Há algo especialmente doloroso sobre o término de um quase rolo. É como assistir ao trailer de um filme incrível, mas nunca ver o filme. Com um namoro, pelo menos você sabe como o roteiro se desenrola. Mas com um quase rolo, você fica preso no "e se", imaginando todas as cenas que poderiam ter acontecido. O que faz o término ainda pior é a sensação de que nem sequer teve uma chance justa de começar.
Eu sei que não estou sozinho nessa. Quantas vezes já ouvi minhas amigas se queixando de como o "quase" foi mais doloroso que um término real? A diferença é que, com um quase rolo, você não tem fechamento. É como se o relacionamento estivesse em constante modo de espera, como um episódio de "Friends" onde Ross e Rachel nunca ficam juntos.
Agora, vamos falar sobre comunicação. E se ele tivesse me falado no começo que não queria nada sério? Isso teria poupado um monte de dor de cabeça e noites sem dormir. Ninguém merece se apaixonar por alguém que já tem alguém. É como se inscrever para um reality show onde você sabe que o prêmio principal já foi ganho por outra pessoa. Totalmente injusto!
Se ele tivesse sido honesto desde o início, eu teria economizado tempo e emoções. Poderia ter direcionado minha energia para algo mais produtivo, como assistir todos os clipes da Britney Spears ou finalmente aprender a coreografia de "Gimme More". Mas não, eu estava lá, gastando meu precioso tempo tentando decifrar mensagens e sinais confusos. E, honestamente, quem tem paciência para isso?
Comunicação ruim acaba com várias coisas, e foi isso que aconteceu. Eu não conseguia me comunicar direito com o meu ex-boy. E acho que, agora, depois de passar por tudo isso e descobrir coisas novas sobre mim, eu conseguiria me abrir melhor.
Antes, eu achava que ser vulnerável era sinal de fraqueza. Mas a verdade é que não tem nada mais forte do que ser honesto sobre seus sentimentos. Agora, entendo que a comunicação é a chave. É como aquele amigo que está sempre pronto para te ajudar a escolher entre duas festas incríveis para ir. Sem uma boa comunicação, você acaba dividido entre dois mundos, confuso e desequilibrado.
Estava falando com uma amiga sobre o garoto que ela está ficando, e ela me contou que ele a chamou de "amor" no terceiro encontro. Ela ficou espantada, mas de um jeito bom. E foi assim que eles começaram a se chamar de "amor" o tempo todo. Quando meu garoto me chamou de "amor" pela primeira vez, meu coração quase pulou do peito. Por dentro, eu estava surtando de felicidade, mas por fora, fiquei paralisado.
A verdade é que eu adorei ser chamado de "amor", mas não consegui retribuir na mesma moeda. Tinha medo de invadir muito o espaço dele, de ser precipitado. Fiquei imaginando se, ao chamá-lo de "amor" também, isso mudaria alguma coisa entre nós. Talvez ele se sentisse mais seguro, talvez isso fortalecesse nosso vínculo.
Mas minha amiga me disse algo que me fez refletir: "Um 'amor' não vai mudar nada se o ex dele está de volta." E talvez ela tenha razão. Às vezes, um simples termo carinhoso não é suficiente para superar os fantasmas do passado.
Mesmo assim, não consigo deixar de me perguntar: e se eu tivesse sido mais corajoso? E se tivesse demonstrado meus sentimentos de forma mais clara? Será que as coisas teriam sido diferentes? É difícil não se deixar levar pelo "e se" quando se trata de sentimentos tão intensos.
No final das contas, percebi que o importante não é apenas o que dizemos, mas como nos sentimos. E, mais importante ainda, como lidamos com esses sentimentos. Se há algo que aprendi, é que ser honesto e verdadeiro, mesmo que às vezes nos assuste, é sempre o melhor caminho.
Quando o quase rolo termina, a mente começa a criar histórias alternativas. Você se pega pensando em todas as possibilidades perdidas, como se tivesse comprado um bilhete de loteria premiado, mas nunca tivesse verificado os números. O "e se" se torna um mantra doloroso, e cada pequena lembrança vira um lembrete do que poderia ter sido.
Imagina só, se ele tivesse me dito desde o começo que não queria nada sério, eu poderia ter evitado todo esse drama. Poderia ter focado em mim, em meus próprios sonhos e ambições. Em vez de ficar preso em um relacionamento sem futuro, eu estaria livre para explorar novas oportunidades e, quem sabe, encontrar alguém que realmente quisesse estar comigo.
Comunicação é fundamental. Não adianta nada querer estar em um relacionamento se você não consegue se comunicar. Aprendi da maneira mais difícil que a falta de comunicação pode ser uma verdadeira vilã. Mas agora, estou mais preparado. Sei que, para um relacionamento dar certo, ambos precisam estar dispostos a se comunicar aberta e honestamente. E, quem sabe, no futuro, eu encontre alguém que entenda isso também.
E assim, enquanto a madrugada se despede e o sol começa a espreitar no horizonte, eu me preparo para enfrentar mais um dia com a determinação de um super-herói, mas com a maquiagem impecável de uma diva pop. Porque se há uma coisa que aprendi é que, no jogo do amor, é preciso mais do que um bom "amor" para ganhar. Quem sabe no próximo capítulo, eu finalmente encontre a fórmula mágica para navegar nessa montanha-russa emocional sem perder o glamour?
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Entre Amores e Desilusões: Confissões de um Coração Inexperiente
Non-FictionEste é o meu desabafo sobre a montanha-russa de emoções que vivi aos 24 anos, quando me apaixonei pela primeira vez. Narrado no estilo descontraído e perspicaz de uma coluna de revista, conto minhas experiências, desilusões e o que aprendi sobre o a...