No Cinema com o Pão Duro: Um Encontro para Esquecer

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     Sabe aquele momento em que você está no cinema, luzes apagadas, o filme começando, e tudo o que você consegue pensar é: "O que estou fazendo aqui com esse cara?" Bem, isso descreve perfeitamente meu encontro recente com o novo boy.

Então, lá estava eu, pronto para mais um encontro com o novo boy. A promessa de uma noite no cinema parecia o cenário perfeito para um romance de filme. Mas, como diria qualquer personagem de uma comédia romântica, nem tudo sai como planejado. Afinal, quem diria que o cavalheirismo estava em falta no mercado?

Desde o começo, as bandeiras vermelhas estavam ali, agitando-se freneticamente como luzes de um letreiro de cassino. Ele pode ser bonito, alto, legal e estiloso, mas cavalheirismo? Zero. Nem pagou o ingresso do cinema! Não que eu precise que ele pague, mas uma atitude assim teria sido um ponto a favor. E pra piorar, ele sugeriu comprar chocolates e balinhas no supermercado para comer durante o filme. Sério? Quem faz isso? Eu adoro uma boa pipoca de cinema, mas ele preferiu economizar uns trocados. Já comecei a me irritar. E, vamos combinar, quem se alimenta mal assim não ganha muitos pontos comigo.

Ah, e o papo? Basicamente um monólogo sobre como tudo está caro. "Isso é caro", "Aquilo está caro". Ele diz que está desempregado, mas sério, há quantos anos? E pra completar, ele se deu ao luxo de comprar uma camiseta de time no shopping, mas na hora das balinhas, ele pegou só pra ele. Alô? Que tal dividir? Meu ex, que nem tinha tanto dinheiro, se oferecia para pagar e era muito mais generoso. Esse novo boy? Nada. Zero. Estou fora. Na hora de pegar as guloseimas, nem se deu ao trabalho de pegar algo para mim. Só para ele mesmo. Alguém me tira daqui!

Durante o filme, eu já não aguentava mais. Queria que o filme acabasse logo para eu poder sair correndo dali. Foi um desastre. Pior que isso, nem andar de mãos dadas no shopping com ele me deu vontade. Com o meu ex, isso era uma das melhores partes. Andar de mãos dadas, compartilhar momentos. Mas esse garoto? Nem pensar.

E falando em ex, ele que não tinha tanto dinheiro, sempre se oferecia para pagar. O mínimo de consideração, sabe? Se eu for namorar, quero alguém que me encha de presentes, e claro, eu também adoro presentear. Mas olha só, nunca nem namorei de verdade. Mesmo assim, sei que mereço alguém que me trate bem, que tenha gestos de carinho e atenção.

Na real, percebi que esse novo boy só serve para uma coisa: diversão ocasional. Não rola mais do que isso. Não consigo me ver convivendo com uma pessoa assim. Se não for para ser o meu ex, que eu ainda amo, prefiro mil vezes estar sozinho. Ele gostava das mesmas músicas, ia nas mesmas festas, e fazia parte do mesmo ciclo. Sim, eu vacilei em não ter dado o meu melhor, mas no fim, eu sei que fiz de tudo para estar presente.

E agora, eu sei o que mereço. Não preciso aprender a minha lição duas vezes. Vou ter o que mereço, quer eles me deem ou eu mesmo me proporcione.

Me sinto mal por não ter dado meu melhor. Às vezes, acho que ele também se sente mal por ter se envolvido, afinal, quem esperaria que eu fosse tão frágil assim? Mas o que esperar de alguém que escuta Taylor Swift, não é mesmo? A ironia está no ar.

E esse garoto, nem chegamos a transar! Mas as músicas continuam me lembrando dele. Estava ouvindo "Carne y Hueso" da Tini e, pronto, lá estava ele na minha mente. A letra diz tudo:

"Se pudesse acordar e não pensar em você, eu faria. Se pudesse dizer que já te esqueci, eu diria..."

Mas no fundo, sou só de carne e osso, continuo amando ele até os ossos e me sinto como se estivesse morrendo por um beijo.

Não quero mais pensar nele, mas também não quero que ele desapareça da minha vida. Qualquer interação já me derrete, mas não quero me sentir assim.

Sei que ele não é o certo para mim, pelo menos não agora, mas ainda assim não consigo deixar de sofrer. Esse cara com quem saí já me deu nos nervos, e meu ex-boy... Ah, esse eu ainda quero.

Sobre o encontro que tive, pensei que seria algo sério, mas percebi na hora que não dava. A gente só tinha se visto em saídas à noite antes, e propus irmos ao shopping, mas não gostei da ideia. Cinema com balinhas? Sério?

Ele era tão pão duro que me dava umas balas na boca para eu comer, como se fosse um gesto de grande generosidade, mas na verdade era só para não parecer feio para ele mesmo. Ele fazia questão de eu morder na metade para ele comer o resto, como se dividir uma bala fosse um ato de amor, quando na verdade, era mais como um ensaio para um filme de terror sobre economia extrema. Além disso, ele ficava comentando o filme o tempo todo, como se fosse um crítico cinematográfico que ninguém pediu, e eu só queria curtir o filme sem mais interrupções.

No fim das contas, eu entendi que não vale a pena se acomodar com menos do que a gente merece. Então, próximo capítulo, quem sabe? Talvez um encontro digno de Hollywood ou, no mínimo, uma sessão de pipoca gourmet sozinho, porque até isso é melhor do que um encontro fracassado. Tal como Miley Cyrus canta, eu posso comprar flores para mim mesmo, e escrever meu nome na areia. Porque, sinceramente, melhor sozinho do que mal acompanhado.

Entre Amores e Desilusões: Confissões de um Coração InexperienteOnde histórias criam vida. Descubra agora