Charles leclerc.

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 "Charles leclerc"

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"Charles leclerc"

Novamente, o piloto vestido com a blusa Nomex vermelha que se destaca na pele branca, se encontrava dentro de seu carro.
Ele suspirou quando observou a contagem regressiva acabando lentamente, suas mãos envolvidas nas luvas apertavam o volante com tanta força que ele poderia jurar que seus dedos estavam brancos.

Era Grã-Bretanha, 2021, a casa de muitos pilotos e por isso, o dobro da dificuldade estava presente, assim como sua ansiedade.

Seu pé pisou fundo no acelerador, suas mãos se apertando ainda mais.
Antes mesmo da primeira curva, os carros se amontoaram, Charles cerrou os olhos para poder se concentrar, sentindo o soar escorrendo pela testa e molhando sua balaclava branca. Ele viu o carro desacelerar, seu pé foi mais fundo, mas não adiantou, ele ligou o rádio e disse com irritação.

—"Esta merda está desacelerando! Assim não dá."—Charles praticamente gritou, vendo os carros o ultrapassarem.—

   Seus olhos se arregalaram ao ver um piloto da Haas, o ultrapassando, merda, estava tão ruim assim? Ele tentou mais uma vez,  ainda sim, seu carro não estava andando.

—"Charles, temos que tirar o carro, o pneu furou, algo o perfurou."—Mattia binotto, chefe da equipe, disse no rádio, Charles arregalou os olhos, a corrida mal havia começado, era uma maldição.—

Ele parou o carro no granito, seus olhos começaram a arder, mais uma vez ele decepcionou sua equipe. Em seu peito havia desconforto, ele se sentiu perdido, se é um piloto tão ruim, por que a Ferrari o mantém? Ele começou a sair, suas mãos tremiam o suficiente para denunciar sua ansiedade para as câmeras, ele olhou para as pessoas assistindo, tifosi que vestiam roupas vermelhas brilhantes, 16 estampado em seus bonés e roupas.

Depositaram tanta fé em seu piloto favorito e ele os abandonou antes de completar a primeira volta.

Mas ele não entenderia, não foi sua culpa, na verdade ainda não tinha alguém para culpar no momento. Ele tirou o capacete e sua balaclava, revelando o rosto vermelho e soado, seus olhos terrivelmente brilhantes em lágrimas não derramadas, os lábios trêmulos que ele lutava para não formar um beicinho, ele não poderia chorar ali, por mais compreensivo possível, ele não poderia.

Era um esporte, mas também uma vida, o esporte que poderia o matar na pista o deixa vivo fora dela, o esporte que o matava fora da pista, o deixava vivo dentro dela, é um paradoxo ele acha, talvez embriagado demais para entender.

Dirigir era um sentimento diferente, jamais visto, que fazia seu sangue ser substituído por adrenalina, uma droga que os enlouquecia por mais e mais, poderia ir da satisfação a overdose. que com o tempo se tornava viciante e em um segundo poderia o levar para a overdose, a morte.

Vermelho Nunca - LestappenOnde histórias criam vida. Descubra agora