Capítulo 2

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🩵✨ Luca Makarov ✨🩵

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🩵✨ Luca Makarov ✨🩵

Aeroporto de Nova York

- Papai, quando o senhor volta?- Sorrio ao ver o rostinho da minha filha através da vídeo chamada.

- Essa semana o papai está voltando.- Olho para o telão à minha frente e vejo que meu voo está prestes a sair.

- Sério? Eu estou morrendo de saudades.- Em uma olhada rápida eu consigo ver seus olhos cheios de lágrimas.

- O papai também está com muita saudade de você, meu amor.- Arrumo meus óculos.- Eu vou comprar alguns presentes, ok?

- Não quero presentes.- Franzo o cenho Incrédulo com sua resposta.- Eu quero o senhor aqui comigo, papai.

- Filha...- Me partiu o coração ter que viajar e deixar a minha pequena sem mim, mas eu também precisava trabalhar.

- Você lembra que o padrinho disse que o seu pai precisa trabalhar para ganhar dinheiro? Então, ele está resolvendo alguns assuntos do trabalho para comprar as coisas que você gosta.- Observo Tales conversando com ela.

- Se eu parar de gostar das coisas que eu gosto, ele vai voltar mais cedo?- Sua pergunta quebra minhas pernas.

- Tenho certeza que ele fará o impossível para voltar antes do tempo previsto, gatinha.- Ele passa a mão em seu nariz a fazendo sorrir.

- Não demora, eu estou com saudades.- Disse ao olhar para a câmera.- Eu te amo, papai.

- Eu também te amo, amor da minha vida.- Mando um beijo para ela e encerro a minha ligação.

Desde que eu me tornei viúvo e adotei a minha filha, minha vida voltou a ser colorida e muito mais animada. A criança doce e esperta que eu tinha em minha casa era a razão da minha vida, ela tinha o poder de recarregar as minhas energias toda vez que eu chegava em casa após um dia intenso de trabalho.

Minha filha tinha apenas quatro meses de nascida quando foi deixada no portão da minha casa em uma noite chuvosa, todas as roupinhas dos bebês que Stella esperava eu havia guardado e naquela noite eu chorava por não ter nenhum deles comigo.

- Perdão, eu não vi o senhor.- Sinto o meu peito arder com a quentura do líquido derramado em minha camisa.

- Calma, senhorita.- Levanto o meu olhar para ver a pessoa capaz de destruir a minha camisa branca.

- Calma? Moço, essa camisa deve ser muito cara e não é como se eu pudesse pagar outra nesse exato momento.- A menina estava nervosa e de alguma forma me senti estranho ao seu lado.

- É só uma camisa, menina.- Tento deixá-la um pouco calma.- Eu tenho um monte delas e uma menos não fará diferença.

- Mas eu tenho certeza que esse café irá manchar a sua camisa branquinha.- Ela pega uma toalhinha e molha em sua garrafa de água.- Eu posso tentar amenizar o prejuízo dela.

- Qual é o seu nome?- Perguntei ao segurar o seu braço.

- Melinda.- Seus olhos estavam marejados.- O senhor não quer que eu tente limpar?

- O que eu desejo é que você fique calma, Melinda, isso é apenas uma camisa e parece que você vai ter um troço a qualquer momento.- Digo e ela me olha sem graça.

- Por que o senhor está calmo? Eu derrubei café na sua camisa e nem está bravo.- Sorri, ela piscava várias vezes.

- Não há motivos para ficar bravo.- Sem conseguir me conter, tirei um cacho de seu rosto.- Ele estava atrapalhando a sua visão.

- Obrigada.- Seu sorriso era igual ao da minha filha, na verdade, até mesmo os cachos e o tom de sua pele eram parecidos.

O meu nome é chamado pelas caixas de som e eu percebo que o meu voo está praticamente saindo sem mim, olho para o meu portão e depois para Melinda.

- Meu Deus, meu avião está saindo.- Ela pega sua mala e se vira pra mim.- Você está indo para Las Vegas?

- Sim, eu estou. Porque?- Ajeitei minha mochila em minhas costas.- Algum problema?

- Estamos atrasados.- Falou ao apontar para o portão de embarque.

- Então vamos embora.- Peguei em sua mão a deixando assustada, nossos nomes mais uma vez estavam sendo anunciados.

Nos despedimos assim que entramos no avião e durante todo o meu voo senti falta de conversar com ela, uma estranha sensação me dizia que eu ainda a veria mais uma vez.

Luz da minha vida ( Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora