Ele poderia pensar em Max.

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Charles andava decidido, ele sabia, sabia que Max não faria nada por ele, pelo menos ele acha que sabe

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Charles andava decidido, ele sabia, sabia que Max não faria nada por ele, pelo menos ele acha que sabe.
Ainda sim dói ideia de se afastar quando foi ele que começou com tudo, que reconheceu o amor, que prosseguiu e agora o rejeita? Típico de quem morde na mão que lhe alimenta.

Mas era inevitável, ele não poderia ter Max por diversos motivos, os principais? Sua carreira e saúde mental, ele ate poderia arriscar sua carreira para viver com Max, mas sua saúde mental não. Ele aprendeu que deve pensar em si mesmo quando se trata da própria saúde mental, mas talvez esqueceu de aprender algo. Empatia.

Ele poderia pensar em Max, ele poderia pedir desculpas a Max, por iludir seus sentimentos, por fazê-lo de bobo, por lhe dar esperanças de algo que nunca existirá. Ele poderia pensar em Max antes de andar fumando na calçada molhada da noite, ele poderia pensar em Max antes de entrar naquela boate, Ele poderia pensar em Max antes de levar aquela mulher ao banheiro, Ele poderia pensar em Max antes de transar com a mulher naquele banheiro imundo.

Mas ele não fez, ele não quis, não é como se ele não tivesse ideia do que estava fazendo, ele tinha, ele estava sóbrio. Sóbrio o suficiente para parar o ato com a mulher antes de chegar ao próprio ápice.

Isso o mata, de qualquer forma ele ainda se guarda para Max, recusando seu próprio ápice muitas vezes, fazendo isso até inconscientemente quase como um comando se seu próprio cérebro.

Ele suspirou levando a cueca e as calças antes de abrir a porta da cabine suja, o banheiro cheirava a urina e cigarro fazendo seu nariz se revirar com o cheiro impregnante. Na pia restos de cigarros falaram por si só.

Ele lavou as mãos e lavou o rosto antes de sair, ignorando as perguntas da mulher. Em contraste com o banheiro, a boate até que era bem limpa, mas ainda sim tinha cheiros fortes, perfume doce e enjoativo de mulher junto de álcool.

Ele suspirou novamente, onde ele tinha se metido? Oque ele estava fazendo? Quebrando provavelmente tudo oque construiu.
Seus olhos arderam em lágrimas, decepcionado com si mesmo, ter feito oque fez foi o ápice de sua idiotice. Desnorteado ele se sentou no sofá de couro no centro da boate, os olhos turvos e a visão embaçada não lhe permitiu olhar diretamente para frente,  onde outro sofá de couro preto estava.

Com a visão turva ele olhou em volta, se sentindo massacrado com tudo oque acontecia ao seu redor, a música alta, as mulheres dançando, os homens gritando e bebendo. Era imundo, sujo e horrivelmente fedorento, Ele sabe que não é nenhum imaculado, mas também não é nenhum pecador sujo.

Ele não quer mais gastar seu tempo com o amor, seu coração não aguenta mais, mas ainda sim ele clama por isso, poderia implorar se dependesse dele, mas não fazia seu tipo implorar—Pelo menos é oque ele acha.—

De qualquer forma, ele decidiu que ali não era seu lugar, não merecia estar ali de qualquer forma, ele merecia mais, muito mais.

Se levantando e andando para a fora da boate, mas sendo parado pelo barman que chamou sua atenção enquanto dizia.

Vermelho Nunca - LestappenOnde histórias criam vida. Descubra agora