o overthinking, embora cansativo, também pode ser uma oportunidade de autoconhecimento. No fim das contas, somos todos protagonistas das nossas próprias comédias românticas, tentando encontrar um pouco de paz em meio ao caos.
E enquanto isso, vou tentar dormir um pouco, sem pensar demais. Amanhã é um novo dia, e quem sabe, uma nova oportunidade de deixar o passado para trás e viver o presente com mais leveza. Afinal, a vida é muito curta para ser desperdiçada em noites insones e pensamentos tortuosos. Vamos seguir em frente, com um pouco mais de compreensão com nossos próprios corações. E se tudo der errado, bem, sempre há a terapia, ou uma boa dose de tequila.
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Entre Amores e Desilusões: Confissões de um Coração Inexperiente
No FicciónEste é o meu desabafo sobre a montanha-russa de emoções que vivi aos 24 anos, quando me apaixonei pela primeira vez. Narrado no estilo descontraído e perspicaz de uma coluna de revista, conto minhas experiências, desilusões e o que aprendi sobre o a...