Era uma noite especial, a Lua estava cheia e vermelha, lançando seu brilho místico sobre a cidade. Claro, eu tinha que fazer um ritual. Minhas amigas estavam todas a bordo, então, como qualquer pessoa sensata faria, enchi uma taça de vinho tinto, acendi um incenso e me dirigi à sacada do meu quarto. Ali, sob a luz vermelha da lua, comecei a pedir ao universo o que eu mais desejava. Poderia ter pedido sucesso, fama, um closet igual ao da Carrie Bradshaw... mas não. O que eu pedi? Um homem. Sim, um homem que me amasse, que gostasse de mim do jeito que eu sou e que fosse meu parceiro para tudo.
Parece simples, né? Um desejo sincero e genuíno. Mas o universo tem um senso de humor peculiar. Ele me mandou um homem, sim, mas um homem errado. Ele me amou? Nem em sonhos. Tudo o que ele dizia era pura ilusão. E lá estava eu, acreditando em cada palavra. Foi como comprar um bilhete de loteria premiado e descobrir que era falso. Da próxima vez que houver uma Lua Vermelha, vou pedir algo mais sensato. Talvez um gato. Pelo menos os gatos não mentem e sempre sabem quando você precisa de um abraço.
Esses dias, estava conversando com uma amiga sobre esse fiasco. Ela, com toda a sabedoria dos seus anos de terapia, sugeriu que eu fizesse terapia também. "A terapia mudou minha vida", ela disse. Eu, com meu sarcasmo habitual, brinquei que a melhor terapia é um happy hour com amigos. Mas, a verdade é que talvez ela esteja certa. A terapia poderia me ajudar a ver tudo isso de uma nova perspectiva e finalmente virar essa página.
Como pode? As pessoas que estão mal da cabeça acabam levando outras pessoas a precisarem de terapia. Ou talvez eu nunca tenha estado realmente bem da cabeça? Talvez ele tenha sido apenas o empurrãozinho que eu precisava. Então, obrigado, destino cruel, por me fazer perceber que preciso de terapia. Afinal, essa foi a única coisa "positiva" desse relacionamento.
Uma outra amiga, sabendo do meu drama romântico, me recomendou uma música da Taylor Swift, "The Prophecy". E não é que a música realmente parecia falar sobre mim? A tradução me tocou profundamente:
"Mão na alavanca, pensei que tinha capturado um raio em uma garrafa
Ah, mas o perdi outra vez
E estava escrito, fui amaldiçoada como Eva foi mordida
Ah, foi punição?
Ando de um lado pro outro quando chego em casa, acho que uma mulher mais fraca já teria perdido a esperança
Uma mais forte não imploraria, mas eu olhei para o céu e disse:Por favor, tenho estado de joelhos, mude a profecia
Não quero dinheiro, só alguém que queira a minha companhia
Deixe ser eu uma vez na vida, com quem preciso falar
Pra ver se podem reescrever a profecia?Eu tenho tanto medo de já ter selado o meu destino, não há sinal algum de uma alma gêmea
Sou apenas um peso de papel em tons de cinza e bege
Gastando meu último centavo pra alguém me dizer que
Vai ficar tudo bem"Cada linha parecia uma facada. Eu também ando de um lado para o outro quando chego em casa, me perguntando se um homem mais forte teria lidado melhor com tudo isso. E sim, eu olhei para o céu e pedi, desesperadamente, que mudassem a minha profecia. Não quero dinheiro, só alguém que queira a minha companhia. Mas, como a música diz, estou gastando meu último centavo na esperança de ouvir que tudo vai ficar bem.
E sim, eu sei, sou dramático. Mas quem não seria? Tenho apenas 24 anos, ainda tenho muitos romances pela frente. A vida é longa e cheia de oportunidades para amar, rir e, claro, dramatizar cada momento. Então, enquanto isso, vou continuar sendo o protagonista exagerado da minha própria novela, porque, afinal de contas, o drama faz parte do charme.
Então, lá estava eu, diante da lua, pedindo ao universo uma alma gêmea. E é difícil, sabe? Procurar incessantemente por aquela pessoa que vai te entender, te amar e estar ao seu lado em todas as situações. Mas sei que um amor como o meu existe, porque eu existo. E enquanto isso não acontece, vou me lembrar de que, às vezes, a maior lição vem dos erros. E da próxima vez que a lua estiver cheia e vermelha, vou pensar duas vezes antes de fazer qualquer pedido.
A verdade é que todos nós somos um pouco dramáticos quando se trata de amor. Faz parte do pacote. Fazemos rituais na lua cheia, acendemos incensos, enchemos taças de vinho, tudo na esperança de que o universo nos envie aquela pessoa especial. E quando as coisas não saem como planejado, sentimos como se o mundo estivesse desmoronando.
Mas, se tem uma coisa que aprendi, é que a vida é feita de altos e baixos. Cada desilusão amorosa é uma oportunidade de crescimento, de aprender algo novo sobre nós mesmos. E, sinceramente, quem disse que precisamos de um parceiro para ser felizes? A felicidade começa dentro de nós.
Ainda sou novo, tenho muitas aventuras pela frente e, com certeza, muitos romances para viver. Alguns vão ser incríveis, outros, nem tanto. Mas cada um deles vai me ensinar algo valioso. Vou me permitir sentir todas as emoções, desde a euforia do primeiro beijo até a dor da despedida, porque cada momento vale a pena.
Enquanto isso, vou focar em mim, nos meus sonhos e nas minhas metas. Vou produzir aquele conteúdo incrível para a internet, brilhar como a estrela que sou e, quem sabe, até fazer um novo ritual na próxima lua cheia – mas desta vez, vou pedir algo que realmente importe.
Vou continuar vivendo minha vida ao máximo, cercado pelos amigos que me amam e me apoiam. E, no final das contas, sei que tudo vai ficar bem. Porque, se eu posso amar intensamente, também posso me curar e seguir em frente.
E assim, encerro mais um capítulo da minha história. Um capítulo cheio de drama, lágrimas, risos e, acima de tudo, crescimento. Porque a vida é assim: uma série de capítulos que nos moldam, nos desafiam e nos transformam. E eu estou aqui para viver cada um deles com toda a intensidade que puder.
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Entre Amores e Desilusões: Confissões de um Coração Inexperiente
Non-FictionEste é o meu desabafo sobre a montanha-russa de emoções que vivi aos 24 anos, quando me apaixonei pela primeira vez. Narrado no estilo descontraído e perspicaz de uma coluna de revista, conto minhas experiências, desilusões e o que aprendi sobre o a...