06 - Emeriony

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Emeriony, a majestosa entrada para o maior reino de Ladar, erguia-se diante de todos que ousavam contemplar sua glória. Era uma visão de tirar o fôlego, onde arquitetura e natureza se entrelaçavam de maneira sublime, evocando um poder sereno e uma leveza magnifica que só os Altos Elfos do Norte poderiam conceber. As imponentes torres brancas elevavam-se como defesas, suas formas esguias e finas projetando-se em direção ao céu. Cada arco e contorno parecia esculpido com a precisão de uma obra-prima, como se os próprios deuses tivessem moldado a pedra com suas mãos. As estruturas eram adornadas com detalhes que lembravam as linhas delicadas das asas de um dragão, um feito da habilidade insuperável dos arquitetos élficos.

No sopé dessas grandiosas torres, cascatas caíam graciosamente, os rios prateados de água cintilando à luz suave das lâmpadas que pendiam das fachadas. As lâmpadas, alimentadas pela luz das estrelas, irradiavam um brilho sereno e constante, banhando a cidade com uma luminosidade suave que parecia suspender o tempo. As ruas pavimentadas de pedra conduziam os visitantes através de jardins exuberantes e pátios mansarrão, onde a flora local florescia em perfeita harmonia com a arquitetura de penedo. Navios grandiosos, com velas que capturavam o vento como asas de águias gigantes, deslizavam pelas águas cristalinas dos canais que vagueava pela cidade. O som das velas ao vento e das águas murmurantes compunha uma melodia constante, uma sinfonia natural que refletia a alma pacífica dos elfos.

Os Altos Elfos de Emeriony eram seres de rara beleza e graça. Altos e esguios, seus corpos eram uma obra-prima da criação, com orelhas pontiagudas que confinava cada murmúrio do vento e olhos azuis que variavam do tom mais claro ao mais profundo, estampando a vastidão do céu e do oceano. Suas vestes leves, arreado com detalhes de flores e folhas, variavam do branco puro ao cinza vistoso, como um reflexo das acenúbios da natureza ao seu redor. A vida em Emeriony era marcada por uma calma imortal, um lugar onde o tempo parecia fluir mais devagar, os segundos passando lentamente diante dos elfos. As celebrações anuais eram eventos de pura alegria, onde o povo se reunia para celebrar a harmonia e a prosperidade que a cidade lhes proporcionava. Cantos melodiosos e danças graciosas enchiam o ar, enquanto as luzes das estrelas brilhavam ainda mais intensamente, como se participassem da festividade. Mas, sob essa superfície tranquila, havia sempre uma veladura regular. Os elfos, apesar de sua aparência serena, estavam sempre à espreita, prontos para defender seu reino contra qualquer ameaça. Sua beleza e delicadeza não deviam ser confundidas com fraqueza; eram guerreiros habilidosos, capazes de transformar a paz em poder quando necessário.

Emeriony não era apenas uma cidade; tornou-se um símbolo de tudo o que os Altos Elfos do Norte valorizavam: a beleza, a harmonia, e a força interior. E assim, enquanto as torres erguiam-se altivas contra o céu, e as águas continuavam seu fluxo eterno, Emeriony permanecia como uma joia brilhante na fronte de Ladar.

O salão do trono do Alto Rei Cirlard, escavado nas entranhas de uma estrela caída, era um espetáculo de beleza angelical e poder bruto. O enorme espaço cavernoso resplandecia com a luz azulada que emanava da imponente árvore no centro, cujas folhas brilhavam como mil estrelas em um azul profundo, iluminando as paredes frias de pedra com um brilho místico. As paredes do salão eram adornadas com estalactites e estalagmites que se encontravam como dentes de dragão, formando uma catedral natural de gelo e pedra. Correntes de ferro negro pendiam de colunas maciças, símbolos de força e guarda. A cada passo, o eco reverberava, criando uma sinfonia de sons que lembrava o poder implacável da natureza. No trono, esculpido diretamente nas raízes da árvore luminosa, sentava-se Cirlard, o Alto Rei dos Elfos. Sua presença era imponente, sua figura alta e esguia irradiando uma autoridade inquestionável. Os olhos azuis, profundos como o oceano, observavam tudo com uma calma calculada. Vestia uma armadura prateada que reluzia com a luz da árvore, e uma coroa de galhos e estrelas repousava sobre sua testa. Elfos caminhavam pelo salão, movendo-se com a graça e a elegância que eram sua marca registrada. Suas vestes leves, adornadas com flores e folhas, variavam do branco ao azul, criando um contraste harmonioso com a penumbra do ambiente mais denso. As lâmpadas penduradas lançavam uma luz suave, extraída das estrelas, banhando o salão em uma luminescência tranquila e mágica.

Ladar - Sangue & Sacrifício - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora